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Ações educacionais e desenvolvimento sustentável

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  • #273
    Pnem
    Membro

    Realizar projetos e ações educacionais consonantes com o desenvolvimento sustentável que respeitem as características, necessidades e interesses das populações locais, garantindo a preservação da diversidade e do patrimônio cultural e natural, a difusão da memória sociocultural e o fortalecimento da economia solidária;

    #346

    A pergunta que não quer calar é: COMO realizar as tais ações e projetos educativos de forma que a sustentabilidade, nas suas dimensões social, ambiental, cultural e econômica , esteja garantida?

    #463

    A primeira discussão que devemos fazer é: o que é sustentabilidade?

    De onde surgiu este termo? A que teorias do pensamento ele está ligado? Será que é possível pensar em um mundo sustentável dentro da realidade política e econômica em que vivemos?

    Em muitos casos sustentabilidade é confundida com autonomia financeira, economia de recursos (não planejada) e não é entendida como uma forma de agir que vise a preservação e educação ambiental, o uso inteligente de recursos naturais, humanos e demais recursos necessários às ações cotidianas.

    Fico então em dúvida, Girlene! O que seria a sustentabilidade em sua dimensão cultural em museus, por exemplo?

    Acredito que o que pode chegar mais próximo de um programa sustentável em museus é a garantia da participação das comunidades locais nas discussões que envolvem questões territoriais, econômicas, ambientais, que mesmo não estando ligadas diretamente aos museus, possam ter nestas instituições um espaço de debate democrático e um suporte para a ação.

    #486

    Bom dia, Fernanda

    Concordo com todas as suas colocações. Inclusive e principalmente com a referente à necessidade de discutirmos o que é sustentabilidade e diferenciarmos este termo da expressão “desenvolvimento sustentável”, que eu acredito estar mais diretamente ligada a “autonomia financeira, economia de recursos (não planejada)”.

    Entendo que o termo “sustentabilidade”, ainda que´possa ter se tornado uma daquelas palavras que o Aziz Ab’Saber designava como “significantes esvaziados de significado” pela banalização do seu uso, tem mais a haver com “uma forma de agir que vise a preservação e educação ambiental, o uso inteligente de recursos naturais, humanos e demais recursos necessários às ações cotidianas”.

    Neste sentido, acredito também que a expressão “sustentabilidade cultural”, adjetivação que talvez nem precisássemos usar, mas que escolhemos fazê-lo para delimitar espaços, refere-se à garantia de participação das diversas manifestações culturais dos mais variados segmentos sociais nos espaços e políticas museais, para que não aconteceça de o museu deixar de ser ” um espaço de debate democrático ” e se torne um “suporte para a ação” de apenas alguns.

    Abraço,

     

    #512
    Ozias Soares
    Membro

    Queridas, penso que quando estamos diante de termos “escorregadios” como um sabão molhado que, todavia, são utilizados tanto pelos “mais críticos” como pelos defensores do Capital, uma questão me vem: estaríamos diante de um pensamento hegemônico ou os grupos “críticos” e “progressistas” estariam se apropriando inadvertidamente de uma idéia sem saber o que representa do ponto de vista ideológico e prático? Concordo com o Boff (2000) quando diz que “sustentabilidade e desenvolvimento capitalista se negam mutuamente”. Neste caso, não seria interessante trabalhar com a perspectiva de refletir e agir criticamente na direção de uma outra sociabilidade, de um outro modelo que não exalte o “pré-sal”, a ampliação de áreas de cultivo favorecendo o agronegócio, as desapropriações urbanas e no campo que favoreçam grupos econômicos em detrimento de uma memória e identidades historicamente construídas e que são a base do ser social, esfaceladas por este modelo? Vou continuar…

    (referência: Boff, Leonardo. Ecocídio e Biocídio. In: SADER, Emir et al.7 pecados do capital. Rio de Janeiro: Record, 2000).

    #528

    Lembro-me de quando fiz uma especialização intitulada “Educação Ambiental para a Sustentabilidade” e uma das discussões era exatamente o uso deste termo (Sustentabilidade) e não da expressão “desenvolvimento sustentável” para que fosse delimitada a diferença conceitual e política básica entre estas duas denominações: a primeira, caminhando na direção desta outra sociabilidade a que vc se refere no comentário anterior, Ozias; a segunda, intimamente ligada e à serviço da lógica do Capital e,  portanto, contrária à “libertação” deste modelo predatório, almejada por muitos.

    Desde então, presto muita atenção no que o irmão da Adriana Calcanhoto ouve e em todas vezes em que escuto esta palavra SUSTENTABILIDADE. Sempre espero que ela esteja sendo usada dentro desta perscpectiva apresentada no curso que fiz, Já quando ouço a outra, …

     

     

    #948

    Pegando carona na pergunta da Fernanda. – O que seria a sustentabilidade em sua dimensão cultural em museus, por exemplo?

    Penso logo na questão do “Meio Ambiente”,  há um problema que esta dentro do museu – uma questão ambiental – as arquiteturas, espaços expositivos  o entorno e a cidade.

    O MUSEU ACOLHE?

    O MUSEU PRODUZ SENSO DE PERTENCIMENTO?

    ELE PODE SER ESPAÇO DE FÓRUM PERMANENTE?

    COMO FAZER DO MUSEU UM PONTO DE ENCONTRO /TROCAS /DIÁLOGO COM O MUNDO CONTEMPORÂNEO E SEUS DESAFIOS ?

    Uma presença participativa real da sociedade, algo que vai muito além das visitações em massa em caso de megas exposições e mesmo dos espaços interativos (?)

    Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo. Paulo freire

     Hélio Oiticica preconizou  “O MUSEU É O MUNDO” 

    Venho desenvolvendo um trabalho relativo a Redução de Resíduos Urbanos em diálogo com a Poética das Apropriações…há muito que fazer..vamos lá .

    Sustentabilidade nas relações internas dos museus – setores em diálogo pleno = gestão horizontal /democrática /participativa visando um museu mais saudável portanto sustentável  e capacitado para expandir esta prática com a sociedade como um todo.

    Espero em breve conhecer vcs e compartilhar este material .

    021 82959955

    UM GRANDE ABRAÇO

    MARIA IGNES ALBUQUERQUE

     

     

     

    #958

    Olá, Maria Ignes.

    Obrigada por suas contribuições.

    Acredito que as preocupações com o acolhimento, o pertencimento e a discussão permanente são diretamente ligadas à sustentabilidade na sua dimensão cultural.

    Dimensão esta, que considero muito bem traduzida por você nestas palavras: “Uma presença participativa real da sociedade, algo que vai muito além das visitações em massa em caso de megas exposições e mesmo dos espaços interativos (?)”.

    Penso que um museu “sustentável culturamente” acolhe as diferentes manifestações culturais dos diversos segmentos sociais, sociedades, culturas, etnias; traduz em seus espaços e exposições o máximo possível dos sentimentos, símbolos e signos de pertencimento de múltiplas culturas; desenvolve ações visando a construção de um saber mais aprofundado e prazeroso, verdadeiramente autonômo e, por isso, democrático.

    Enfim, um museu que aceita, abraça, acolhe e revela as diferenças.

    Abraços,

    Girlene

    #1077

    Fica uma sugestão: será que não deveríamos tratar as questões de sustentabilidade cultural e ambiental em tópicos diversos?

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