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De que forma assegurar que dentro dos planos estratégicos dos gestores em suas instituições, a educação museal tenha seu devido lugar? De que lugar estamos falando? Qual a sua opinão?
Ao pensar em Plano Estratégico de gestores de museus, me ocorreu que um lugar óbvio da educação museal talvez seja exatamente o campo da comunicação e da promoção do patrimônio cultural, além da própria imagem e memória institucionais.
Educação que também deverá estar, sempre que possível, entrelaçada com as ações de pesquisa e preservação promovidas pelo museu, numa perspectiva multidiscplinar de trabalho.
Da mesma forma que há obrigatoriedade de existência de um Plano Museológico em cada instituição, este deveria ter, obrigatoriamente, vinculado a ele, um projeto político pedagógico, com diretrizes teóricas e práticas, onde seria localizado na instituição o trabalho educativo.
Perfeito, Fernanda Castro. Creio ser imprenscindível mesmo um PPP dentro do planejamento mais amplo dos museus.
Até mesmo pra que se consiga realizar avaliações do que foi realizado e do que está sendo feito pelos “setores de ações educativas”.
Considero importante também este PPP ser construído em conjunto com estudantes, professores, Secretarias de Educação, e demais parceiros em potencial.
Até mesmo pra não ficar naquela velha dicotomia teoria/prática…
Creio que a construção do próprio PPP seja um grande desafio dos educadores, juntamente com os gestores das instituições. Muitos educadores ainda assumem o cargo sem, de fato, terem a formação de educador. Então essa formação, ou seja, a base pedagógica ainda é um entrave na estruturação do trabalho como um todo…
Assim começamos as integrar os Fóruns…
Certamento que o PPP é essencial. Estruturalmente, um museu tem sua política cultural. A política de comunicação parte dela, assim como a PPP. Só tenho dúvida se seria uma PPP (projeto político pedagógico) ou simplesmente PP (política pedagógica ou de Educação), pois, acho, o projeto é de responsabilidade do(a) setor/área de Educação, instância executora da missão no aspecto educacional.
Cara Marília Xavier Cury, sua questão me parece bastante pertinente, pois além de buscar definir melhor os termos (terminologia) deste diálogo no blog do PNEM, também veio no sentido de ajuda a elucidar o “lugar” da educação museal, situando-a como uma instância executora (área/setor) da missão através de projetos educacionais.
Em relaçao ao lugar da educação, acredito que ela deva estar inserida na plano museológico integral. Apenas assim deixariamos de ser um aglomerado de açoes dispersas, ou mesmo de programas que se desenvolvem na insituição. Creio que a prioridade é entendermos a educação como uma das funções do museu.
Prezada Milene, a estrutura do plano museológico já contém um campo que trata das ações educativas. Creio que o desafio das esquipes nos museus seja conciliar o que está registrado no Plano ao que executa na prática. E isto vale não só para as ações educativas, mas também para todos os outros setores/itens do Plano.
Daí percebemos a importância deste instrumento e de sua constante avaliação, revisão e atualização.
O museu esta para ensinar algo. Se esta premissa for verdadeira, a informação e o acesso a informação por diferentes meios de comunicação é a base educativa do museu. Então, o lugar da educação museal são os espaços fisicos do museu, de seu entorno, da cidade, ou o lugar virtual… Mas, acho que a pergunta de base é o que é a EDUCAÇÃO MUSEAL? a que se refere este conceito? a educação no museu, pelo museu ou para o museu (para visitar a exposição?), para aprender com a visita determinadas temáticas, comportamentos, ações? o que quer a interatividade proporcionada pelo museu do futebol quando oportuniza às crianças jogarem uma bola com uma projeção de trave e goleiro? Talvez a resposta seja dinamizar o museu. Mas, que aprendizagem proporciona? O que ensina? quais sentidos humanos (olhar, ouvir, sentir, cheirar,tocar) o exercicio educa? qual é o sentido cognitivo deste conhecimento adquirido… que existe tecnologia interativa.? mas, então nos voltemos a cenario de um museu sem tecnologia, o que este museu e exposição ensina? como ensina? a quem ensina? para que ensina? É colegas… os conceitos se sobrepõem… e precisamos discutir mais isso e aquilo! educação museal, educação patrimonial no museu….. hum!….de qual educação falamos?
Para mim, a educação museal vai muito além do tema das exposições, pois foi realçada ultimamente a função social que o museu possui. Portanto, ela engloba a educação integral do cidadão, procurando dar oportunidade para que ele possa adquirir habilidades que lhe permita a participação na sua comunidade. Discutindo problemas , sugerindo soluções, participando da cultura local.
Na verdade temos que ser parceiros nesta questão,pois no caso de recebemos salas de aulas,os alunos já tem que vim com uma preparação da sala de aula,junto ao educadores da escola com parceria com a instituição museal um trabalho conjunto antes e depois da visitação,temos que ter o ppp sim,mais também investir nos orientadores da instituição.
É fato que o museu tem uma função educativa, porém nesse sentido é preciso tomar cuidado para não se escolarizar o museu, diferenciar o papel da educação no museu do papel da educação na escola, são coisas diferentes. Nem todos os museus tem a obrigação de transmitir conteúdo aos seus visitantes. As vezes uma atividade lúdica pode ensinar sobre o patrimonio muito mais do que uma exposição de conteúdos. Nesse sentido acho que as crianças jogarem uma bola sobre uma projeção comunica muito mais sobre o futebol do que uma mediação expositiva, “de conteúdo”. No museu onde trabalho preferimos o termo PAE (Plano de Ação Educativa) pois não queriamos diferenciar esse plano do PPP que tem uma estrutura voltada para o ensino na escola, ali sim se traçam projetos de cunho politico-pedagogicos.
O importante é termos um trabalho organizado através de um projeto, e se este projeto for desenvolvido em parceria ou coletivamente melhor ele será. Os museus tem duas funções basicas informar e entreter, então partindo dai os projetos deveriam organizar soluções para estas duas funções basicas. E talves na busca diaria de mantermos o museus atraentes e dinamicos vamos trabalhando melhor com as tematicas e auxiliando e enriquecendo na conhecimento dos nossos visitantes.
Também acho que o plano educativo,ou como diz nosso colega o PAE, deve estar dentro do plano museológico, fazendo parte da política traçada para o museu. Acredito que na prática no dia a dia fica mais prático e mais exequível, o plano museológico da o todo e o PAE da uma parte do todo, fração muito importante por sinal.
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