Caro(a)s parceiro(a)s de discussão,
Cada vez mais falamos sobre a importância da função social do museu, seu contributo para o desenvolvimento dos indivíduos e a promoção da cidadania, a necessidade de garantir acessibilidade (física e intelectual) para todos… entre outras questões, também consideradas relevantes e prioritárias, quando se acredita que o museu existe para ‘servir’ – primeiramente – às pessoas e posteriormente aos objetos!
Mas quando leio sobre o tema, quando concordo sobre a importância de se trazer a comunidade para dentro do museu, de envolvê-la no processo, torná-la parceira da instituição, também me pergunto: e a ‘comunidade interna’ dos museus?!
Olhamos para fora, para o entorno, para o ‘global’. Quando iremos olhar para o interior, para o ‘local do local’? Quando iremos perceber que os funcionários que trabalham na recepção, na segurança, na limpeza, na manutenção também são comunidade, são público do museu?! Museu que eles freqüentam diariamente, onde convivem com um patrimônio e muitas vezes não percebem/reconhecem sua relevância?!
Minha sugestão é que pensemos neste público! Que sejam propostas ações educativas direcionadas aos trabalhadores de museus, tendo em vista o desenvolvimento pessoal e profissional deste grupo, a partir dos conceitos de cultura, identidade e memória.
Acredito que para haver coerência na Museologia que se assume mais atenta aos indivíduos, é necessário que os profissionais de museus olhem para seus colegas de instituição e iniciem sua ação desde dentro! Que organizem primeiramente o interior da ‘casa’, para então expandir sua atuação em direção à ‘vizinhança,.
Acham a idéia pertinente?!
Cumprimentos!
P.S. Ao ler as propostas preliminares traçadas para cada um dos nove eixos temáticos no Documento Base, tive dificuldade em encaixar minha inquietação/contribuição em uma área. Por isso, peço desculpas se este não for o local mais adequado para esta contribuição e solicito auxílio para encaminhá-la ao espaço apropriado.