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  • #246
    Pnem
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    Explicitar as concepções de Museu, Museologia e Educação adotadas no desenvolvimento das ações educacionais, contextualizando os métodos e técnicas, levando em consideração as especificidades de cada museu, bem como o perfil e os anseios de seus públicos;

    #348
    Ozias Soares
    Membro

     

    Este tema é fundamental que, a meu ver, deve começar com a questão do Planejamento Participativo; ou seja, tais concepções devem ser resultado de uma discussão e debate interno nas instituições e não apenas estruturado a partir da opinião de um pequeno grupo ou de especialistas. Portanto, estou falando de um debate onde as tensões, conflitos e divergências estão e estarão presentes. Como estamos em relação a esta modalidade de planejamento nos nossos museus?

    #399
    Jorge Ramos
    Membro

    Concordo com você Ozias. Quanto a sua pergunta, acredito que as práticas estão muito aquem das teorias e diretrizes das Políticas Públicas existentes e conhecidas pelos grupos gestores de museus e, muitas vezes, amplarmente discutidas pelo setor. Então, acho cabível uma inquietação: o PNEM poderá estabelecer ou indicar uma ferramenta legal – sobretudo a título de fiscalização -, que garanta  a aplicabilidade das ações socioeducativas museais respeitando-se o que ele preconiza?

    Asssim, as concepções educativas adotadas pelo Programa, acredito, devem estar amparadas nas Polítias Públicas setorias em vigor e, sempre, primando pelos princípios da democratização universal para o desenvolvimento humano. Creio que estes suportes prático-teóricos  redimensionará a reverberação tanto das ações socioeducativas pautadas no PNEM  quanto ele por si só.

    #418
    Ozias Soares
    Membro

    Jorge, acho que chegamos num momento bom em termos de documentos legais que buscam garantir o cumprimento das ações no campo museal. O documento base do  PNEM, aponta para os marcos legais desta iniciativa. Talvez possa dizer que o “calcanhar de Aquiles”, todavia, continua sendo a questão orçamentária. Embora haja tais marcos legais, o conjunto de profissionais de nosso campo, bem como a vontade política do administrador deve estar de acordo com as demandas colocadas nos documentos. Caso contrário, será mais uma “letra morta”. Precisamos juntar nossos esforços neste momento!

    #452
    Socorro Lima
    Membro

    A questão além dos marcos legais é tentar fazer com que isso não seja apenas uma lei no papel sim e  temos que pensar em instrumentos que operacionalize isso efetivamente em todos os processos museológicos. Não sei se a questão orçamentária é determinante. Juntar políticas públicas com profissionais qualificados é algo a se pensar.

     

    #469
    Ozias Soares
    Membro

    Bem, Socorro, penso que temos nos museus e instituições culturais hoje certo “know-how” aliado aos marcos legais existentes que seriam, diria, quase que suficientes para alavancarmos para cima e com qualidade nosso campo de atuação. Somente como exemplo, o Plano Nacional de Educação de 2001 ficou bem aquém das diretrizes e metas estabelecidas, seja por questão financeira e/ou por falta de articulação dos municípios e estados (cf. http://www.scielo.br/pdf/es/v31n112/04). E olhe que ele era uma LEI (10.172/01)! Talvez possa concluir dizendo que é preciso bons profissionais, excelentes marcos legais (inclusive construídos democratica e coletivamente), e fundamentalmente uma base material, financeira, que possa assegurar o cumprimento de nossos Programas. Por isso insisto que discutamos um pouquinho o Planejamento Participativo que postei aqui no blog.

    #516

    A Educação em Museus é considerada como fazendo parte da Educação Informal por não estar inclusa no perfil da Educação Escolar. No entanto, possui formalização. Seria importante discutir como essa formalização se dá nas instituições.

    Rosa Maria

    #525
    Ozias Soares
    Membro

    Rosa, gosto muito da apresentação do professor Libâneo (2005), segundo o qual existiriam três modalidades no campo da Educação: Formal, Não-formal e Informal. Esta última seria aquele tipo com pouca ou nenhuma sistematização ocorrido nas relações familiares, grupos de afinidades, situações na rua ou em outros espaços. A Educação Não Formal, neste sentido, seria a que mais caberia em nosso caso, por possuir um grau médio de sistematização (diferente daquela que existe nas escolas e universidades) e não ter como meta a certificação como um documento que dá acesso a demais níveis escolares. Entretanto, alguns museus vem se destacando em parcerias com universidades promovendo cursos de média e curta duração, ou até associados a programas de pós-graduação. Ou seja, vivemos um momento novo… 

     (Referência: Libâneo, José Carlos. Pedagogia e pedagogos, para quê?  São Paulo: Cortez, 2005).

    #545

    Meus caros, sinceramente, com ou sem políticas públicas, estou pensando. Como estou meio cansada do oficial, prefiro ter o meu pensamento livre e buscar as bases e fundamentações livre que nortes pré-definidos. Não sou contra políticas, apenas entendo que há vários movimentos e gosto de movimentar desde o ponto onde estou. Isto é participação pró-ativa. Gosto disso da mesma forma que posso e devo ser reativa, quando vale a pena.

    Por outro lado, a função educativa de um museu deve ser debatida amplamente na instituição. Da mesma forma, a política educacional (parte da política de comunicação museal que, por sua vez, faz parte da política cultural da instituição) deve gerar um documento síntese da filosofia da instituição. Então, há um “setor” educativo composto por profissionais especializados e em constante formação, para planejar e desenvolver ações de educação no museu. Por que estou falando nisso? Por que no Brasil todos entende de educação, inclusive no museu. Debate, discussão, avaliação, comprometimento, cobrança, questionamento etc.: SIM. Desprofissionalização do setor: NÃO!

    #559
    Ozias Soares
    Membro

    Concordo com o entendimento de muitos críticos que a ausência de uma política também se configura numa política, lato sensu.  Por sua vez, criar um documento síntese num contexto de relações de poder, de verticalizações, de interesses e concepções divergentes é um desafio dos grandes!!!! Mas penso que há parâmetros gerais já definidos nos documentos oficiais de nossa área que podem servir como um estopim; penso também que temos um volume de discussões sobre uma nova museologia, uma educação emancipatória, uma construção coletiva, entre outros que podem ajudar a nossa base teórica. Resta-nos ouvir o público…

    #566

    Considero fundamental que, no debate sobre educação em museus, seja levada em conta e colocada em prática a ideia de emancipação. Não acredito numa educação que não esteja comprometida com a emancipação dos sujeitos e das consciências. Em relação a isso, é sempre útil lembrarmos as sábias palavras de Paulo Freire: “Precisamos ser sujeitos da história, ainda que não consigamos deixar totalmente de ser objetos da história. E, para sermos sujeitos, precisamos, precisamos indiscutivelmente examinar a história criticamente. como participantes ativos e verdadeiros sujeitos, podemos fazer a história apenas se continuamente formos críticos de nossas próprias vidas.”

    #570

    Marcelo, a concepção de formação integral, já citada, que tem como referência, entre outros autores, Gramsci (cadernos do carcere, volume 2 – caderno 12), é justamente a ideia de uma educação emancipatória, mas ´para além disso, completa. Completa, pois presta-se a desenvolver tanto a formação intelectual quanto a formação física, profissional, a sociabilidade, a solidariedade. Como o autor defende, a formação integral deve formar indivíduos capazes de serem governantes de si mesmos e da sociedade em que se inserem. 😉

    #751
    Moema Goes
    Membro

    Queridos parceiros: entendo que a educação formal, da maneira como está definida no debate em andamento, será bem sucedida, na medida em que estiver em constante interação com seu contexto histórico- artístico e cultural. Desta forma, uma política de educação museal, seria fundamental para que estes espaços passassem a fazer parte, efetivamente, desta contextualização. Sem uma ação educativa direcionada, planejada, a visitação ao museu se torna pouco eficaz a este propósito.

    #758
    Ozias Soares
    Membro

    Moema, a questão que ainda permanece é como os diferentes atores compreendem o que é um MUSEU, e, sobretudo, como o MUSEU pensa a si mesmo na sua relação com o entorno, com as outras instituições de educação e cultura, e com as comunidades vizinhas. Não se pode negar que há museus fechados para toda uma “vida” do seu entorno. Preferem fazer suas exposições, suas atividades, para um seleto público, para os iniciados, etc. Isso não é certamente o Museu que queremos enquanto educadores! Qual é o Museu que queremos então? O que a escola, por exemplo, espera de nós?

    #1175
    REM RJ
    Membro

    Autonomia institucional para definir suas referências teóricas;
    Incentivar a produção de Projetos Políticos Pedagógicos, explicitando e institucionalizando a ação e relação teoria-prática;
    Estabelecer uma concepção de educação museal crítica, dialógica e transformadora.

    Propostas elaboradas em reuniões presenciais que contaram com a participação das seguintes instituições:

    Centro Cultural Banco do Brasil – Centro Cultural da Justiça Federal – Centro Cultural de Folclores e Cultura Popular – Instituto Moreira Sales – Memorial Getúlio Vargas – Fundação Casa de Rui Barbosa – Museu Casa da Hera – Museu Casa do Pontal – Museu da Chácara do Céu – Museu da Marinha – Museu da República – Museu da Vida – Museu de Arqueologia de Itaipu – Museu do Ingá – Museu do Meio Ambiente – Museu Histórico Nacional – Museu Nacional – Oi Futuro/Museu das Telecomunicações – Núcleo Experimental do MAM – Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro

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