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Museu como ferramenta de Educação

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  • #252
    Pnem
    Membro

    Assegurar que os museus e espaços de memória sejam importantes ferramentas de educação, e que por meio de ações transversais colaborem para o desenvolvimento cultural, social e econômico, regional e local;

    • Este tópico foi modificado 11 anos, 11 meses atrás por Pnem.
    #515

    Gostaria de participar deste Fórum.

    Reescreveria a frase acima da seguinte forma:

    “Assegurar que os museus e espaços de memória, por serem importantes ferramentas de educação,  colaborem para o desenvolvimento cultural, social e econômico, regional e local por meio de ações transversais”.

    Rosa Maria

    #524
    Ozias Soares
    Membro

    Rosa, gostei muito de sua intervenção na proposição. Ficou bem legal!!! Resta-me, porém,  a dúvida se este é um entendimento amplo em nosso meio… Ou seja, entendemos que somos, de fato, uma ferramenta de educação? Que tipo de educação? Para que tipo de projeto de sociedade? De que modo poderíamos contribuir para esse desenvolvimento regional/local?

    #546

    Bem, creio que, primeiro, compreender que o museu tem um papel social. Se sim, a educação tem seu espaço. Óbvio que devemos ter claro que tipo de educação, para entendermos que tipo de participação social. Trabalho na perspectiva da Comunicação Museológica que, em síntese, engloba  comunicação, educação e cultura. No nosso caso, engloba comunicação em museus, educação patrimonial/em museu e cultura material, tudo num contexto museal.

    #558
    Ozias Soares
    Membro

    Bem, todas as instituições de um modo geral têm um papel social. É preciso, antes, ter claro que papel é esse, quem define esse papel e a serviço de quê. Num primeiro momento, entenderia que seria preciso maior sistematização das propostas, projetos e ações desenvolvidas nas nossas instituições museais. Se entendo o museu como ferramente e não sei efetivamente utilizá-la ou subutilizo-a, algo precisa ser revisto. Acho que um caminho que atende as demandas por democratização, participação, elevação cultural e política seria trabalharmos na perspectiva da Educação/Formação Integral; esta, por sua vez, deve ser entendida como o desenvolvimento humano nas suas múltiplas dimensões e não apenas o homem formado para as “exigências atuais do mercado”, como tem se propagado. Deixo duas indicações de leituras sobre o tema:

    http://www.anped.org.br/reunioes/27/gt09/t091.pdf

    http://www.uff.br/trabalhonecessario/images/TN05%20REIS,%20R.R.pdf

     

    #638
    Nahama Baldo
    Membro

    Acredito que as instituições de ensino não formal, museus e centro culturais, podem desenvolver em parceria com escolas e universidades, instituições de ensino formal, praticas que tenham como cerne a experiência do sujeito.

    #640
    Ozias Soares
    Membro

    Bem, Nahama, em primeiro lugar, valeu pela participação! Temos um GT de “redes e parcerias” e, nele, um tópico chamado “parcerias com instituição de cultura e pesquisa” onde você poderá ampliar essa discussão; dê uma “passada” lá!

    Bem, no que cabe a este tópico, acho podemos pensar, a partir de sua fala, que a educação, seja ela em que modalidade ou espaço for, deveria sempre estar centrada na experiência do sujeito. Não é recente a discussão sobre o papel ativo do aluno na construção do conhecimento. Todavia, diante da pluralidade de sujeitos (e processos de subjetivação…), parece que estamos diante de mais um enorme desafio… Digo isso porque a escola que temos é uma experiência moderna de educação de massas, de padronizações, de currículo universalizante, de pouco respeito à experiência local. E os museus e centros culturais, a experiência é diferente disso? Vamos discutir…

    #682

    Sobre a questão do respeito a experiências locais, realmente é algo que falta em muitos museus, pois geralmente, há a construção e a imposição de uma identidade que acaba não contemplando todos os grupos da região e/ou da cidade. Creio que isso tem que ser mudado, pois além de dialogar de uma forma mais próxima e concreta com o meio que está inserido, isso serviria também como um diferencial para o próprio Museu, sendo que pode vir despertar o interesse e identificação dos estudantes com a história ali exposta.
    Por fim, proponho uma questão: De que forma começar isso? Já que é muito difícil museus já constituídos há um bom tempo realizarem mudanças, pois possuem resistência em mudar seu espaço expositivo permanente.

    #690
    Ozias Soares
    Membro

    Rafael, como você diz, não é fácil para os museus instituídos e consolidados a partir de uma ótica dominante, seletiva, social e culturalmente excludente trabalhar com a cultura local. Convido você também a participar do GT “Museus e Comunidades” onde o pessoal tem feito uma discussão muito interessante nessa direção e sei que você vai poder dialogar bem melhor ali, embora aqui também haja espaço para este debate.

    Agora, como “ferramenta”, uma preocupação central nossa é saber de que forma essa “ferramenta” é entendida e usada na direção do desenvolvimento local nas suas dimensões econômica, cultural e social. Se é que a concepção de “ferramenta” não esvazie a finalidade dos processos museais, colocando-os num nível instrumental, utilitarista, imediato, não é?  De outro lado, parece-nos, de início, uma responsabilidade tamanha sobre “nossas costas”, não é? Ademais, é preciso saber qual o “peso” da educação (e, em especial a educação museal) num contexto de alavancar o “desenvolvimento”. Parece-nos um objetivo pouco modesto…  E quando você diz “de que forma começar isto?”, soa a mim como a pergunta inicial de todas as nossas bem-intencionadas propostas, projetos, Programas. Vou dar uma pista, no meu modesto entendimento: a mudança na concepção de gestão dos espaços museais, a quebra dos engessamentos de interesses corporativos, clientelistas e patrimonialistas dentro das nossas instituições talvez seja um primeiro (e enorme!) passo – que vale a pena debater no GT de Gestão aqui em nosso blog.   Mas há outras formas de começar que podemos continuar conversando…

    #804

    Trabalho em um Museu de cultura popular, portanto o foco é a cultura local e os saberes populares. O principio aqui é o reconhecimento de que o visitante tanto quanto o educador possui esse saber. Dessa forma o educador não educa, pois isso indicaria uma transmissão do saber e uma relação desigual. O visitante pode saber tanto ou mais que o educador. Dessa forma o papel do mediador é alcançar o conhecimento do visitante e fazê-lo reconhecer como importante, valoriza-lo e não ensina-lo algo. Assim recusamos o termo educação preferindo o termo mediação.

    #852
    Ozias Soares
    Membro

    Bruno, a sua proposição cabe muito bem na discussão sobre mediação, conforme você transferiu para lá! Obrigado! No tocante aos museus como ferramentas de educação, fico pensando que ações transversais podemos fazer ou, antes disso, que “ações transversais” seriam essas? 

     

    #1084

    Aos parceiros deste blog indico a leitura de um artigo meu”Museus Universitários  e Educação” , o qual faz parte de meu livro MUDANÇA DE RUMO, JÁ:HERANÇA CULTURAL, PRESERVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO, Pontes Edts., 2009, Campinas, SP

    #1103

    Olá, gostaria de parabenizar as discussões desse tópico, as contribuições aqui apresentadas são de  grande valia.

    Faço parte do MuRAU – Museu Regional do Alto Uruguai (Erechim/RS), que compreende o Museu de Ciências Naturais e o  Museu de História, Antropologia e  Arqueologia. Recebemos visitas da comunidade escolar da região e verificamos as necessidades que as escolas possuem para realizar uma educação não formal e contextualizada. Com base nisso, trabalhamos com o intuito de transformar o ambiente do Museu em um espaço de integração escolar, divulgação científica e construção do conhecimento.

    Além da participação das escolas, é necessário que haja o envolvimento da comunidade em geral, o que não se verifica com frequência. Pensamos que para promover a interação entre sujeito e objeto há a necessidade de atividades e exposições atrativas para a sociedade como um todo.

    Colegas, que outros métodos podem ser adotados para que os Museus sejam interpretados como ferramentas de educação que englobe diferentes grupos sociais?

     

    #1168

    Olá pessoal,

    Acredito que pensar a função educativa do museu implica, primeiro, compreender o que se entende por museu: se uma instituição educativa autônoma ou se extensão, por exemplo, da educação escolar.

    De acordo com a pesquisa de mestrado que estou fazendo em educação em museu, o trabalho precisa ter início no Núcleo de Educação do museu. Ter uma equipe bem formada e consciente do caráter pedagógico do museu seria o ponto de partida para irradiar a mensagem para os visitantes. O museu precisa ser apresentado como uma narrativa que partiu de um curador que selecionou as peças e, por isso, revela um ponto de vista. O museu precisa suscitar a discussão sobre o tema exposto, precisa debater os argumentos presentes por meio da exposição e, assim, produzir conhecimento.

    Os museus pecam quando não levam para a visita questões relacionadas ao papel do museu e à sua forma de atuação na construção do saber.

    #1174
    REM RJ
    Membro

    Problematizar o uso do termo “ferramenta”, optando pelo uso do termo “espaço educativo”

    Proposta elaborada em reuniões presenciais que contaram com a participação das seguintes instituições:
    Centro Cultural Banco do Brasil – Centro Cultural da Justiça Federal – Centro Cultural de Folclores e Cultura Popular – Instituto Moreira Sales – Memorial Getúlio Vargas – Fundação Casa de Rui Barbosa – Museu Casa da Hera – Museu Casa do Pontal – Museu da Chácara do Céu – Museu da Marinha – Museu da República – Museu da Vida – Museu de Arqueologia de Itaipu – Museu do Ingá – Museu do Meio Ambiente – Museu Histórico Nacional – Museu Nacional – Oi Futuro/Museu das Telecomunicações – Núcleo Experimental do MAM – Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro

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