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  • #275
    Pnem
    Membro

    Promover a democratização da instituição museológica, dos sistemas e das redes museais por meio da participação comunitária e de projetos e ações extramuros visando à interação com os diversos grupos sociais: étnicos, tradicionais, populares e outros;

    #706

    Olá pessoal!

    Este tópico é super importante dentro da construção do PNEM, tratando especialmente da relação entre museus e comunidades.

    Por isto pergunto a vocês:

    Que projetos e ações extramuros os museus podem desenvolver para ampliar a participação comunitária?

    #737
    Iron
    Membro

    Primeiramente gostaria de parabenizar ao Ibram pela iniciativa pois julgo ser de grande importância essa troca de informações e interação com os diversos museus existentes no Brasil. e deixo abaixo alguns dos pontos que acredito ser relevantes para a enquete.

    É de extrema importância que o museu esteja integrado à comunidade local, sendo necessária, além de uma divulgação aceitável das atividades educativas realizadas por cada museu, uma linguagem  direta  e simples que possa atingir todos os públicos alvos. Outro ponto a ser destacado é a busca de atividades que sirvam para integrar a comunidade com a realidade do museu e vice versa;  aquelas devem atingir desde crianças,  visitantes com necessidades especiais, idosos, dentre outros públicos a depender do foco e do trabalho que será realizado por cada museu.

    Oficinas de restauro, tendo como foco crianças e adultos, palestras de educação patrimonial, eventos musicais associados à temática do museu e peças de teatro integradas ao tema trabalhado pelo evento ou pelo equipamento cultural, dentre outras,  são algumas das atividades que geralmente levam à uma maior atenção do público.

    Tendo em vista que o museu é um local interdisciplinar e que abrange em seu contexto diversas visões históricas, artísticas, religiosas, étnicas, entre outros contextos,  podem ser desenvolvidos projetos e ações com possibilidades e perspectivas infinitas, tornando-se limitadas apenas com relação aos custos do evento e à realidade financeira de cada museu.

    #744

    Iron, obrigado pela sua contribuição aos trabalhos do PNEM.

    Na sua postagem foi mencionada uma questão muito importante, pois uma das funções essenciais dos museus é exatamente comunicar os bens que fazem parte de seus acervos. Exposições, publicações, ações educativas diversas (visita guiada, oficinas, workshops, etc) cumprem este papel.
    Do ponto de vista deste GT, penso que estas atividades também precisam levar em conta as peculiaridades da comunidade em que o museu está inserido. Que comunidades são estas? Quais grupos e pessoas estão envolvidos? Como se relacionam com o patrimônio cultural e os museus?
    Uma política de comunicação que tenha clareza sobre estas questões, por exemplo, poderá ser útil para embasar a produção de materiais com linguagem que facilite o diálogo e a interação museu-comunidade.
    Assim como você (Iron), acredito que as possibilidades para ampliar a participação comunitária nos museus são realmente enormes. Contudo, como você observou muito bem, para dar conta deste desafio os museus precisam ter orçamentos razoáveis. Eu acrescentaria que além de dinheiro disponível os museus precisariam de outros tantos recursos, o que inclui uma equipe qualificada e disposta para trabalhar junto aos diversos grupos sociais e comunidades que compõe o seu “público” mais amplo.
    Neste sentido, suas sugestões de oficinas e atividades a serem promovidas com e para a comunidade me pareceram muito boas.
    Imaginemos que interessante seria um museu desenvolver oficinas regulares de teatro e/ou música junto à comunidade local e depois contratar os próprios moradores como artistas para realizar peças e espetáculos sobre as temáticas do museu! Isto fortaleceria bastante o protagonismo comunitário e a função social do museu.
    A sua sugestão de oficinas envolvendo crianças e adultos em atividades como conservação/restauração também pode ajudar a fortalecer o envolvimento comunitário em relação aos museus. Em vez de simplesmente avisar para “não tocar na peça” em suas exposições, os museus, através destas oficinas, poderiam dar a conhecer às pessoas da comunidade os critérios e técnicas de conservação adotadas em seus acervos. Com isto, as pessoas também teriam maiores chances de refletir criticamente sobre algumas regras comuns aos museus (“não tocar nas peças”, “fotos sem uso de flash” etc). E alguns outros questionamentos básicos poderiam vir à tona: O que conservar? Por que conservar? Para quem? Como? etc etc…
    Outro resultado destas oficinas pode ser o estreitamento das relações estabelecidas pelas pessoas da comunidade com o seu próprio patrimônio cultural, sentindo-se também cada vez mais responsáveis pelo destino dos bens preservados e que ajudam a contar a história da sua vida e/ou do seu grupo.
    Dependendo do caráter da oficina desenvolvida também poderiam surgir novos talentos para atuar profissionalmente em diversas áreas nos museus instalados em suas comunidades, haja vista a amplitude do mercado de trabalho relacionado à conservação/restauração de bens culturais (papel, madeira, metal, pinturas, edificações etc).
    Antes de finalizar, deixo outros dois comentários: 1- a elaboração e divulgação das ações educativas podem ser feitas em parceria com as escolas do município onde se localiza o museu, envolvendo os professores, estudantes e a comunidade escolar como um todo. Este debate sobre parcerias já vem sendo desenvolvido em outro fórum temático do PNEM, através do GT Redes e Parcerias, coordenado pela Fernanda Castro. Por isto, Iron, se for possível também deixe sua contribuição no GT Parcerias. Outro GT do PNEM que guarda relação com nossa conversa e que pode contar com sua contribuição é o Acessibilidade em Museus, coordenado por Isabela Portela, especialmente o tópico que trata sobre “Realizar ações que tenham por objetivo a democratização do acesso aos museus e o desenvolvimento de políticas de comunicação com os públicos.”

    Obrigado, mais uma vez, pela participação.

    Abraço e até mais

    Diego

    #864

    Sou coordenador do museu virtual de ciência e tecnologia da Universidade de Bras´lia (www.museuvirtual.unb.br) e a participação da comunidade para a qual o museu se destina é um problema de envergadura. Nosso museu, que tem o objetivo de atuar com divulgação científica, por mais que tente se aproximar de seu público-alvo, e nunca encontrando resistências, revela que mobilizar o público demanda estratégias de corpo-a-corpo que demandam ações contínuas de marketing educativo ou de marketing museológico, como chamamos aqui. Nisto tem consistido nossas “ações extramuros”.

    #883

    Olá, Gilberto

    obrigado pelo seu relato e contribuição.

    O trabalho de divulgação corpo-a-corpo faz toda a diferença para chamar a atenção das pessoas sobre as ações do museu, seu acervo, exposições etc. E mesmo no caso do Museu Virtual não parece ser diferente.

    Quando digo corpo-a-corpo, estou pensando no “olho-no-olho”, na conversa presencial propriamente dita que o museu e seus agentes devem promover junto à comunidade.

    Outro meio que pode gerar resultados é a participação do museu em programas de rádio, divulgando sua programação/atividades para as pessoas que não lêem e nem acessam internet.

    No caso do museu onde trabalho (Museu das Missões Ibram/MinC), temos conseguido estabelecer uma importante relação de parceria com a Rádio Comunitária local, bem como com a imprensa escrita local/regional. E isto tem constituído um canal de interlocução com os moradores do município ou outras pessoas que não visitam necessariamente o museu.

     

    #977

    Bom dia, Gilberto

    em complemento a postagem anterior, recomendo que você também se integre aos debates do GT Perspectivas conceituais, onde foi criado um tópico específico para debater a realidade dos chamados MUSEUS VIRTUAIS através deste Blog do PNEM.

    Creio que poderá ocorrer uma troca rica de experiências, informações e análises entre você e outros profissionais que atuam neste campo dos museus virtuais.

    abs e até mais

    #1062

    olá,  Diego!

    Curti a postagem do Iron, bacana.

    Penso que a integração (museu/comunidade) contribui de maneira salutar para o desenvolvimento, humano. Hoje pela manhã presenciei uma turma de estudantes em aula  de historia sob o Baoba , sentados a sua sombra, na grama e em circulo. Apreciei como a um belo quadro, simples e espetacular.

    Baoba -(arvore de origem africana) Museu Casa Quissamã – Quissamã, R.J

    Alunos do C. C. N. S.do Desterro – ensino médio

    Algumas iniciativas dependem mais da sensibilidade e menos de recursos financeiros.

    Gostaria de perceber maior aproximação entre o museu e a comunidade para juntos   planejar o ” Museu de portas abertas – encontros e encantos para todos” .

    Reuniões, conselhos, agendas periódicas, seriam formas de diagnosticar e buscar meios de maior aproximação.

    abs, até mais

     

    #1069

    Oi, Marta

    obrigado por sua participação e pelo envio de propostas para a construção do PNEM.

    Eu também gostei das ideias do Iron, assim como da atividade relatada por ti com estudantes de Ensino Médio do Desterro.

    Sugestões anotadas!

    Abraço e até mais.

    Diego

    #1147

    Olá Diego, acredito que estamos no caminho certo.

    Os museus tem um papel relevante em uma comunidade,  visto que o museu é a cultura viva de um povo.Os projetos e ações devem ser desenvolvidas  de formas  educativas , sociais ,informativas e culturais dessa forma a participação do Museu na comunidade fortalence as ações em todas as instâncias.

    O Museu da Boneca de Pano atualmente esta desenvolvendo projeto s e oficinas, como exemplo temos o Curumins  perna de pau, grupo formado por crianças atuante do museu como divulgadores fazendo o resgate do caminhar sobre a perna de pau, onde podemos trabalhar a coordenação motora e cognitiva  a confiança no outro. As oficinas de boneca  resgata  a historia da boneca de pano além de desenvolvere ampliar a imaginação a fantasia , tambem se trabalha o lado lúdico , tornando-se assim agente de possibilidade e de oportunidade.

    Recentemente no carnaval de 2013 o Museu da Boneca de Pano  criou  o Bloco do roi-rói . O rói –rói é um briquedo de tradição feito artesanalmente e junto com os Curumins pernas de pau e matracas fizemos o cortejo na comunidade que foi materia do jornal “O Povo” do dia 09/02/2013 em Fortaleza ,salientamos que os rói-rói e matracas foram confeccionados de material reciclado.

    Meu nome é Liduina sou artesã e idealizadora do Museu da Boneca de Pano.

    #1150

    Lembrando que estamos em processo de ampliação do acervo do Museu da Boneca de Pano estamos recebendo doações. Agradecemos antecipadamente sua contribuição, nosso contato : liduinamarial@hotmail.com

    #1222

    Oi, Liduina Maria

    obrigado por visitar o Blog e relatar suas experiências educativas no Museu da Boneca de Pano.

    E o museu trabalha também com adultos através de oficinas e bonequeiros, não é?

    Sinta-se em casa para contribuir com mais propostas à educação em museus.

    Os prazos para isto vão até domingo, dia 07/04.

    Abraço e até mais!

    #1228

    Uma proposta, pra animar esta reta final:

     

    Garantir recursos do FAT – Fundo de Amparo ao Trabalhador – mediante convênio entre o MinC, o Ministério do Trabalho e o Sistema “S”, visando à capacitação profissional de jovens e adultos das comunidades para atuar em áreas de interesse técnico e estratégico dos museus (exposições, idiomas, acessibilidade, informática, turismo, entre outras).

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