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escolas de ensino do 1º grau envolvidas na educação museal

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  • #841

    o envolvimento das escolas de ensino do 1º grau é fundamental

    para a conscientização e valorização do patrimônio histórico,

    artístico e imaterial. se iniciarmos na educação infantil

    teremos jovens comprometidos com o patrimônio cultural

    como um todo.

    #865
    Sonia Maria
    Membro

    Em nosso município sentimos a necessidade de que as escolas tenham iniciativa de trazerem seus alunos ao Museu Histórico Delfim Moreira. Eles só nos visitam quando os convidamos ou por motivo de alguma exposição diferenciada. Não há o hábito de visitas espontâneas. Acreditamos que deveria fazer parte do conteúdo escolar.

    #867
    Rafaela Lima
    Membro

    Olá, Odinelha e Sonia!

    Compartilho do mesmo sentimento e pensamento que vocês. Concordo que deveria haver uma parceria muito mais estruturada e definida com as Prefeituras, via Secretarias de Educação. Se esse trabalho fosse mais coeso, com certeza teríamos não só mais visitação, mas estas seria muito mais articuladas com o currículo das escolas e interessantes do ponto de vista dos alunos: uma visita que dialoga com a vida deles, com o que estão estudando e que desperte a curiosidade é sempre mais profícua do que aquela feita sob insistência ou por “obrigação” (quando é colocado para uma escola a obrigatoriedade de pelo menos 1 visita por ano a um museu… já vi isso acontecer em alguns lugares).

    Mas, trazendo essa discussão para o nosso tema principal (o assunto fórum: profissionais de educação museal), qual a relação que vocês vêem entre o envolvimento das escolas de 1º grau com a formação do profissional de educação museal e a sua prática profissional? De que maneira isso pode impactar na prática e na formação desse profissional?

    Mais uma vez agradeço a participação de vocês e ficaremos aguardando as respostas para continuarmos nossa conversa que está ótima! 🙂

    #923

    Boa tarde, pessoal! Sou funcionária do Museu Antropológico do Rio Grande do Sul (MARS) e desenvolvo minhas atividades, principalmente, no Setor de Ação Educativa do Museu.  Penso que, enquanto espaço não-formal de educação, o museu pode ser um importante aliado das escolas. Por outro lado, as escolas auxiliam na reflexão do papel da instituição museológica neste processo. O MARS tem promovido e apoiado ações educativas em diferentes espaços: escolas, por meio de ações-piloto do Projeto “Museu Antropológico Itinerante”; centros culturais, instituições de memória e outros museus estaduais, a partir da mediação de exposições de curta duração. A multiplicidade do público (escolas da rede privada, da redepública municipal, estadual) nos traz diferentes reflexões . Quando visitamos uma escola privada, dentro do projeto mencionado,  muitas questões foram levantadas pelos alunos. Fomos “bombardeados” com perguntas as quais várias não sabíamos responder sobre a temática em questão (História e Culturas Indígenas, tema obrigatório nos currículos, a partir da lei 11.645/08). Levamos alguns objetos não-tombados do acervo, mas o que suscitou discussões foi, de fato, nossa fala. Também nas exposições observamos diferentes anseios de alunos e professores. Alguns estudantes fazem relações com objetos que já viram em outros locais, muitos tecem comentários engraçados, fazem brincadeiras, outros admiram, interpretam, perguntam sobre o material e alguns poucos ainda nos surpreendem com colocações que esperaríamos, talvez, de um acadêmico, ditas de modo simples, mas muito pertinentes sobre o tema da exposição. Com relação aos professores, observamos que alguns levam os alunos como forma de complemento das atividades tratadas em sala de aula. Outros nem mesmo trataram o assunto, buscam no Museu o aprendizado. E alguns poucos parecem ver no museu este espaço de aprendizado em concomitância com o espaço de fruição. De admiração estética, mas também de apropriação, de ressignificação de conhecimento, de saberes. Deste modo, a contribuição que trago ao pensar na relação do museu com as escolas de Ensino Fundamental e destas com o museu diz respeito à formação dos profissionais de educação em museus frente às demandas da Escola. Creio que, neste sentido, as escolas interferem na construção/formação do educador em museus, já que podem orientar, por exemplo, a médio, longo prazo, a busca por capacitação, conforme o perfil do museu. No meu caso, as experiências que tenho no âmbito do Museu, me impulsionam a buscar uma capacitação mais específica, que relacione  minha formação na graduação + Educação + Museologia. Além disso, tendo em vista sua função social, o Museu tem de estar instrumentalizado para organizar e promover, em conjunto com a escola, cursos de formação, capacitação para os professores que relacionem as áreas de atuação da instituição com a Educação.

    #942
    Rafaela Lima
    Membro

    Olá, Estela! Obrigada pela sua contribuição no debate!

    Você trouxe questões que insisto em repetir nos curso e palestras em que fui a “professora” do grupo: cada visitante, cada grupo agendado, cada pessoa que entra na instituição cultural que trabalhamos traz um repertório pessoal e único, portanto, traz uma maneira diferente de olhar aquela instituição e o que ela oferece. Por isso também, as contribuições que cada um traz são igualmente diferentes e ricas. O papel do educador museal está justamente no aproveitamento e no diálogo que deve promover entre esses repertórios dos visitantes (agendado, espontâneo, individual ou em grupo), o repertório exposto pela instituição (nas exposições, nos discursos dos seus dirigentes, no seu acervo) e no repertório do próprio educador. É a formação diversa e multifacetada do educador que deve conferir-lhe a sensibilidade para perceber os pontos de interseção entre esses repertórios e, a partir daí, promover o diálogo entre eles. Quando esse diálogo e essa troca se efetivam, a experiência da visita torna-se única e reverbera em outros campos da vida do visitante.

    Aí eu pergunto: nossos educadores em museus têm esse perfil e sensibilidade? Eles têm criado essas pontes entre os vários repertórios para enriquecimento da visita e verdadeira fruição daquele conteúdo que estão mediando (trazendo o conceito de mediador para a discussão)?

    O que vejo é que muitas vezes o próprio repertório dos educadores em museus precisa ser trabalhado e enriquecido. Outras vezes eles ainda não têm o insight (sensibilidade e percepção), digamos assim, de aproveitar a deixa de um comentário ou dúvida de um visitante para entrar em outros assuntos abordados por aquele conteúdo que ele está mediando numa exposição, em uma oficina, em um curso ou em um evento da instituição.

    Então como esse problema/falha na formação dos educadores em museus pode ser corrigido? Na minha opinião os cursos promovidos pelas próprias instituições para a formação de educadores é um caminho viável e até agora profícuo.

    Mas não é a minha opinião que deve constar aqui, mas a de vocês. Por isso, espero as respostas de vocês às colocações que fiz, combinado? 😉

    #967
    Sonia Maria
    Membro

    O museu como guardador do Patrimônio histórico da humanidade,  torna-se importante na formação do profissional da escola de primeiro grau, tornando-o conhecedor dessa história e internalizando  transforma em multiplicador de cultura.

    #1009
    Rafaela Lima
    Membro

    Olá, Sônia! Bem vinda ao nosso debate!

    Olá, a todos! Aproveito minha “passagem” por aqui para lembrar-lhes que nessa reta final do blog (ele “fechará” para postagens dia 26 de março), devemos pensar em ações concretas para efetivação das propostas que fizemos até aqui.

    Aproveito, então, para pdir que vocês pontuem aquilo que deve ser destacado nesse tópico como proposta/ação efetiva. Aguardo as participações de vocês! 😉 Ainda dá tempo de outros participarem: debatam o assunto nos seus locais de trabalho, com colegas, com alunos inclusive (por que não, né? 🙂 ).

    #1045
    Sonia Maria
    Membro

    Objetivando ter um  Museu como agente articulador e propulsor de políticas  museais de cultura. O Museu histórico Delfim Moreira, pensando em um intercâmbio entre as escolas de 1º grau de nosso Município. Realizará  as seguintes  atividades concretas  para 2013:

    -Convidadar as escolas de 1º grau, por  ofício  para que venham visitar o    Museu.

    – Manter o Museu com suas portas abertas para visitas expontâneas e  agendadas sempre guiadas por uma professora habilitada à  orientar e esclarecer todas as perguntas formalizadas.

    – Ter suas portas abertas para eventos culturais a serem agendados no decorrer do ano  como exposições palestras etc.

    – Trazer alunos de escolas de 1º grau do Município para aulas previamente agendadas , tentando assim aguçar a curiosidade e o gosto pela educação museal.

    – Enviar correspondências às escolas de 1º grau  convidando os alunos a se matricularem para aulas de desenho.

     

    #1048

    realizar parcerias com secretarias municipais de educação, estabelecendo programas de transporte para escolas visitarem museus, ampliando o número de visitas já existentes e garantindo que cada turma das escolas conheça pelo menos um museu durante o ano letivo!

    #1052

    olá pessoal! pelo visto todas nós que trabalhamos na gestão de museus ou na área  do ensino temos muito em comum: o educar, o instruir, é assim que lutamos para que nossos jovens tenham uma visão melhor de mundo e valorize a memória da coletividade. a educação museal fará esse link. já estou programando a 11ª semana de museus, e será exclusivamente dentro de escolas de ensino fundamental. começaremos pelas escolas públicas e futuramente estenderemos nossas ações em outras instituições. acredito que estaremos dando os primeiros passos em busca de um público qualificado e conhecedor da importância da memória da coletividade.

    #1056

    Olá pessoal, estava lendo aqui os post de vocês e fiquei muito interessada em participar. Segundo os estudos de ANDRADE (2011), nos informou sobre uma lei data de 1905 do então prefeito da cidade de Fortaleza informava que todas as escolas deveria ter uma biblioteca e museu, isso está escrito na Seção II capítulo XII.

    O  interessante é que o acesso a biblioteca ainda existe, mas, os museus, são raras as escolas que possui um.  Não há uma justificativa melhor para que a Educação em Museus seja de tão importante para as escolas de Ensino Fundamental I,como também para os demais níveis de ensino.

     

    #1064
    Rafaela Lima
    Membro

    Muito boas as sugestões! Já foram inclusive acrescentadas ao texto final de propostas. Quando estivermos na última semana de participações no fórum, posto aqui para que todos tenham o resultado final do Fórum Profissionais de Educação Museal.

    Continuem participando e incentivando outros a fazeres o mesmo. Acredito que teremos um bom resultado desta iniciativa.

    Abraços!

    #1073
    jundiai
    Membro

    Esta reflexão é muito interessante para o momento em que estamos vivenciando aqui no Museu da Energia de Jundiaí, pois atendemos no ano passado muitos alunos com este perfil de 1° grau e o nosso questionamento quanto educadores é será que a nossa comunicação com este público está sendo assertiva, uma vez que que a fala deste púbilco é diferente em relação ao de fundamental II, nivel técnico e superior, pois por se tratarde um Museu de ciências temos uma gama de assuntos para abordar com os diversos públicos.O questionamento é devemos ter monitores genéricos(abordando todos os assuntos) ou monitores específicos( cada um na sua área de atuação). Cabe também pensar o quanto de informação o monitor genérico terá que transmitir e   o número de monitores específicos teremos para abrangir todo o espaço museológico, como ja é sabido a grande maioria dos museus sofrem com falta de recursos finaceiros.

    #1233

    Parabéns Odinelha e demais participantes, pela iniciativa, pelos questionamentos e propostas interessantes para que se torne ações presentes em nossas escolas. Se faz necessário urgentemente contribuir para o desenvolvimento , para uma conscientização e valorização do patrimõnio cultural e artístico em todos os níveis da Educação, permitindo o fortalecimento das relações. “Quando a escola vai além da sala de aula, os horizontes são maiores”.

    Abraços!

    Janice S. Cruz   REM -BA

    #1239

    espero que nossa luta seja constante em busca de uma educação de qualidade para os nossos jovens. que esses jovens se tornem pessoas que saibam lutar pelos seus direitos e saibam cumprir os seus deveres só assim esse país terá pessoas honestas e preocupadas com os seus semelhantes. os museus estão cheios de bons exemplos da nossa história e podem colaborar muito.

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