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Marcado: Acessibilidade
- Este tópico contém 21 respostas, 14 vozes e foi atualizado pela última vez 11 anos, 7 meses atrás por Barbara Harduim.
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20/11/2012 às 11:50 #269PnemMembro
Promover ações educacionais que garantam o acolhimento dos públicos e a acessibilidade social e física ao museu;
29/11/2012 às 15:16 #422Jorge RamosMembroNo que tange a acessibilidade social acredito ser importante que quando do planejamento das ações socioeducativas sejam contemplados – dentro da proposta aventada -, públicos com reconhecido “distanciamento” dos museus. Isto porque penso que seja fundamental o PNEM fomentar a importância de se pensar como favorecer aos diferentes públicos para que eles se identifiquem com os museus, os reconheçam e deles se apoderem. Afinal, do ponto de vista legal, estes equipamentos já são do público, resta-nos contribuir para que o seja de fato. É o museu praticando seu papel social por mais uma via, sua razão de ser: as ações socioeducativas.
29/11/2012 às 18:36 #423Ozias SoaresMembroJorge, vou puxar “brasas” pra “sardinha” do eixo “perspectiva conceituais”: acho que é preciso fomentar uma mentalidade nova dentro dos museus que QUEIRA que esses espaços estejam acessíveis social e fisicamente. Tenho a impressão, um pouco pessimista, que há muito o que fazer, considerando que há pessoas nos nossos museus que ainda os querem para a fruição de um pequeno grupo.
03/12/2012 às 15:56 #466isabel.portellaMembroAcessibilidade social é fomentar aquilo que interessa ao público. Mas como saber? O museu tem que estar permanentemente atento ao que o público quer ver!! Questionando sempre!! Perguntando, trazendo sempre os interesses daquela comunidade!!
05/12/2012 às 21:11 #501Diego Luiz VivianMembroAcessibilidade me faz lembrar também das Pessoas Portadoras de Deficiências -PPDs, e creio que devemos levar em conta o que diz Artigo 30 da CONVENÇÃO SOBRE OS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA, que trata da “Participação na vida cultural e em recreação, lazer e esporte” e onde os museus são citados literalmente. O estado brasileiro é signatário do referido documento, acolhido pelo DECRETO Nº 6.040, DE 7 DE FEVEREIRO DE 2007.
Neste sentido, os museus (com seus planos museológicos) e a prórpia construção do PNEM precisam estar atentos a este regramento internacional, contribuindo com sua efetivação rumo à chamada Acessibilidade universal.
E coloco esta observação porque é sabido que a nossa legislação nacional representa avanços em diversos aspectos, mas temos muito trabalho para sua materialização, para que a “lei saia do papel”, como se costuma dizer.
Exemplo disto é o reconhecimento legal da Lingua Brasileira de Sinais – LIBRAS como meio de comunicação e expressão em todo o país, e a realidade enfrentada pelos surdos e suas famílias e amigos em diversos contextos, incluindo os museus.
10/12/2012 às 10:19 #533Rafael Jose BarbiMembroEm relação a acessibilidade social, concordo com a Isabel, pois há muitos exemplos de museus que são construídos pela elite e para a elite, principalmente em cidades do interior do Brasil que ainda preservam a mentalidade patriarcal e da “tradição” de nome. Portanto é função do museu mudar esse cenário, questionando as suas reais necessidades e observar com outro viés o contexto em que está inserido, criando ações educativas e também ações que tragam o seu espaço expositivo para a realidade a qual está inserido e fomente o interesse de sua comunidade.
No caso de acessibilidade física ainda há muito a ser feito, porém há bons exemplos que podem ser utilizados, como no caso do Museu Paulista, onde há elementos que inserem o deficiente visual na exposição.10/12/2012 às 17:34 #536LeaneMembroQuando leio “acessibilidade social”, penso em aproximar o Museu, das pessoas que ainda desconhecem sua existência, das que não se consideram representadas nestas instituições, e principalmente, aquelas que se sentem excluídas deste ambiente. Precisamos buscar o desenvolvimento das questões da estrutura física, mas precisamos lembrar de uma barreira talvez muito maior, que é a comunicacional.
21/12/2012 às 1:11 #610isabel.portellaMembroEsse tópico trata especificamente de acessibilidade social, sobre acessibilidade física comentamos entre outro. A comunicação é um dos pilares museológicos, questão primordial para todos. O ideal é desenvolvermos metodos que possamos atingir à todos. Legendas, audioguias e palm tops são ótimos , mas nunca desviar a atenção do acervo, complementar sim as informações.
21/12/2012 às 2:22 #612gjacconMembroOlá,
em questão a acessibilidade física,
como fica a reestruturação de museus que são espaços
tombados e não possuem acesso adequado,
existe algum programa ou projeto de reestruturação desses espaços específicos?
26/12/2012 às 15:14 #622isabel.portellaMembroA questão do prédio tombado é um fato real. Temos que criar soluções que possamos permitir acessibilidade total nesses espaços. È uma questão para a arquitetura do IBram se manifestar!! Como deficiente e museóloga ainda não sei como iremos contornar essa questão, mas uma coisa é certa: cada caso é um caso. Cada solução terá que ser criada para cada prédio especificamente, muita conversa e consultar os mais interessados: os deficientes.
21/01/2013 às 1:58 #748Valéria AbdallaMembroMesmo que seja tombado, é necessária a reestruturação dos museus em termos físicos (e sociais!)! Cada caso é um caso mesmo, mas… sempre há uma solução, não é? As instituições não podem se “esconder” atrás de suas edificações para não se adequarem aos nossos mais diversos públicos!
21/01/2013 às 14:48 #750benedito ramos amorimMembroO ano passado, utilizando o Prêmio de Modernização de Museu do IBRAM, conseguimos criar acessibilidade física total no Museu de Tecnologia do Século 20, onde hoje é possível até ao deficiente visual, fazer o circuito sozinho, através de piso podo táctil, tocar o acervo e ler sua contextualização em Braille e ouvir informações cronológias, sobre as principais invenções. Mas não foi uma ação fácil devido a pouca experiência do setor museal e dos fornecedores para atender as demandas. A princípio, após a reinauguração, achamos que daí por diante tudo iria fluir bem, afinal o tema havia ido para a mídia, as informações sobre o museu com acessibilidade haviam circulado, mas esse público não vem. Por que?
É onde, ao nosso entender, entra a acessibilidade social. Quantos cegos temos no Estado de Alagoas? A Associação registra pouco mais de 1.000. Mas, como vivem? Qual o acesso destas pessoas as informações? Qual o grau de dependência destes? Quantos sabem Braille? Quantos se encorajam a vir sozinhos?
Trazer o defciente visual ao convívio cultural é muito mais do que criar as bases de acessibilidade do equipamento cultural é um problema de amplas vertentes. Acreditamos que esse público precise ser resgatado e motivado a vir ao museu, não é uma coisa de esperar. E é o que estaremos fazendo este ano.
23/01/2013 às 23:53 #765carlamenegazMembroUm primeiro passo é a conscientização dos gestores e de todos que atuam no museu. Estas pessoas precisam conhecer o espaço em que trabalham , suas deficiências , ou ponto fortes para acolher o público em sua diversidade. è preciso um diagnóstico bem feito desses espaços para conhecer e compreender quais as ações são prioritárias em relação aos desafios para acessibilidade física ( o que inclui-se até a questão da mobilidade urbana , como chegar ao museu) I, acessibilidade sensorial e a qualificação daqueles que atuam no museu – desde do porteiro, recepcionista, educadores, curadores, pesquisadores, até , claro, os Gestores ! Cada museu apresenta portos fortes e fracos que lhe são específicos, desafios e necessidades peculiares. As ações do museu devem ser pensadas para um público alvo , que precisa conhecer seu público e o quem deseja incluir com as novas ações : dar acesso a quem ? Quem é o público que vem ? O museu atuando pró-ativamente , mas de forma a otimizar e investir em projetos educativos que realmente vão alcançar seus objetivos e coerentes com a missão do Museu.
25/01/2013 às 13:42 #794benedito ramos amorimMembroO País inteiro precisa se adequar as questões de acessibilidade. Mesmo como Gestor de dois museus sou também uma pessoa com problema de baixa visão. Eu só enxergo menos de 20% pelo olho esquerdo, o direito tive perda total. Razão pela qual posso afirmar que a maior dificuldade não é usar o computador, que eu aumento a 185%, não é ler quase cheirando a páina do livro, o difícil é a mobilidade. Andar na rua, nas calçadas, enfrentar as escadarias, os abismos que encontramos a cada instante. Isto é que desanima sair sozinho. Não me importo mais de não reconhecer as pessoas, de não ler a distância, de não enxergar o semâmaforo. Não dirijo mais há 6 anos. Sou aposentado há 12 e só continuo a trabalhar para continuar vivo. Continuo escrevendo para o jornal. Edito mensalmente um jornal chamado O PALÁCIO, cuja linha editorial privilegia obras acadêmicas de alunos e professores aliadasa História, Arquitetura, Urbanismo e preservação. O ano passado tive uma obra minha premiada. No entanto eu sei o que me custa tudo isso. Acessibilidade é também mobilidade, o direito de ir e vir sem estar atrelado a alguém.
Por isso eu vejo que muitas pessoas que perderam a visão ou mesmo que tenham baixa visão precisam antes de tudo serem encorajadas a continuar. Isto vai além de uma boa gestão museal, isto é um problema social enorme que passa despercebido, sobretudo fora dos grandes centros Rio-São Paulo.
Benedito Ramos
29/01/2013 às 19:54 #811isabel.portellaMembroBenedito, as questões de acessibilidade não estão ligadas somente às instituições museológicas, mas sim da cidade, questões urbanisticas. Eu também sou deficiente e sei das minhas dificuldades no dia a dia. Foram precisas algumas adaptações no meu espaço de trabalho no Museu da República mas hoje me sinto completamente independente. Sei que existe muito a ser feito, mas são com pequenos passos e atitudes que conseguiremos implantar NOS ESPAÇOS MUSEOLOGICOS (pois este é o nosso foco) ações agregadoras e que possibilitará uma maior visitação de todos.
Mas sim Carla parte da equipe técnica do conhecimento globalizado do seu espaço de trabalho. Não adianta colocarmos rampas, piso podo tátil e leitores em braile se quem está na portaria não souber receber o deficiente adequadamente. Todo o trabalho de equipe cai terra abaixo.
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