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Marcado: Acessibilidade
- Este tópico contém 21 respostas, 14 vozes e foi atualizado pela última vez 11 anos, 7 meses atrás por Barbara Harduim.
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04/02/2013 às 18:05 #828Manoella EvoraMembro
É de fundamental importância a discussão deste tópico no blog. Cabe a todos nós, como servidores e acima de tudo, como pessoas, promovermos a inclusão social das pessoas que possuem algum tipo de deficiência.
Trabalho no Mart – Museu de Arte Religiosa e Tradicional, em Cabo Frio, e sempre que surge a possibilidade, trabalhamos com o grupo do Cped – Centro de Profissionalização para Pessoas com Deficiência.
No Cped, é desenvolvida uma oficina de mosaico, e durante o ano, os alunos confeccionam peças maravilhosas, que depois são expostas e vendidas no Mart. Esse grupo de alunos também já participou como público-alvo de nossas atividades educativas. E, além disso, eu já tive o privilégio de fazer no local um curso de Libras, em 2011.
07/02/2013 às 18:33 #851isabel.portellaMembroManoella que belo trabalho, se vc puder um dia apresentar sua experiência na RAM teremos o maior prazer em organizar um encontro em que vc possa falar
14/02/2013 às 17:07 #872Manoella EvoraMembroSim, Isabel Portella!! Será um prazer poder compartilhar as experiências de nossos trabalhos no Mart com o pessoal do Cped!
20/02/2013 às 16:17 #953isabel.portellaMembroEntão marcaremos!!
17/03/2013 às 4:46 #1086MoariMembroContribuo com esta discussão, apresentando uma afirmação pessoal de que há entres as instituições museológicas brasileiras um imenso vazio conceitual entre o que considera-se como MUSEU ACESSÍVEL e MUSEU INCLUSIVO.
Inicialmente, afirmo que estas ‘instituições’ deveriam ser conceitualmente indissociáveis, afinal não basta ter uma rampa para tornar-se um museu acessível, nem basta ter uma estrutura completamente acessível para tornar-se um museu inclusivo. Note-se que na realidade dos museus brasileiros estas ‘instituições’ são quase imperceptíveis. Em verdade, acredito que nenhuma das duas exista em sua plenitude.Percebo que existem entre os museus ações fantásticas e criativas, que foram, e continuam sendo, desenvolvidas que buscam minimizar o abismo entre elas e o público, criando estratégias eficazes para tal finalidade. Este é um grande passo dados por alguns museus brasileiros, mas que são, em grande parte, ações pontuais, realizadas em determinadas regiões. Na maior parte do Brasil, isso não existe, nem sequer é pensado.
Entendo, que esta é uma árdua e longa jornada a ser seguida, mas que não está nem próxima do ideal. Ter disponível este espaço de discussão já é um grande avanço para o campo museal brasileiro. Façamos realmente o uso dele.Entrando no campo dos problemas, percebo que no campo museal brasileiro, um dos possíveis paradigmas sobre a Acessibilidade em Museus é a existência de um recorrente equivoco quando se trata tecnicamente desta temática. A este ‘conceito’ associa-se, majoritariamente, à ideia exclusiva sobre o acesso das pessoas ao ‘imóvel’ MUSEU. Tudo aquilo que envolve, entre outras coisas, a construção (ou adaptação) de rampas, elevadores etc., isto é, toda uma estrutura de fato imprescindível para acessibilizar o espaço, mas que é, recorrentemente, compreendida como ‘A’ solução para todos os problemas de acessibilidade. Vivenciei casos que evidenciam bem este problema.
Contudo, não sei se esta informação já foi colocada à discussão, mas o IBRAM apresentou em 2011, em sua publicação MUSEUS EM NÚMEROS, que segundos os dados autorreferendados, cerca de 50,7% das instituições museais cadastradas possuem estrutura acessível para pessoas com deficiência. Essa informação me causou surpresa, pois acredito que ela não reflete a real situação dos museus.
Nesta levantamento, pode-se perceber a recorrência do erro, neste caso institucional, quando se trata da acessibilidade. Nota-se a reafirmação da ideia comum sobre o tema acessibilidade e o despreparo, ou desconhecimento, de gestão sobre as normas técnicas brasileiras e internacionais de acessibilidade. Para esclarecimento, evidencio as falhas mais contundentes:
– Não foi citada a utilização da norma técnica (NBR 9050/2004) como direcionamento da pesquisa, isto é, as regras que dispõem sobre os critérios arquitetônicos e de design para a acessibilidade aos espaços vigente no Brasil, não foram consideradas para avaliar os espaços museológicos cadastrados.
– Tampouco foram sinalizados critérios específicos para comunicação plena nos museus (somente há dados referentes a sinalização em Braille). Não há referencial a outras estratégias como audiodescrição, maquetes táteis etc.
Isto é, entendo que no Brasil possa não existir museus acessíveis. Tampouco museus inclusivos. Acredito que, no atual contexto brasileiro, exista apenas o desenvolvimento de ações museológicas voltadas para a acessibilidade e inclusão.
Finalizo, pontuando a necessidade de que os Museus devam, a cada dia mais, desenvolver diagnósticos institucionais, investir na requalificação estrutural e na formação de seus profissionais, qualificando-os para a viabilizar a acessibilidade estrutural, comunicacional e atitudinal, buscando sempre a integração, propondo atitudes de inclusão entre os setores institucionais e o público e, que propiciem o desenvolvimento de espaços acessíveis, inclusivos e plurais.
05/04/2013 às 18:13 #1225isabel.portellaMembroMoari,
Todos os pontos levantados por vc, serão incluidos no relatório final do PNEM!! Pontos essenciais. Muito obrigada!
Isabel
08/04/2013 às 1:41 #1259Barbara HarduimMembroEncaminho algumas propostas:
Criar edital específico para acessibilidade nos museus;
Promover seminários nacional e internacional sobre acessibilidade cultural;
Acessibilidade como tema de uma edição da Primavera dos Museus;
Oferecer um mini-curso sobre acessibilidade no Fórum de Museus;
Estabelecer princípios orientadores ou recomendações sobre acessibilidade em museus;
Fomentar a implementação de redes de acessibilidade em museus nos estados brasileiros;
Indicar a acessibilidade como um dos critérios de pontuação na participação dos museus em editais;
Firmar convênio com o Ministério do Turismo para mapear e divulgar os museus e instituições culturais que são acessíveis no país.
Viabilizar oficinas sobre acessibilidade em museus para todo o brasil.
Estabelecer parcerias com a Secretaria Nacional da Pessoa com Deficiência de modo a otimizar os projetos existentes.
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