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Encontros

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  • #332

    Promover Encontros com a Comunidade e oficinas que favoreçam relatos da História Regional.

    #396

    Cara Mara Arruda, perceboa importância de ações desta natureza bem de perto, pois trabalho na região missioneira do estado do RS, onde relatos com referência à história regional adquirem peso crucial em várias dimensões da vida cotidiana. São fundamentais na construção de identidades; estão presentes na política (sentido amplo); a música e a arte de modo geral também bebem nesta fonte da história regional; enfim… Parabésn pela proposição.

    #448

    Legal Diego Luiz Vivian. Sugiro  os Encontros com a Comunidade e o Museu afim de que aquelas pessoas que nunca ouviram falar de Museu ou aquelas que nunca pensaram na possibilidade de ver, sentir, ouvir pessoas e ver objetos possam com esta ação /ou ações conhecer um mundo passado e a partir de entam possam contar do seu mundo passado.

    #493

    Realmente, Mara Arruda.

    Este último fim de semana que passou, por exemplo, o Museu das Missões/Ibram foi visitado por um grupo de estudantes de um município gaúcho que não possui instituição desta natureza. As crianças nunca haviam conhecido um museu, em suma. E devem ter ficado maravilhadas com os remanescentes missioneiros, que afinal também fazem parte das narrativas tradicionais consagradas à História Regional.

    Como se diz no RS, as Missões são o “berço do Rio Grande”, no sentido de onde tudo começou.

     

     

    #504

    Interessante também é incluir nas propostas de relatos da História Regional a promoção de atividades em grupo para o debate acerca da construção, relações e reconhecimento dos saberes e fazeres dessas comunidades. (comunidades no sentido amplo obviamente)

    #506

    Entendo que a educação precisa e vive da reinvenção das possibilidades de conhecer, de apreender e de resignificar os conteúdos e a História tato Universal com regional e local. Por isso a proposição Encontros é importante.

    #602

    Boa tarde.

    Refletindo sobre este tópico, Encontro… Museus e Comunidade, me faz refletir principalmente sobre como a instituição museológica se vê em relação a comunidade ao seu redor e como é vista também… Quais são as condições ao seu entorno e dentro de sua própria estrutura que podem estreitar os laços com a comunidade que a cerca? E se pensarmos em comunidade global, estas questões se tornam maiores ainda…

    #617

    Caros participantes e articuladores,

    creio que a proposta da Milena foi bastante feliz, chamando a atenção para a importância do patrimônio imaterial das comunidades (saberes e fazeres). Isto deve ser trabalhado pelos museus em consonância com as necessidades e demandas da própria comunidade detentora dos saberes e patrimônios.

    Não acham?

     

     

    #618

    Mara, obrigado mais uma vez pela sua contribuição. Mas gostaria de comentar a mensagem do Alcione, que coloca uma questão bastante importante. Ou seja, como o museu vê a comunidade em seu entorno e como a instituição museológica é vista pela comunidade que a cerca.

    Acho que devemos investir mais nesta reflexão, tanto do ponto de vista conceituaql como prático. Por isto aguardo mais contribuições do Alcione, Mara Milena e todos os demais interessados.

    Antes de encerrar, quero desejar boas festas para todos vocês.

    Abraços e até mais.

     

    #636

    Boa tarde, um ótimo ano para todos.

    A proposição que fiz em relação ao museu e a comunidade, foi no sentido de problematizar estas relações. Trabalho como educadora no Museu de Arte de Joinville, instituição esta que tem sede em uma casa histórica na cidade, assim como muitas instituições culturais e museais do Brasil. O fato é que não estamos em uma ilha, mas sim rodeados de diferentes agentes. Ou seja, são pesquisadores, artistas, críticos de arte, arquitetos, acadêmicos, estudantes, professores, turistas e mesmo os nossos vizinhos moradores da região.  E além disso, a toda um rede social (hoje em dia muito fortemente pelo Facebook e pelo Blog do Museu) que muitas vezes extrapola nossas perspectivas do quanto o Museu é conhecido bem como suas ações.  Neste sentido o tópico Encontros com a Comunidade é extremamente relevante, podendo ser ampliado para outras esferas além da História Regional ou local, talvez num enfoque voltado ao patrimônio cultural.

    #689

    Olá, continuando a discussão sobre os Encontros e ainda sobre a a Proposição “Museus e Comunidade”, li hoje um artigo de Maria Isabel Leite e Amalhe Baesso Reddig na Revista Musas de 2007,  que achei muito pertinente e diz o seguinte:

    “Nesta direção, Maria Isabel Leite (2005, p. 37) sinaliza a importância de se compreender o espaço museal como ” um fórum, um espaço de encontro, um espaço de debate – um espaço em que as coisas se produzem, e não apenas o já produzido é comunidado”. Baseada em Chagas, a mesma autora afirma que ” os museus não apenas exercem o papel da guarda, mas têm vocação para investigar, documentar e comunicar-se (Leite, 2006, p. 75). Enfatiza ainda que os museus são “espaço de produção de conhecimento e oportunidades de lazer” e que “seus acervos e exposições favorecem a construção social da memória e a percepção crítica da sociedade” (Leite, 2006, p. 75).

    Me recordo ainda, que em um Fórum Catarinense de Museus que ocorreu em Joinville – SC,  um termo que foi utilizado para refletir sobre a ação dos museus em relação a comunidade seria como a de uma “antena”, propagadora de ações / proposições / discussões relativas ao patrimônio. E hoje, um termo que recentemente ouvi se relacionar com os museus, é a possibilidade de serem plataformas, e não mais ilhas…

    #691

    Oi Alcione,

    Obrigado pelas suas colaborações na construção do PNEM, visando problematizar a relação museus-comunidades.

    Você trouxe uma série de questões relevantes, e por isto me desculpe se não conseguir comentar todas elas aqui. Assim, fique inteiramente à vontade para continuar postando mensagens neste fórum temático e aprofundando o debate, de modo a construirmos propostas e ações concretas no que tange aos museus e as comunidades.

    Concordo com você que os museus contemporâneos estejam passando por processos de revisão conceitual e transformações de ordem prática que não permitem mais classificá-los como se fossem meras “ilhas” detentoras de um patrimônio cultural musealizado que precisa ser comunicado.

    Por isto gostei da ideia de se tomar os museus como se fossem “plataformas”, pois permite pensar os museus enquanto espaços de memórias dinâmicos e capazes de construir “pontes” com diversos interlocutores, seja a sociedade mais ampla (outros museus, universidades, centros de pesquisa etc), sejam os grupos e as comunidades mais próximas territorialmente, como os moradores da cidade e/ou bairro onde se localiza o museu (incluindo estudantes e professores).

    Neste sentido, uma das pontes a serem construídas coletivamente podem ser os referidos Encontros abordando temas sobre história, memória e patrimônio. Estes Encontros podem beneficiar articulações e ações que visem uma abertura e aproximação dos museus em relação ao mundo mais amplo que o cerca, não se restringindo somente ao papel de expositor de acervos consagrados ao público formado por especialistas, turistas e excursionistas.

    #696

    Olá, boa tarde.

    Agradeço o comentário, e espero estar contribuindo. A minha preocupação em relação a este tópico, é em relação a sua abrangência, por exemplo no caso da arte e da produção contemporânea, é de que os Encontros também possam estar discutindo esta produção e suas relações com a história, memória, patrimônio… Claro que cada museu ou centro cultural tem suas especificidades, mas pensar também em relações e conexões com temáticas diversificadas são caminhos para estabelecer novas relações com a comunidade, no sentido amplo que estamos pensando.

    #705

    Olá, Alcione e demais articuladores do PNEM

    encontrei um livro com artigo que trata da definição de museus como “plataformas” em oposição a ideia de “ilha” (isolamento). O material está disponível no sítio http://www.reprograme.com.br , pode ser baixado gratuitamente e reúne artigos de diversos especialistas na área de museus.

    Abraço e até mais

    #795

    Oi pessoas,

    Trabalho no Museu Sacaca em Macapá. Minha experiência na construção da proposta pedagógica e museológica deste museu que contou com a participação de diversos grupos comunitários me levou a questionar justamente os problemas levantados pela Alcione, mas centrado em uma comunidade quilombola, e a partir destas construí meu objeto de pesquisa no mestrado concluído em 2008. A pesquisa demonstra a percepção desta grupo social em relação ao museu e quase sempre esta instituição é bastante estranha para a comunidade. Por outro lado, alguns conceitos de museu construídos pelo grupo apresenta a própria comunidade quilombola, o meio ambiente, os fazeres e saberes, e cada pessoa como um museu a ser reconhecido e preservado. Por isso é fundamental a construção de uma nova relação entre o museu e a comunidade, compreendendo que sem esta a ação museológica não tem sentido. Também chamo a atenção para uma ação museológica que se mostre realmente interessada no patrimônio cultural dessas comunidades, tendo em vista as práticas museológicas e pedagógicas elitistas que miniminizam a produção cultural das comunidades quilombolas, indígenas, ribeirinhas e outros grupos não hegemônicos, colaborando para uma desigualdade durável no acesso aos bens sociais e culturais.

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