PNEM

Internet como veículo de educação

Home Fóruns Histórico PNEM Profissionais de Educação Museal Internet como veículo de educação

Visualizando 14 posts - 1 até 14 (de 14 do total)
  • Autor
    Posts
  • #746
    claudiaporto
    Membro

    É muito comum confundir-se “educação via web” com a tecnologia em si. Na verdade, educar por meio da internet requer uma linguagem específica que fica muito além de entregar a cada aluno seu tablet, ou disponibilizar uma visita guiada em 3D no site do museu ou publicar os tão famosos jogos da memória e desenhos para colorir.

    A internet ainda é muito pouco utilizada como meio efetivo de troca entre o museu e seus diversos atores – visitantes, estudantes etc. – mas pode ser um modo a mais a ser utilizado pelos museus. É imperativo, porém, que a web seja vista como meio, e não como fim; e que a razão de haver um programa educativo na internet tenha sido bem fundamentada num plano que reúna museólogos, educadores e especialistas em comunicação digital.

    Utilizar a web como ferramenta efetiva de educação é importante, sobretudo, quando atentamos para o fato de que, em uma determinada faixa etária, ela é a linguagem dominante. Usá-la pode ser uma vantagem para o museu, principalmente entre crianças e adolescentes.

    Esta é – resumidamente – minha opinião sobre o assunto. Gostaria de ouvir o que pensam os colegas.

    #791
    claudiaporto
    Membro

    Exemplos do que digo acima:

    – o Museu Van Gogh usa seu site para jogos, mas tb para aumentar a divulgação de uma caça ao tesouro feita pela criança ao longo das salas (reais) do museu – http://bit.ly/WWVZY7

    – O Museu Emilio Goeldi tem uma “Escola Virtual de Assuntos Amazônicos”, uma área no website institucional onde são disponibilizadas informações e atividades simples, mas muito úteis – http://www.museu-goeldi.br/eva/

    – A Fundação Planetário (RJ) investiu numa área totalmente voltada para crianças, com tema do mês, notícias ligando temas bem atuais às Ciências, divulgação de atividades para crianças etc.

    Há centenas de exemplos, uns melhores, outros, nem tanto. Mas é preciso pensar e fazer mais nessa área no Brasil.

    #809
    Rafaela Lima
    Membro

    Olá, Cláudia!

    Obrigada pela sua contribuição no nosso blog. Realmente o uso adequado da internet e das ferramentas que ela nos possibilita é imprescindível para que não apenas os museus mas nós mesmos estejamos em sintonia e de acordo com o mundo contemporâneo.

    Nós educadores temos que estar ligados nessas possibilidades e devemos procurar usá-las a nosso favor. Por isso agradeço a sua contribuição.

    Tenho muitas outras questões a discutir sobre esse assunto, mas acho que ela seria melhor desenvolvida no fórum “Acessibilidade“, pois há dois tópicos aos quais liguei diretamente esse assunto, os tópicos acessibilidade social e físicademocratização do acesso. Acho que o uso adequado da internet nas instituições culturais passam muito por esse aspecto da acessibilidade. Pois muito se fala no público com necessidades especiais (físicas), mas me preocupam também as necessidades cognitivas e sociais… Image: quando não nos é permitido pela condição financeira ir a algum museu, que o site nos possibilite experiências tão ricas quanto a visita física ao espaço do museu.

    Enfim, é uma sugestão. 🙂 Mas óbvio que o bom é debatermos essas questões, por isso, sinta-se também convidada a contribuir nos tópicos que já temos por aqui, além do fórum Acessibilidade que falei.

    Abraço!

    #813
    claudiaporto
    Membro

    Olá, Rafaela, sim, acessibilidade é uma questão importante e certamente a internet é um tópico relevante no acesso de pessoas com alguma deficiência ou simplesmente sem possiblidades de chegar ao museu, por uma razão ou por outra. Mas acho que é igualmente importante discutir o pouco (bom) uso do recurso internet pelos museus como instrumento de educação. Entendo que os museus brasileiros têm muito o que fazer na área educativa sem ter que pensar ainda na web, mas ao mesmo tempo a web faz parte da vida de quase todos os cidadãos urbanos, que a acessam de casa, da escola, das lanhouses. É um veículo que precisa ser incorporado, mas incorporado de forma realmente inovadora e inteligente. Não é preciso muito dinheiro para isso, e sim boa vontade, uma boa equipe pluridisciplinar e vontade de pensar “fora da caixa” (desculpe o chavão…).

    No mais, prometo participar dos demais fóruns, sim! Obrigada pelo seu comentário! Um abraço,

    #842
    Juliane Novo
    Membro

    Olá, Claudia!

    Concordo com você, acho que os museus tem muito a investir em suas páginas, pois hoje se faz necessário muito mais do que um simples local para informações básicas,  ‘quem somos’, ‘contato’, ‘nossas atividades’. Os museus devem expandir seus braços para web criando atividades virtuais interessantes, inovadoras e condizentes com toda diversidade virtual disponível na rede. As pessoas se conectam cada vez mais ao mundo virtual, por causa do acesso fácil a ofertas de atividades lúdicas, interativas e de baixo custo. Aplicativos, redes sociais, blogs, games e softwares interativos são ferramentas que os museus poderiam investir conciliando seus objetivos de divulgação e educação. Essas ferramentas tem mudado o modo de se comunicar, divertir e até pensar, e os museus precisam acompanhar esse ritmo tecnológico para estabelecer mais uma maneira de comunicação com público.

    #847
    claudiaporto
    Membro

    Perfeito, Juliane, obrigada por contribuir!

    #868
    Rafaela Lima
    Membro

    Olá, Odinelha e Sonia!

    Compartilho do mesmo sentimento e pensamento que vocês. Concordo que essas ferramentas têm mudado nossa visão de mundo e a forma como interagimos com ele e com os outros. É nesse sentido mesmo que os museus devem investir para incrementar seus canais de diálogo e troca com o público.

    Mas, trazendo essa discussão para o nosso tema, qual a relação que vocês vêem entre o uso da internet e das ferramentas que ela nos dispõe com a formação do profissional de educação museal e a sua prática profissional? De que maneira isso pode impactar na prática e na formação desse profissional especificamente? Pensando nisso, imagino que uma das possibilidades seria que o educador em museus tivesse conhecimentos em desenvolvimento de softwares para que trabalhasse especificamente com o intuito de desenvolver ferramentas educativas para os sites dos museus/exposições em que trabalham. Entendi certo?

    Mais uma vez agradeço a participação de vocês e ficaremos aguardando as respostas para continuarmos nossa conversa que está ótima!

    #903
    claudiaporto
    Membro

    Pessoal, acho que não é necessário o educador em museus ter conhecimento em desenvolvimento de software. O que é essencial é que ele esteja suficientemente familiarizado com a tecnologia que hoje está ao alcance de grande parte dos brasileiros e que tenha a consciência de que precisa trazê-la para o cotidiano da prática da educação museal. E que a formação dele como educador permita que ele mantenha a cabeça aberta para essas novas ferramentas e esses novos hábitos. É mais uma questão de estar a par do que acontece na mídia digital (como leigo), trocar ideias com pessoas dessas áreas, manter a mente aberta e não ter medo de tentar novos caminhos. É menos uma questão de aprender código e mais uma questão de se estar permanentemente “antenado” com os hábitos do público de hoje. O Brasil tem quase 80 milhões de internautas, segundo o Ibope (dez 2012). Não dá para ignorar o assunto.

    Para vocês terem uma ideia, vejam o aplicativo que lançou recentemente o Museu de Arte de Cleveland, nos EUA: http://claudiaporto.wordpress.com/2013/02/15/museu-lanca-a-app-artlens-o-brasil-precisa-de-ferramentas-assim/

    Emocionante pensar que podemos ter ferramentas assim no Brasil – até melhores! 🙂

    #945
    Rafaela Lima
    Membro

    Claudia, agora percebi que tinha entendido certo a sua colocação. 🙂 Na verdade não é necessário o domínio/conhecimentos sobre desenvolvimento de software, mas sim a sensibilidade atenta e proativa dos educadores em museus em relação ao uso de tecnologias/internet em prol da ação educativa nesses espaços, correto?

    Gostaria de adiantar para vocês, em primeira mão (portanto, sigilo, ok? ;)), uma ideia (tornando-se projeto) de desenvolvimento de um portal sobre os museus no Rio de Janeiro (estado) com informações sobre cada uma das instituições museológicas de lá e possibilidade de participação do público, uma vez que os visitantes do portal poderão inserir novas informações sobre esses espaços culturais, dar sugestão de percursos culturais no estado e outras intervenções mais. Tudo isso será divulgado pela distribuição de cartão postal promocional (como os da Mica) com QR Code que direcionará o portador desse postal ao portal mencionado. Tudo isso é uma ideia que quer se tornar realidade no encontro do ICOM, que acontecerá esse ano no Rio (em agosto), mas que está dependendo de verbas e outras movimentações institucionais.

    Esse é um exemplo de uso educativo da internet e das ferramentas que a tecnologia nos disponibiliza que, acredito, está em consonância com o seu comentário, Claudia. Esperemos que a ideia se concretize, pois estou empolgadíssima com esse mundo de possibilidades educativas que se abre com o portal. 🙂

    • Esta resposta foi modificada 11 anos, 9 meses atrás por Rafaela Lima.
    #971
    claudiaporto
    Membro

    Rafaela, exatamente isso!  Gostei muito de saber sobre a ideia em desenvolvimento, espero que se torne realidade. Utilizar o QR Code para ampliar o acesso e a participação do público será ótimo, um passo importante nessa linha de atuação que estamos discutindo. Parabéns aos envolvidos, estou aqui empolgada, também!

    #988

    Olá Cláudia e Rafaela,

    gostei muito das contribuições de vocês. Concordo com a Cláudia que o Brasil ainda está engatinhando no aspecto de cultura e visita em museus. Moro em Fortaleza, e sinto falta de museus  e de mais propostas em educação museal. O ambiente virtual pode ser uma boa ideia para a implementação de educação museal, o educador pode utilizar esse meio como uma ferramenta que pode transmitir cultura, conhecimento e ainda diversão dentro da instituição escolar.

    Os educadores em museu pode e tem um papel muito importante dentro dos ambientes virtuais, só é necessário saber utilizar a Internet como um portal para propagar a educação museal.

    Espero ter contribuído para essa discussão!!! Pois estou aprendendo bastante nestes fóruns. Uma boa oportunidade para saber o que está acontecendo no Brasil sobre educação museal.

    #990
    claudiaporto
    Membro

    Concordo, Karla. Também estou gostando muito das conversas dos fóruns do PNEM.

    Quem sabe o IBRAM poderia manter uma área de fóruns, independente do PNEM, de modo a que os educadores e interessados no assunto possam continuar a trocar ideias? Fica a sugestão.

    #1008
    Rafaela Lima
    Membro

    Karla e Claudia, as participações de vocês e dos demais são preciosas para a reverberação e continuação dos debates não apenas sobre educação em museus, mas sobre a Museologia em si.

    Como coloquei em outro tópico deste fórum, nessa reta final do blog (ele “fechará” para postagens dia 26 de março), devemos pensar em ações concretas para efetivação das propostas que fizemos até aqui.

    Aproveito, então, para destacar as propostas trazidas até agora neste tópico e aguardo outras propostas que ainda não tenham sido contempladas.

    Sensibilidade atenta e proativa dos educadores em museus em relação ao uso de tecnologias/internet em prol da ação educativa nesses espaços: familiarização suficiente com a tecnologia a ponto de trazê-la para o cotidiano da prática da educação museal;
    Estabelecer correlações entre os “hábitos tecnológicos” do público de hoje com as práticas educativas, aproveitando-se das tecnologias em uso para o desenvolvimento de novas ferramentas de educação museal ou incremento das já existentes.

    #1245
    claudiaporto
    Membro

    Olá, a todos,

    Neste último dia de fórum (o PNEM foi uma experiência muito interessante para mim e, acredito, rica para todos os que dela participaram), posto minhas sugestões de ações para o Programa, como solicitado pelos organizadores. Estou postando as minhas propostas em conjunto, nos mesmos fóruns de que participei aqui no PNEM:

    Realizar cursos e palestras com os educadores de museus sobre as possibilidades de comunicação e educação das ferramentas digitais, de modo que as equipes possam conceber programas educativos contemplando, quando possível, recursos do mundo digital.
    Criar e manter canais (blogs, fóruns e afins) para incentivar a troca de experiências e a colaboração entre os educadores de museus de todo o país, permitindo que dividam conhecimento e materiais, bem como dar início a ações de pesquisa e atividades em comum, no mundo virtual e no real.
    Criar mecanismos e ferramentas online (páginas em redes sociais, minisites de projetos educativos etc.) que incentivem e ampliem a troca de informações e de experiências entre o museu e o público, tais como envio de fotografias antigas de uso de um determinado objeto do museu pela família do visitante, desenvolvimento de novas expressões artísticas a partir de uma técnica de pintura exibida pelo museu etc.
    Utilizar os meios digitais e, sobretudo, a internet, nas ações educativas de museus, de modo a formar novos vínculos com o público jovem local e distante, com isso apoiando o próprio museu na formação de novos públicos.

    Espero que as sugestões sejam úteis ao grupo e me coloco à disposição para esclarecer alguma dúvida quanto às mesmas.

    Abraços,

    Cláudia Porto

Visualizando 14 posts - 1 até 14 (de 14 do total)
  • O fórum ‘Profissionais de Educação Museal’ está fechado para novos tópicos e respostas.