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Marcado: educação, patrimônio integral, perspectivas conceituais
- Este tópico contém 14 respostas, 8 vozes e foi atualizado pela última vez 11 anos, 7 meses atrás por Nadia Helena.
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14/11/2012 às 18:54 #251PnemMembro
Fomentar ações educativas, a partir do conceito de patrimônio integral, voltadas para a promoção da cidadania e ação social;
29/11/2012 às 14:28 #419Ozias SoaresMembroAs cidades mais afetadas pelo Capital (ou as “cidades do capital”, como diz Lefebvre) sofrem com as desapropriações, a especulação urbana e os usos inapropriados do solo urbano que golpeiam frontalmente a idéia de Patrimônio Integral, fazendo descartar, desprezar ou minimizar a importância da memória e identidades de um território. Vejam o caso do Rio de Janeiro com as obras dos grandes eventos e a “revitalização” da zona portuária. Acho que os museus e centros culturais podem assumir um papel importante neste debate que, a meu ver, até agora pouco se fez.
01/12/2012 às 3:01 #433Neilia Marcelina BarbosaMembroOzias, acredito que os museus públicos e privados, longe de serem um local de debate sobre as cidades e seu patrimônio, encontram-se a serviço e amordaçados pelas gestões públicas e pelos seus patrocinadores, que geralmente são os propositores e financiadores dessas ações “revitalizadoras/destruidoras”.
02/12/2012 às 16:57 #451Socorro LimaMembroTens razão Neilia, por outro lado na medida em que os museus e congêneres assumirem um papel político de sensibilização sobre o pertencimento e valorização do patrimônio as comunidades irão demandar como o caso dos índios da aldeia Maracanã próximo ao estádio do mesmo nome. Esse é o papel político dos museus que a noção de patrimônio integral norteia, penso eu.
02/12/2012 às 22:35 #454girlene.bulhoesMembroConcordo com todas as colocações feitas, e fico um pouco preocupada quanto ao sucesso e ao futuro dos museus ao ver que as experiências negativas são tantas e tão mais frequentes que apagam as experiências positivas que existem aos montes.
Em relação à colocação do Ozias, motivadora dos demais comentários, entendo que tudo o que está ali escrito se relaciona intimamente com a questão da Sustentabilidade, tanto economica como ambiental e cultural, presente neste fórum de discussão, sem nenhuma participação além da moderação e coordenação.
03/12/2012 às 16:02 #468Ozias SoaresMembroAcho que minha preocupação aqui, caras colegas Girlene, Socorre e Neilia e demais que estão lendo essa postagem, é que existe, de fato, um “rolo compressor” pesando sobre tudo o que impede o livre curso do “desenvolvimento”, seja nas construções das novas barragens para as hidrelétricas (justificadas pela “necessidade” de energia para o progresso), nas aberturas de vias, na revitalização de lugares etc. Como profissionais de museus e, sobretudo como “cidadãos” (com o perdão da palavra…) temos algo a fazer. Sem dúvidas, as mordaças existem; mas, felizmente, elas não excluem a possibilidade de rupturas, de embates, de idéias renovadas na direção de uma outra sociabilidade. A gente pode ir colocando aqui o “como” fazer isso. Colocar o debaté já é, em si, um caminho. Que outros caminhos existem? Como construí-los? Mas, Girlene, vou dar uma passada lá na sua postagem para debater a sustentabilidade… já, já!
06/12/2012 às 16:23 #517Rosa Maria GoncalvesMembroOnde consigo um texto sobre “Patrimônio Integral”?
06/12/2012 às 18:37 #527Ozias SoaresMembroRosa, há diversos textos disponível na rede e você pode fazer esta busca. Tem um que gostei muito que traz uma crítica com respeito aos “adjetivos do patrimônio” (http://www.enancib.ppgci.ufba.br/artigos/DMP–204.pdf). Quanto à fala da Neilia, aqui no Rio de Janeiro tem uns casos interessantes na direção da crítica que você faz: O Museu do Primeiro Reinado/Solar da Marquesa de Santos vai dar lugar ao Museu da Moda! O Museu Carmem Miranda vai sair de seu lugar atual e ocupar um andar no novo MIS (Museu da Imagem e do Som). Decisão de quem? Desse modo, sou otimista em certo sentido pois o fortalecimento do nosso campo de atuação pode ampliar o debate e visibilidade em torno das questões eo patrimônio.
11/12/2012 às 11:22 #544Marilia Xavier CuryMembroBom dia a todos. Estou ingressando neste fórum agora. Obrigada pelo link com o texto sobre patrimônio integral. Agradeceria por outras sugestões pois, embora faça parte do campo museológico, sinto falta de alguns aprofundamentos e de publicações.
Quanto ao debate, acho que envolve visão territorial e participação em processos de patrimonialização. Se patrimônio é herança, é também construção participativa. Depois há a questão do desenvolvimento. Velhas concepções levam a ideia hegemônica, mas falida, de que tradição e patrimônio devem dar espaço ao desenvolvimento. Falácia, pois não há desenvolvimento sempreservação, educação e cultura.
Quanto às mordaças, meus caros, vamos nas brechas. Elas existem e são muitas, de diferentes taminhos. Procurem um espaço de fala e/ou atuação e ocupe-o. E não podemos nos esquecer que há maneiras de e momentos para nos colocarmos. Mas, é possível.
11/12/2012 às 18:50 #560Ozias SoaresMembroMarília, achei muito pertinente suas colocações! Lamentavelmente, diria que se a idéia é “hegemônica” dificilmente estará “falida”. O que é possível, e sobre isto trabalhamos, é trabalharmos numa direção contra-hegemônica (no dizer de Gramsci), descobrir as brechas ou mesmo fazer as brechas! Bem, de algum modo estamos fazendo uma brecha com a construção do Pnem. Acho que no tocante ao tópico que encabeça este post diria que uma concepção de cidadania ampliada, efetiva, contempla – indispensavelmente – a questão do patrimônio e cultura.
15/12/2012 às 1:09 #584Neilia Marcelina BarbosaMembroEspecialmente, nesse contexto os “rolos compressores” estão muito intensos, levando até a desconfianças no poder de ação e de debate dos museus e centros culturais.
Todavia, são realmente muitos os exemplos de brechas. Recentemente acompanhei um debate sobre o tema da próxima exposição de média duração em uma instituição e uma das sugestões foi um Rio que é uma questão social, econômica, de planejamento urbano, saúde pública para BH. Porém, a opção foi por um tema “mais leve”. Ainda assim, o educativo do museu, que é a interface com o público, debate e transforma os “temas mais leves” em questões relevantes para a promoção da cidadania e ação social.
17/12/2012 às 13:55 #591Ozias SoaresMembroPois é, parece-me que os Educativos vivem sempre na “diplomacia”, numa certa “contemporização” diante das ações (não raro, incisivas, diretivas) de outros agentes dentro dos Museus e externos a ele… Vivemos “buscando brechas” quando deveríamos estar nos fundamentos das ações museais. Neilia, enquanto buscamos os “leves” os “pesados” querem nos atropelar! Mas, achei interessante a idéia de vocês em transformarem o que seria um tema “leve” em uma discussão que fomente o fortalecimento da cidadania. Como isso aconteceu?
29/12/2012 às 13:22 #632Neilia Marcelina BarbosaMembroPor menor que seja o impacto político e social de um tema, ele nunca é neutro. Ainda que o projeto expositivo tenha privilegiado aspectos que não evidenciavam questionamentos, as atividades educativas, a mediação optou por trazer a tona questões/problemas socialmente relevantes.
07/01/2013 às 14:37 #641Ozias SoaresMembroNeilia, no meu entendimento, quando um projeto expositivo não suscita questionamentos ou não “provoca” o sujeito, talvez seja a hora da equipe “se questionar”. Mas, acreditamos (e trabalhamos) como você: se a “intenção” dos organizadores foi evitar qualquer questão digamos, “escorregadia”, “embaraçosa”, crítica, cabe a uma equipe sensível, ética e politicamente comprometida, fazer a mediação dos temas que levem à “PROMOÇÃO” da cidadania e “ação social.
05/04/2013 às 20:57 #1229Nadia HelenaMembroOlá a todos,
Chegando agora…
Educação e Patrimônio um excelente tema! – na perspectiva da Educação Integral podemos também construir importantes contribuições a cidadania cultural e por conseguinte, o fomento e promoção social.
Abraços.
Nádia
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