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Museu como ferramenta de Educação

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    Seminário para debate – contribuições para o PNEM
    20.03.2013 – UNISINOS – São Leopoldo/RS
     

    O encontro realizado no dia 20 de março de 2013, na UNISINOS (São Leopoldo) desenvolveu através da metodologia de exposição da proposta do PNEM, dos estudos desenvolvidos no GT Educação em Museus no 5ºFórum Nacional de Museus, apresentados por Ms. Alice Bemvenuti; seguido da palestra “Diálogos entre Educação e Museus: experiências em Santa Catarina” com a Ms.Maria Helena Barbosa, dos sub-grupos que debateram os eixos do PNEM onde se desenvolveu debate e escrita e com a conferência “Museus e educação: potencialidades em questão” com os Profs. Drs. Eloisa Capovilla e Walmir Pereira.

    PERSPECTIVAS CONCEITUAIS, PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO MUSEAL, ESTUDOS E PESQUISAS

    A questão da educação nos museus deve estar pautada no Plano Museológico, que reflete a perspectiva conceitual, para que esta ferramenta possa ampará-la. Os estudos e a pesquisa, seja sobre a temática do Museu ou sobre a atuação da educação no mesmo, são importantes porque trazem subsídios para a reflexão do trabalho do educador, aportando novas possibilidades para esta atuação. Estes subsídios de estudos e pesquisa serão importantes para o profissional de educação museal.

    Nesse sentido, consideramos que os eixos de perspectivas conceituais, estudos e pesquisas e profissionais de educação museal estão inter-relacionados. Os conceitos estão na base dos estudos e pesquisas, são trabalhados e reformulados, e formam o arcabouço dos profissionais de educação.  Ações como as elencadas a seguir são importantes para a construção de um Programa Nacional de Educação:

    As perspectivas conceituais devem estar atreladas ao Plano museológico, o qual define a identidade e amissão do Museu; ferramenta de gestão para direcionar a instituição;

    O conceito deve ser expresso na ação educativa, que deverá ser alimentado e retro-alimentado pela pesquisa (produção de conhecimento);

    O Museu se constitui como espaço de ensino-aprendizagem na relação com a comunidade (público externo) e equipe (público interno);

    Compreensão de que o educativo do Museu envolve diferentes instâncias (por ex. agendamento, a pesquisa, a recepção de público, a exposição, a comunicação, e o extra-muros);

    ACESSIBILIDADE

    Fomentar programas que estimulem o uso das tecnologias digitais para desenvolvimento, participação e divulgação dos processos educativos;

    Implementar uma linha de financiamentos especifica para área de acessibilidade;

    Implementar um programa nacional de formação de público;

    Implementar política pública que garanta verba de transporte, para acesso e acessibilidade, para que diferentes grupos de educação formal, não-formal e informal tenham direito aos museus.

    MUSEU E COMUNIDADE

    Incentivar parcerias entre instituições museológicas e instituições de educação formal e não formal para desenvolver projetos educativos nos museus.

    Estimular o fomento para as ações educativas, sobretudo, onde estas ainda não existem, a partir da criação de editais que contemplem a ação educativa nos museus.

    Incentivar as parcerias, com as associações e organizações de comunidade a fim de contemplar o acesso ao museu e também projetos de pesquisa de patrimônio cultural e expográficos.

    Estimular a participação das organizações da sociedade civil na área de educação em museus através de edital.

    GESTÃO              

    Reforçar a função educativa no museu por meio da ampliação e participação do setor educativo em todo o processo museológico.

    Estabelecer um programa de parcerias entre instituições de educação formal e não-formal para desenvolver projetos educativos nos museus.

    FORMAÇÃO, CAPACITAÇÃO E QUALIFICAÇÃO

    Fomentar programas de formação continuada para profissionais e gestores, através de cursos e oficinas presenciais e/ou virtuais na área da educação em museus.

    Estimular a pesquisa a partir da sistematização de práticas e metodologias educativas em museus.

    REDES E PARCERIAS

    Fomentar a criação de um programa de inclusão dos conteúdos presente nos museus e os próprios museus brasileiros, como eixo transversal obrigatório do programa de educação básica nacional.

    __________________________________________________________________________________

    Colaboradores responsáveis pelos registros a partir do debate nos GTs: Alice Bemvenuti, Carla Meyer, Eloisa Capovilla Ramos, Isabel Arendt, Joel Santana da Gama, Maria Helena Barbosa, Marcos Witt, Simone Flores Monteiro e Walmir Pereira.

    O Seminário para debate – contribuições para o PNEM contou ao total com a presença de 63 pessoas, ente elas representantes de museus da cidade de São Leopoldo, representantes de museus da 1ª Região Museológica(SEM/RS), Coordenador do Sistema Estadual de Museus, Coordenadora da REM/SC, as universidades privadas: UNISINOS, PUC-RS e ULBRA, pesquisadores acadêmicos do Programa de Pós-Graduação de História, acadêmicos representantes dos cursos de graduação de história, educação física, pedagogia, administração, nutrição, fisioterapia, letras, biologia e economia.

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