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Parcerias com instituições de cultura e pesquisa

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  • #265
    Pnem
    Membro

    Firmar acordos de cooperação técnica com universidades, centros culturais e institutos de pesquisa e fomento a cultura, a fim de assegurar o apoio e fortalecimento aos projetos propostos pelos Programas Educativo-culturais dos museus.

    #437

    Os setores educativos dos museus são parte importante da dinâmica de pesquisa destas instituições.

    A partir deles é possível articular pesquisas de público, formular ações pensando na consolidação de um público futuro, a partir de parcerias e programas com famílias e comunidades, etc.

    Estes dados e ações contribuem para traçar um perfil dos usuários, suas expectativas e ajudam no planejamento e avaliação não só da ação educativa que acontece em museus.

    Um passo importante na discussão sobre a pesquisa em museus é travar uma luta pelo reconhecimento destes espaços como instituições de pesquisa.

    O oferecimento de oportunidades de formação para diferentes públicos, tais como professores, curadores e educadores em museus nas nossas instituições em parceria com universidades e centros de pesquisa é fundamental.

    Fundamental também é incentivar que os profissionais da área envolvam-se em pesquisas nas instituições em que trabalham, além de incentivar a formação continuada dos mesmos através de parcerias e acordos com universidades públicas, que tem como objetivo realizar pesquisas que promovam retorno social dentro das discussões da área.

    #438

    Que tal listarmos as possibilidades de pesquisa em educação em museus?

    #635

    As possibilidades de pesquisas são infinitas, pois cada museu tem seu enfoque diferenciado proporcionando uma grande extensão de possibilidades no que se refere à pesquisa.

    No caso do museu em que trabalho (Museu de Arqueologia de Itaipu) temos parcerias com a UERJ/FFP (Faculdade de Formação de Professores), com a Escola Municipal de Niterói Prof. Marcos Waldemar e com o PESET (Parque Estadual da Serra da Tiririca), e através destas parcerias é desenvolvido o nosso Programa de Educação Ambiental com alunos da Escola Municipal.

    A partir deste programa educativo, são desenvolvidas pelo Museu pesquisas a respeito das percepções dos alunos sobre meio ambiente, os estagiários e professores da UERJ desenvolvem artigos e outros textos tendo em vista a ação educativa.

    Portanto, os museus são sim instituição que produzem conhecimento, e esse conhecimento produzido tanto pelo museu como pelos seus parceiros colabora com o aprimoramento dos projetos educativos.

    #740

    Olá, Flávio!

    Obrigada pela participação!

    Realmente as possibilidades são infinitas.

    No seu museu, então, existem pesquisas acerca da Educação Ambiental em diferentes segmentos e níveis da educação e do papel do Museu. Essas pesquisas contribuem não só para a instituição “museu”, mas também para o trabalho cotidiano em sala de aula de professores e demais profissionais da educação,  para a formação de professores na universidade e ainda para o trabalho de conscientização e educação de uma reserva ambiental nacional. Não é isso?

    Já é bastante trabalho! Mas você veria ainda alguma outra possibilidade de pesquisa no seu museu, ou em outros?

    #801

    oi fernanda.

    as possibilidades de pesquisa em museus são várias, certamente. mais do que isso, a pesquisa é uma das vocações fundamentais dos museus, e deve caminhar sempre junta ao trabalho educativo e cultural que essas instituições desempenham.

    acho que um dos grandes potenciais dos museus relacionados à pesquisa é a capacidade (nem sempre atingida) destas instituições dialogarem com diferentes públicos. essa é uma das grandes dificuldades da academia de maneira geral, e os museus podem ser um lugar privilegiado para se pensar formas de aproximar diferentes saberes e linguagens. para isso é fundamental que os setores educativo e de pesquisa dos museus atuem juntos, em todas as etapas. nesse sentido, da especialização cada vez maior dos museus como instituições mediadoras entre diferentes públicos, saberes e linguagens, as pesquisas de público e não-público são muito importantes.

    mas, se estamos lutando pelo reconhecimento dos museus como instituições de pesquisa (e se acreditamos na vocação dos museus para o desenvolvimento de pesquisas de excelência), a concepção de pesquisa em museus deve ir além das pesquisas de público. para isso o desenvolvimento de parcerias com instituições já reconhecidas, em especial as universidades, é certamente um caminho. temos muito a aprender com a experiência dessas instituições em pesquisa e formação de educadores e pesquisadores, assim como temos experiências e conhecimentos importantes para compartilhar com elas, além dos nossos acervos.

    acho que bons interlocutores nessa discussão podem ser aquelas instituições que atuam simultaneamente como museus e como centros de excelência em pesquisa, como é o caso do museu nacional da quinta da boa vista, do museu paraense emilio goeldi, e de alguns museus universitários, entre outras.

    #802

    apenas para dar um panorama geral do que acontece relacionado à pesquisa aqui nos museus do ibram em paraty (arte sacra e forte defensor perpétuo), seguindo o relato do flávio, trago alguns exemplos.

    nós temos uma dificuldade geográfica no estabelecimento de parcerias efetivas com universidades e instituições de pesquisa devido ao isolamento de paraty com relação aos grandes centros. além disso, temos encontrado muitas dificuldades para estruturar o setor educativo, devido à evasão dos servidores. no momento não temos nenhum técnico da área atuando aqui.

    a pesquisa nas nossas unidades, portanto, está basicamente restrita à atuação dos próprios servidores, e relacionada às suas formações específicas, especialmente nas áreas de história e antropologia. temos trabalhado aqui, portanto, com pelo menos três frentes distintas de pesquisa (em maior ou menor nível de desenvolvimento, algumas ainda nem foram propriamente implantadas) que podem servir de exemplos para diferentes possibilidades de pesquisa em museus:

    1. pesquisas relacionadas ao acervo material dos museus, com objetivos diversos: conservação, qualificação das exposições e das informações prestadas ao público, desenvolvimento de novas exposições, desenvolvimento de atividades e materiais educativos, possível elaboração de materiais para publicação, de natureza acadêmica ou não etc.

    2. pesquisas relacionadas aos temas dos museus, desenvolvidas fora do espaço físico das instituições, com objetivos análogos aos enumerados acima, incluindo a formação de um acervo associado ao patrimônio imaterial. estas, por sua vez, têm se dividido em duas modalidades, às vezes coordenadas como etapas de um mesmo projeto:

    2.1.    pesquisas documentais – de natureza histórica e antropológica – realizadas em acervos e arquivos externos, muitas vezes em outras cidades;

    2.2.   pesquisas de campo realizadas junto às diversas comunidades locais, seguindo diferentes metodologias de acordo com os objetivos específicos;

    3. pesquisas de público, que não vêm sendo realizadas de maneira sistemática por aqui.

    todas essas atividades, sem dúvida, poderiam estar sendo muito enriquecidas pela consolidação de parcerias com instituições de pesquisa. em muitos casos, por outro lado, contamos com o apoio inestimável de outros parceiros para a realização de pesquisas: grupos comunitários, associações, órgãos públicos atuantes no município, entre outros.

    #815

    Aqui no MAI, Fernanda, além das pesquisas citadas, há ainda aquelas relacionadas às comunidades tradicionais da região (pescadores e moradores do Morro das Andorinhas), à aldeia guarani que ocupa um trecho da praia de Camboinhas, e ainda será realizada uma pesquisa do não-público, pois estamos ao lado de uma praia com grande circulação e nem 5% dessas pessoas entram no museu.

    #834
    cintya
    Membro

    Olá, pessoal!

    Muito interessante a iniciativa do teu museu, Flávio, pois alia a pesquisa ao trabalho de conscientização.

    Vou registrar aqui um exemplo de parceria entre museus e universidades públicas. Estamos desenvolvendo um projeto no museu em que eu trabalho como educadora (Museu Casa de Benjamin Constant), em parceria com a Faculdade de Educação da UFRJ. Oferecemos um curso sobre a formação da cidade do Rio de Janeiro para os graduandos de Licenciatura em Sociologia, como parte da Prática de Ensino.  Ao término do curso, pretendemos produzir um artigo que, dentre outros aspectos, compare as expectativas que os cursistas tinham ao entrar no curso com as que eles tiveram ao longo dele. Acredito que esta iniciativa ajude a exemplificar a infinidade de possibilidades de pesquisas na área de educação museal, como bem pontuou o Flávio, além de oferecer uma alternativa para a formação continuada de futuros professores, como ressaltou a Fernanda.

    O que vocês acham?

    Um grande abraço,

    Cintya Callado.

    #1021

    Cintya,

    Cheguei a comentar isso num outro fórum, pois na minha opinião é essencial levarmos aos professores o conhecimento mínimo necessário à realização das atividades promovidas no museu durante uma visita. Pois, minha avaliação é a de que a visita nem sempre é planejada, porque os professores não sabem e/ou não foram preparados para isto. Portanto, a parceria deve começar lá nas Faculdades e Universidades, propiciando ao futuro professor um momento de formação relacionada a Educação Museal. Afinal é muito difícil ensinar aquilo que não aprendemos… O que você acha?

    #1046

    Olá, Cintya, Valéria e demais!

    Acredito que devemos considerar as parcerias com Universidades, que são instituições de pesquisa, como uma importante ferramenta de divulgação da profissão de educação em museus, de suas práticas e metodologias próprias, das possibilidades profissionais e da função social que ocupa na atualidade.

    Além disso, essas parcerias, assim como as parcerias com demais instituições de pesquisa e cultura, podem e devem ser espaços de formação profissional.

    Concluímos então que a formação é uma das funções das parcerias com estas instituições.

    Vimos com as contribuições do Flávio, Pedro que também a pesquisa em si é uma das funções destas parcerias, como por exemplo ocorreu no Observatório de Museus e Centros Culturais, uma parceria entre IPHAN, MAST, Fundação Oswaldo Cruz e Escola Nacional de Ciências Estatísticas.

    Minha proposta agora é: vamos tentar sistematizar nosso debate em forma de ações e metas para o PNEM?

    Além da formação profissional e da pesquisa, quais outras funções estas parcerias poderiam cumprir?

    Sobre a função da formação, elas deveriam integrar-se à extensão universitária para levar seus frutos À população de forma mais direta?

    #1185
    REM RJ
    Membro

    Estimular a parceria entre instituições museológicas a fim de potencializar ações educativas;

    (incluir universidades privadas na proposta de parcerias para formação continuada)

     
    Propostas elaboradas em reuniões presenciais que contaram com a participação das seguintes instituições:
    Centro Cultural Banco do Brasil – Centro Cultural da Justiça Federal – Centro Cultural de Folclores e Cultura Popular – Instituto Moreira Sales – Memorial Getúlio Vargas – Fundação Casa de Rui Barbosa – Museu Casa da Hera – Museu Casa do Pontal – Museu da Chácara do Céu – Museu da Marinha – Museu da República – Museu da Vida – Museu de Arqueologia de Itaipu – Museu do Ingá – Museu do Meio Ambiente – Museu Histórico Nacional – Museu Nacional – Oi Futuro/Museu das Telecomunicações – Núcleo Experimental do MAM – Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro

    #1221

    Pela nossa experiência, vemos que a busca por parcerias com universidades, associações e também com os sistemas de Museus que deveriam ter um papel fundamental para essa função. Em nosso Museu, buscamos manter parcerias com as universidades e associações, o que nos traz benefícios no estímulo de estudos científicos no acervo do Museu e consequentemente a divulgação de nosso trabalho. Contudo, sentimos a falta de parcerias entre Museus e Sistemas de Museus em âmbito municipal, estadual e nacional para a troca de experiências e para o desenvolvimento de ações conjuntas, visando o benefício de todos.

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