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Marcado: educação, gestão, plano museológico, programa educativo-cultural
- Este tópico contém 14 respostas, 12 vozes e foi atualizado pela última vez 11 anos, 7 meses atrás por Vera Regina Zavaglia Malta Campos.
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20/11/2012 às 11:31 #254PnemMembro
Fomentar, programar e garantir o desenvolvimento dos Programas Educativo-culturais nos Planos Museológicos para orientar o planejamento, a execução e a avaliação das ações educacionais oferecidas pelo museu;
11/12/2012 às 14:41 #549Marilia Xavier CuryMembroPuxa, achei que este tópico estaria lotado de contribuições… O que será que acontece? Eu estou super interessada em Programas de Educação, como estão sendo pensados e organizados, quais as linhas, como os temas estão sendo levantados, quais estratégias para quais públicos, a temporalidade das ações etc.
14/12/2012 às 20:15 #583Valdemar AssisMembroSinceramente, minha nobre e queridíssima Marília,
creio que essa falta de interesse esse é reflexo da dificuldade de muitos de nós, de compreendermos o papel da educação nos museus e sua configuração a nível de plano museológico.
É, mesmo, lamentável!15/12/2012 às 1:45 #585Neilia Marcelina BarbosaMembroNão acredito que tenhamos dificuldades em compreender o papel da educação nos museus. Por outro lado, acredito na dificuldade de construção desse Programa Educativo-cultural, e não apenas dele, mas de todo o Plano Museológico, por profissionais que estão acostumados a lidar com a prática, o cotidiano, sem sistematizar as ações em um Planejamento. A aproximação da obrigatoriedade pela obtenção desse documento tem levado os museus a uma corrida para contratação de Consultorias Externas para sua confecção.
Construímos o nosso Programa Educativo-cultural com a orientação de uma consultora. Ele é composto por: 1. introdução que apresenta o contexto de produção do documento (que precisa estar aberto a transformações de acordo com sua mudança); 2. referencial teórico (apresentação das concepções teórico-metodológicas que norteiam as ações); 3. projetos: Museu e Escola, Museu e Comunidade – ações extramuros, Atendimento do público espontâneos, Materiais de Mediação; 4. acervo de oficinas (importante para inventariar ações que se perdem se não documentadas); 5. programa de avaliação.
Sabemos que tem ele problemas, porque no momento não tínhamos na equipe profissionais especializados, por exemplo, para falar sobre acessibilidade. Mas, a certeza de que ele é um documento aberto, possibilita sua complementação posteriormente.
15/12/2012 às 17:03 #586Fernanda CastroMembroAcredito ser muito importante que sejam feitos o planejamento, a avaliação e discussão das bases teórico-práticas da educação em museus de forma sistemática.
Só não entendi porque dar o nome de Programa Educativo-cultural a esta sistematização.
Historicamente, em educação, chama-se o documento base da sistematizações das ações educativas, seja de escolas, ongs, ou de quaisquer instituições que eu tenha conhecimento, de Projeto-político-pedagógico.
Acho que essa classificação é importante, pois demonstra que além de orientar as bases para planejamento, execução e avaliação das ações educativas, este documentos deve declarar abertamente qual a função social, qual a responsabilidade que essas ações têm diante da comunidade em que o museu insere-se.
O PPP dá orienta o sentido destas ações. Não somente as sistematiza, mas as sistematiza em prol de alguma coisa, de acordo com diretrizes não só teóricas, mas também políticas, pedagógicas. Mas essa é uma discussão polêmica até nas instituições formais de educação, não vejo porque seria diferente entre nós.
Mas vale a pena iniciar o debate.
15/12/2012 às 17:05 #587Fernanda CastroMembroOutra questão que acredito ser igualmente importante a partir deste debate, é garantir que o documento, tenha o nome que for, seja construído de forma coletiva, ampla na instituição. É claro que educadores são especialistas e devem ter voz ativa e diretiva nesta discussão, mas é muito mais saudável que este projeto seja construído com o conjunto dos profissionais das instituições e que haja ferramentas ou métodos de debate com a comunidade, os usuários, de forma participativa.
17/12/2012 às 13:09 #589Ozias SoaresMembroPenso que, conforme a Neilia coloca, haja nas equipes algumas limitações no tocante ao conhecimento aprofundado dos aspectos que envolvem a contrução de uma Proposta Educativa ou um Projeto Político-Pedagógico (como prefiro chamar no lugar de “programa”). Mas faço coro com a Fernanda quando coloca que a construção coletiva, participativa deve estar acima de qualquer consultoria. Elas podem contribuir mas não deve prescindir da participação das equipes.
17/12/2012 às 13:41 #590Ozias SoaresMembroEm relação à Proposta Educativa (ou nosso Projeto Político Pedagógico), estamos numa fase nova aqui no Museu, construindo o que inicialmente estamos chamando de “dossiê educativo” (ou um “inventário”) – um documento que reúne o percurso educativo do Museu nos últimos dez anos, os fundamentos teóricos das ações, as metodologias utilizadas, projetos, avaliações, estatísticas etc. Antes disso, construímos um documento sistematizador que tinha a seguinte estrutura: apresentação, objetivos, avaliação das ações e propostas anteriores, pressupostos teóricos/princípios norteadores das ações, possibilidades metodológicas de visitação mediada, metas educativas, considerações finais, referências bibliográficas e anexos. Mas acho que um documento dessa natureza pode ter diversas formas…
17/01/2013 às 2:29 #735Valéria AbdallaMembroO termo “Programa Educativo” está sendo utilizado aqui por ser um dos itens do Plano Museológico. Não é uma substituição do PPP. O plano define a missão do museu. Nele, podemos encontrar um diagnóstico da instituição (de a cada área) e o detalhamento dos diversos programas (institucional, de segurança, de pessoal, pesquisa, educação etc.). Os projetos dos museus deveriam surgir a partir dos itens indicados nos programas do plano. Porém, como já foi dito anteriormente neste tópico por Neilia e Valdemar, as instituições têm problemas em elaborar o documento como um todo! E geralmente os projetos não estão conectados à missão do museu e aos programas! Esse é um grande problema.
Acredito que a indicação da elaboração de um Projeto-Político-Pedagógico ou Projeto Educacional ou Proposta Educativa do museu (seja lá qual for o nome) pode estar no programa educativo do plano museológico.
A construção coletiva é essencial, conforme a Fernanda e o Ozias já comentaram!!! Este documento não deve ser elaborado por uma ou duas pessoas da instituição. Todos os setores precisam se envolver neste trabalho. Ozias, concordo quando diz que a consultoria não pode estar acima da equipe da instituição!
Acho que para este item (Plano Museológico) podemos recorrer ao Estatuto de Museus (art. 44 ao art. 47).
07/02/2013 às 18:54 #854Ozias SoaresMembroValéria e Valdemar, acho que há uma questão de fundo aí: acho que “as instituições” (personificadas em figuras detentoras de poder dentro dos museus…) tem dificuldades de realizar um planejamento participativo que incorpore demandas das diferentes áreas. A gente podia, por exemplo, dividir aqui diferentes experiências de como o “plano museológico” é construído nos diferentes museus pelo Brasil… acho que sairia cada “coisa”! (interessante). E, Valéria, endosso a sua fala de incorporar, de alguma forma, a proposta político pedagógica no “plano”.
09/02/2013 às 13:56 #857milene chiovattoMembroTb concordo que deveriamos não focar numa proposta educativa, como disse no outro post, este é o documento que deveria garantir que a educação dentro do museu não fosse programática, mas constitutiva. Pensando desta maneira, na Pinacoteca, quando da construçao do plano museológico, discutimos amplamente a inserção da educaçao na missao institucional e a partir daí iniciamos a redaçao da missão educativa. Acho que começar por compreendermos nossa missão dá instrumentos para conceituações mais amplas.
15/02/2013 às 13:25 #884Atila TolentinoMembroA questão é bem mais ampla mesmo e não se restringe à definição do PPP do museu (o que no Estatudo dos Museus, a meu ver, está representado pelo Programa Educativo e Cultural). Sabemos que o ideal é termos o plano museológico definido e que o programa educativo e cultural esteja refletido em todos os outros programas e que dialogue com a missão institucional do museu.
Mas como andam os planos museológicos? A gente sabe que, infelizmente, a realidade está muito longe do que o Estatuto pretende. Recentemente tivemos uma ótima experiência na elaboração do Plano Museológico do Museu de Arqueologia de Pilões. Esse é um museu que está sendo implantado no interior da PB. Fizemos um GT com diferentes pessoas, inclusive com a participação de membros da comunidade, para a criação do plano museológico.
Já apresentei essa experiência em alguns locais e sempre pergunto para as pessoas se elas já viram um plano museológico e a grande maioria me responde que não. Comparo o Plano Museológico à história do caviar: nunca vi, nem comi, só ouço falar. Então vale a questão, para nós educadores em museus, considerando esse contexto, devemos esperar a elaboração dos planos museológicos para discutirmos o PPP ou programa educativo do museu? Penso que não. Acho que devemos avançar, pois o PPP do museu pode até mesmo dar o subsídio necessário para a discussão do seu plano museológico.
15/02/2013 às 18:41 #895Olá colegas
O programa educativo cultural “no” plano museológico dentre outros programas que o compõem é importante; vejamos o que se mostra de um museu: a exposição. E está comunica o suficiente? quais as ferramentas criativas a serem utilizadas na educação a que os museus se propõem? as demandas do publico poderão orientar o planejamento, a execução e avaliação do Programa, certamente. Mas, e se forem necessárias capacitações especificas? se o programa educativo cultural, incluir pesquisas e especialistas em áreas distintas? então me parece… os demais programas do Plano Museológico precisam estar afinados com essas e outras necessidades. Quero dizer que os programas que compõem o plano museológico, precisam dialogar entre si. Parece tão óbvio, mas também que devemos lembrar e dizer, uma vez mais: as especialidades precisam se “des-especializarem” e se aproximarem… modelos podem ser seguidos, contudo precisamos pensar à partir de onde nossos pés pisam e avaliar as ações educativas num fluxo continuo… isso quer dizer, também admitir falhas e mudanças….
02/04/2013 às 23:20 #1180REM RJMembroEstabelecer como prioridade dos programas educativos culturais apresentados nos Planos Museológicos ações de elaboração, desenvolvimento e avaliação do Projeto Político Pedagógico institucional que apresentem suas diretrizes e princípios pedagógicos, por meio de processos participativos; (referência: Carta de Petrópolis-2010 e carta de princípios-2009)
Fazer levantamento de dados sobre os ppps existemtes, divulgando-os;
Propostas elaboradas em reuniões presenciais que contaram com a participação das seguintes instituições:
Centro Cultural Banco do Brasil – Centro Cultural da Justiça Federal – Centro Cultural de Folclores e Cultura Popular – Instituto Moreira Sales – Memorial Getúlio Vargas – Fundação Casa de Rui Barbosa – Museu Casa da Hera – Museu Casa do Pontal – Museu da Chácara do Céu – Museu da Marinha – Museu da República – Museu da Vida – Museu de Arqueologia de Itaipu – Museu do Ingá – Museu do Meio Ambiente – Museu Histórico Nacional – Museu Nacional – Oi Futuro/Museu das Telecomunicações – Núcleo Experimental do MAM – Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro05/04/2013 às 14:38 #1217Nós da Fazenda Santa Maria do Monjolinho, acreditamos que é realmente importante a utilização do acervo institucional como referencial para o desenvolvimento do Programa de Ações Educativas do museu, pois isso garante uma maior valorização do seu acervo frente à sociedade e/ou os visitantes. Por esta razão, nosso acervo serve como base no desenvolvimento de nossas atividades educativas e culturais desde que começamos a abrir nosso museu para visitação.
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