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Camila Alves

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  • em resposta a: Fortalecimento do educador de museus #927
    Camila Alves
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    uma boa dica sobre essa discussão é o evento proposto pela Universidade Federal do Espírito Santo…

    http://portal.ufes.br/node/3361

     

    em resposta a: Fortalecimento do educador de museus #869
    Camila Alves
    Membro

    Super concordo.

    E não querendo levantar problemas, nem chorar pitangas, mas nosso problema, pelo menos aqui em Fortaleza, é o fato de, por mais que ofereçamos cursos específicos sobre educação em museus, que são maravilhosos, nosso grupo de estagiários não permanece mais de dois anos, e todo o esforço deve ser recomeçado e recomeçado e recomeçado. A estratégia que tenho desenvolvido é e oferecer esses cursos com vagas para público interessado, na última vez que fiz isso a resposta me rendeu educadores temporários para uma exposição de grande porte, daí, a garantia de que seriam educadores legais foi a presença e interesse no curso realizado meses antes da exposição.

    Existirão sempre saídas, a questão é, porque deixar um trabalho tão valioso de educar para o patrimônio de nosso país em mãos tão frágeis ainda, em pessoas que pouco tem contato com Museus e estão em processo de imersão em seus respectivos cursos de graduação? Enquanto isso, de dois e dois anos, lançamos para o nada vários profissionais com bastante sensibilidade para o trabalho em Museus.

    Alternativas, soluções, respostas mesmo, só encontraremos na sistematização desse processo. Abertura das universidades para essa discussão, seja em cursos de extensão, seja em especialização ou mesmo graduação, o fato é que já existe e há muito, um profissional com capacidade de levar adiante as demandas de um setor de educação no Museus do País, o que faremos com tanto potencial?

    em resposta a: Fortalecimento do educador de museus #633
    Camila Alves
    Membro

    Boa noite,

     

    Sou Camila Alves e sou a atual coordenadora do Núcleo Educativo do MAC-CE em Fortaleza. Como ex-educadora desse mesmo espaço  reconheço hoje dificuldades talvez não tão observadas por mim à época.

    Também escolhi trabalhar com educação em Museu, pois minha formação em Letras nunca direcionou nenhuma questão próxima a Museus. Por tal razão nunca foi problema ser educadora e saber de minhas atribuições como formadora, da grandiosidade dessa função junto aos mais diferentes públicos do Museu, principalmente, o público escolar, e ainda assim, com tamanha responsabilidade contentar-me a bolsa de estágio.

    O que percebo hoje é que a disposição e entusiasmo que tanto exigimos desse profissional muito pouco acompanha sua valorização no próprio local de trabalho.

    Acredito que o atual perfil da maioria dos setores educativos do país seja de uma equipe de jovens, o que é bastante proveitoso mas que esbarra, também muitas das vezes, no estágio. Nada tenho contra o estágio, mas que haja, cada vez mais a contratação de educadores dentro do organograma de um setor como é o educativo.

    Antes de pensar sobre o que é necessário para formar educadores é importante existir um terreno mais firme para esse profissional, que aqui no meu caso, tem direito a dois anos de estágio e depois dá lugar a um outro novo educador que muitas vezes não tem conhecimento algum sobre museus, muito menos, o museu e sua perspectiva educativa.

    Creio que uma especialização na área de educação em museus garantiria, a curtíssimo prazo, solucionar uma das principais problemáticas que encaro; a falta de valorização desse profissional. Outro caminho imprescindível é a Universidade. Não é admissível que os cursos de Licenciatura ainda não tenham percebido o Museu como espaço dinâmico e necessário no processo de aprendizagem dentro do Ensino Básico.

    Grandioso ou não, muitos são os caminhos que nos trazem a importância do Museu em nosso cotidiano.

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