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Camila AlvesMembro
uma boa dica sobre essa discussão é o evento proposto pela Universidade Federal do Espírito Santo…
http://portal.ufes.br/node/3361
Camila AlvesMembroSuper concordo.
E não querendo levantar problemas, nem chorar pitangas, mas nosso problema, pelo menos aqui em Fortaleza, é o fato de, por mais que ofereçamos cursos específicos sobre educação em museus, que são maravilhosos, nosso grupo de estagiários não permanece mais de dois anos, e todo o esforço deve ser recomeçado e recomeçado e recomeçado. A estratégia que tenho desenvolvido é e oferecer esses cursos com vagas para público interessado, na última vez que fiz isso a resposta me rendeu educadores temporários para uma exposição de grande porte, daí, a garantia de que seriam educadores legais foi a presença e interesse no curso realizado meses antes da exposição.
Existirão sempre saídas, a questão é, porque deixar um trabalho tão valioso de educar para o patrimônio de nosso país em mãos tão frágeis ainda, em pessoas que pouco tem contato com Museus e estão em processo de imersão em seus respectivos cursos de graduação? Enquanto isso, de dois e dois anos, lançamos para o nada vários profissionais com bastante sensibilidade para o trabalho em Museus.
Alternativas, soluções, respostas mesmo, só encontraremos na sistematização desse processo. Abertura das universidades para essa discussão, seja em cursos de extensão, seja em especialização ou mesmo graduação, o fato é que já existe e há muito, um profissional com capacidade de levar adiante as demandas de um setor de educação no Museus do País, o que faremos com tanto potencial?
Camila AlvesMembroBoa noite,
Sou Camila Alves e sou a atual coordenadora do Núcleo Educativo do MAC-CE em Fortaleza. Como ex-educadora desse mesmo espaço reconheço hoje dificuldades talvez não tão observadas por mim à época.
Também escolhi trabalhar com educação em Museu, pois minha formação em Letras nunca direcionou nenhuma questão próxima a Museus. Por tal razão nunca foi problema ser educadora e saber de minhas atribuições como formadora, da grandiosidade dessa função junto aos mais diferentes públicos do Museu, principalmente, o público escolar, e ainda assim, com tamanha responsabilidade contentar-me a bolsa de estágio.
O que percebo hoje é que a disposição e entusiasmo que tanto exigimos desse profissional muito pouco acompanha sua valorização no próprio local de trabalho.
Acredito que o atual perfil da maioria dos setores educativos do país seja de uma equipe de jovens, o que é bastante proveitoso mas que esbarra, também muitas das vezes, no estágio. Nada tenho contra o estágio, mas que haja, cada vez mais a contratação de educadores dentro do organograma de um setor como é o educativo.
Antes de pensar sobre o que é necessário para formar educadores é importante existir um terreno mais firme para esse profissional, que aqui no meu caso, tem direito a dois anos de estágio e depois dá lugar a um outro novo educador que muitas vezes não tem conhecimento algum sobre museus, muito menos, o museu e sua perspectiva educativa.
Creio que uma especialização na área de educação em museus garantiria, a curtíssimo prazo, solucionar uma das principais problemáticas que encaro; a falta de valorização desse profissional. Outro caminho imprescindível é a Universidade. Não é admissível que os cursos de Licenciatura ainda não tenham percebido o Museu como espaço dinâmico e necessário no processo de aprendizagem dentro do Ensino Básico.
Grandioso ou não, muitos são os caminhos que nos trazem a importância do Museu em nosso cotidiano.
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