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Rafael SilveiraMembro
Olá a todos, fico feliz em poder fazer parte desse momento de criação coletiva, de consenso e dissenso. Este tema é de fato importante. Por uma série de motivos, em especial pelo caráter político implicado no uso desta ou daquela palavra para denominar a atividade em questão. O Jorge Ramos resumiu muito bem estas distinções entre guia monitor e mediador. O que a Daniele colocou também é importante: é preciso que tais modos de educação estejam presentes nas práticas. O termo mediador é um grande passo, poderia-se dizer que este modo de pensar a educação museal guarda afinidades com a educação construtivista e distancia-se da noção de educação bancária implícita nas noções de guia ou monitor. Porém, mesmo o termo mediador guarda alguns problemas se pensado de determinadas óticas. A concepção de mediador no campo judicial, por exemplo, que diz respeito àquele que leva partes discordantes a um consenso, apaziguando a diferença, me parece ser insuficiente, pois penso que é justamente o dissenso, o embate que propicia o movimento do pensamento. Outro problema é a identificação do mediador de museus à uma figura de ponte, caminho retilíneo entre público e objeto exposto. Enfim, penso ser importante atentarmos para estas distinções, mas estas denominações podem coexistir. É importante não aplainarmos a diferença que atravessa as ações educativas. Eu prefiro trabalhar com o termo educador – mesmo sendo uma denominação muito genérica – pois nesse termo podem estar contidos distintos modos de concepção da educação.
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