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Rafaela LimaMembro
Oi, Alcione!
Espero que o seu final do ano e dos outros participantes deste tópico tenha sido empolgante e instigador, nos provocando a ousarmos mais em 2013 e, assim, realizarmos ainda mais coisas!
Quanto ao nosso debate, muito obrigada pelo seu depoimento, foi exatamente isso o que quis levantar: quais os profissionais “adequados” para a Educação Museal? Serão só os arte/educadores ou os historiadores ou os pedagôgos? Para respondermos isso, devemos pensar na formação, no perfil e no âmbito de atuação desse profissional.
Pessoalmente, acredito que para eu ter me tornado uma educadora museal, eu precisei entender o que é educação e o que é museu. Depois foi preciso entender a relação existente entre esses dois conceitos. E vejam que até agora eu só falei em conceitos e não em contextos (lugares/espaços). Uma vez que eu tenha isso entendido e internalizado enquanto profissional, posso direcionar minha atuação para o espaço em que quero trabalhar ou que eu já esteja trabalhando. Digo isso porque os museus têm várias tipologias, acervos, público alvo… Eles se diferenciam entre si por meio dessas características, assim como seus profissionais também devem se diferenciar tendo isso em vista. Este é o “contexto” ao qual me referi e é ele que deve ser usado para aplicação da relação museu-educação/educação-museu.
Pensando nisso tudo e nas possibilidades de ampliação da atuação e do perfil dos profissionais dessa área, quais os profissionais já existentes no mercado de trabalho vocês acreditam que estejam preparados para serem educadores museais?
Para responder a essa pergunta, tentem partir das perguntas e comentários já feitos aqui neste tópico e naquilo que falei no parágrafo anterior: a base da Educação Museal são os conceitos de educação e de museu e a relação entre eles praticada dentro de um determinado contexto (espaço/lugar).
Aguardo as postagens com as reflexões de vocês!
Convidem os amigos e colegas profissionais da área para o debate. Quanto mais opiniões e pontos de vista melhor!
Abraços!
Rafaela LimaMembroOlá, Alcione! Bem vinda ao debate!
Concordo plenamente com você. As equipes que lidam com a Educação em Museus podem e devem ser multidisciplinares. Aliás, prefiro usar a palavra interdisciplinaridade porque ela pressupõe não apenas o diálogo entre as disciplinas/áreas de conhecimento, mas também a interação e o enriquecimento mútuos. Depois da leitura de um texto (Quatro proposições sobre memória social – Jô Gondar) passei a fazer distinção entre os termos MULTI, INTER e TRANSdisciplinaridade.Como dissemos anteriormente, eu e alguns dos colegas que já postaram, o trabalho do educador em museus é caracterizado pela abrangência de conhecimentos e abertura que ele deve ter para perceber e usar os saber diversos e diferentes que aparecem, seja por meio do público ou pela própria exposição/atividade desenvolvida pelo espaço em que ele trabalha. Essa pré-disposição em relação ao “desconhecido” é o pressuposto do aprendizado e do diálogo constante com o diferente, com o novo, com o que sua formação não contemplou… mas que não deixa de ser imprescindível à sua atuação.
Espero ter instigado ainda mais as discussões e convido você a refletir sobre as questões que coloquei no post anterior para que continuemos conversando a respeito do assunto deste tópico que é a abrangência de profissionais para atuação na área educacional dos museus e instituições culturais.Aliás, espero não apenas a Alcione, mas todos vocês, combinado?
Enquanto isso, assim como falei em outro tópico, também desejo a vocês BOAS FESTAS! Que tanto o Natal quanto o ano que chega nos tragam forças renovadas para prosseguirmos buscando a melhoria pessoal, profissional, financeira, afetiva e todas as outras melhorias, porque, como a própria palavra diz, nos farão melhores do que somos hoje. Forte abraço!!
Rafaela LimaMembroBoa tarde, pessoal!
Conto com a opinião de cada um de vocês para que continuemos conversando a respeito do assunto deste tópico que é assegurar o fortalecimento do profissional de Educação Museal para o efetivo cumprimento de seu papel na instituição.
Enquanto isso, assim como falei em outro tópico, também desejo a vocês BOAS FESTAS! Que tanto o Natal quanto o ano que chega nos tragam forças renovadas para prosseguirmos buscando a melhoria pessoal, profissional, financeira, afetiva e todas as outras melhorias, porque, como a própria palavra diz, nos farão melhores do que somos hoje. Forte abraço!!
Rafaela LimaMembroOlá, Rosangela! Bem vinda ao debate!
Acredito que o custeio da participação de profissionais vinculados ao museu em cursos de aperfeiçoamento ou atualização na área de educação é algo muito bom e não acho que encontre maiores problemas para que aconteça. Pessoalmente, já vi esse tipo de incentivo, mas nesse caso que conheço, o financiamento só foi concedido após apresentação de um tipo de “projeto” em que se falou sobre o curso, ficou estabelecida uma “contrapartida” por parte dos profissionais para a instituição e também ficou claro como o curso contribuiria para o desempenho das funções dos profissionais que participariam do curso. Foram 3 funcionários contemplados. Houve ainda um relatório ao final do curso (um geral e um de cada funcionário).
Enfim… acho que para um custeio, deve haver o convencimento da instituição do porquê é importante e como isso contribuirá para o desempenho das funções.
Espero ter respondido à sua pergunta e convido você a refletir sobre as questões que coloquei no post anterior e postar sua opinião para que continuemos conversando a respeito do assunto deste tópico que é garantir a existência de um setor educacional com infraestrutura apropriada e suficiente para seu pleno funcionamento.
Aliás, espero não apenas a Rosangela, mas todos vocês, combinado? 😉
Enquanto isso, assim como falei em outro tópico, também desejo a vocês boas festas! Que tanto o Natal quanto o ano que chega nos tragam forças renovadas para prosseguirmos buscando a melhoria pessoal, profissional, financeira, afetiva e todas as outras melhorias, porque, como a própria palavra diz, nos farão melhores do que somos hoje. Forte abraço!!
Rafaela LimaMembroMuito obrigada pela sua contribuição até agora nas nossas discussões, Girlene. Espero continuar contando com elas. 😉
Quanto aos outros, espero por mais respostas para continuarmos o debate. Quanto mais opiniões, melhor! E se forem diferentes, melhor ainda porque assim teremos distintas perspectivas do mesmo assunto.
Aguardo vocês… enquanto isso: boas festas para cada um de vocês. Que tanto o Natal quanto o ano que chega nos tragam forças renovadas para prosseguirmos buscando a melhoria pessoal, profissional, financeira, afetiva e todas as outras melhorias, porque como a própria palavra diz, nos farão melhores do que somos hoje. Forte abraço!!
Rafaela LimaMembroOi, gente!
Acredito que a maioria já tenha lido ou esteja participando dos outros tópicos, dispensando apresentações. Por isso vou direto ao ponto (rs): esse tópico me parece ser o mais abrangente de todos. Não no sentido de ser vago, mas ele me parece abarcar os outros tópicos de alguma forma.
Já na primeira participação a Luiza faz uma colocação que a mim é muito cara: participação de educadores desde a criação da instituição, atuação desses profissionais trazendo intervenções, aspectos, características e necessidades próprias da Educação Museal mas que se fazem presentes em toda a estrutura dos museus e instituições culturais. Logo depois outros de vocês corroboram isso fazendo comentários igualmente pertinentes sobre o mesmo tema.
Mas chamo a atenção de vocês pra um aspecto colocado no enunciado no qual se baseia este tópico: “Garantir a presença (…) na estrutura organizacional do museu“. Percebam que é na estrutura organizacional e não apenas no espaço do museu. Fernanda nos lembra da vitória (concordo que foi uma vitória) que foi ter garantida a presença de ao menos um educador em cada museu do Ibram. Mas, assim como ela pergunta, eu também pergunto: apenas ter esse educador no museu caracteriza a existência de um setor educativo? Se não é isso, então o que caracteriza? OBS: para quem ainda não viu os outros tópicos eu aviso logo que espero respostas de vocês para essas perguntas (rs).
Na minha opinião a resposta é não. E o que realmente caracteriza é: como o próprio enunciado diz, o setor não só deve fazer parte da estrutura organizacional (e, assim, ter orçamento, espaço e pessoal), mas garantir a infraestrutura (física, financeira e de RH) para sua implementação e execução de seus projetos. Destaco que, dizendo isso, fica claro que se espera que esse setor desenvolva projetos. É aí também que devemos chamar a atenção para o fato de que a educação não se restringe à elaboração de propostas de mediação para as exposições, são muito mais que isso… são ações articuladas com as comunidades onde se inserem, são cursos, são desenvolvimento de grupos de estudo, são atividades culturais as mais diversas (relacionadas com datas comemorativas, por exemplo). Pensando nesses tipos de atividades, a gente pode vislumbrar e pensar em quais são as atribuições dos educadores que estariam compondo esse setor e em qual estrutura física seria necessária (espaço, materiais e mobiliário) para efetivamente implementá-lo.
Jacqueline também fala de um outro problema que é a efemeridade e inconstância no corpo de funcionários dos setores educativos. Pela necessidade de um número grande de profissionais, é fato que as verbas não são suficientes para contratação efetiva de pessoal e a saída mais comum são os estagiários. Mas como o próprio nome já diz, eles são estagiários, são pessoas que estão ali para aprender na prática e com a prática o seu papel profissional enquanto educadores de museus. Para isso, é necessário (pelo menos deveria ser) ter alguém realmente profissional, com formação e efetivamente contratado para dar essa assistência aos que são aprendizes. O cenário que temos é que efetivos são apenas os coordenadores desses setores, todo o resto do corpo profissional é composto por estudantes. Isso é bem complicado, pois esse único funcionário (aquele que não é estagiário) terá que dar conta de toda a equipe e terá que desenvolver uma função que vai além da coordenação, ele vai acabar atuando junto com os estagiários em várias situações… e isso não será feito por escolha dele (acho bom que esse trabalho seja conjunto), mas por necessidade que o contexto lhe impõe. Então, já que é uma situação real e frequente em nossos museus, qual seria a saída possível? Qual o mínimo necessário para que um setor educativo funcione “corretamente”, com a infraestrutura necessária (pensando nos três aspectos dessa estrutura: físico, financeiro e de pessoal)?
Convido a todos para responderem a essas perguntas e às perguntas dos outros tópicos do fórum Profissionais de Educação Museal e assim chegarmos a vários denominadores comuns sobre esses assuntos que são de extrema relevância para nossa legitimação enquanto PROFISSIONAIS de Educação Museal. 😉
Abraços e boas conversas pra nós!
Rafaela LimaMembro*conversas
Rafaela LimaMembroOi, pessoal!
Sou Rafaela Gueiros, “moderadora” dos debates dentro do fórum Profissionais de Educação Museal e fico feliz em ver que este tópico levantou um bom e furtífero debate a respeito do tema do tópico “Financiamento para o educativo do museu”.
Tenho em minha bagagem profissional a criação de um setor educativo em um museu municipal lá em Recife. Primeiro, acho que vocês devem ter uma ideia da história desse museu até o que ele é atualmente. O museu fica em um bairro nobre de Recife (Casa Forte) e estava literalmente abandonado. O diretor, a despeito das reais funções do museu, utilizava o espaço para TODO aquele que quisesse entrar, expor, fazer feirinha, enfim, para tudo! As obras estavam em um precário estado de conservação (salvas por uma equipe que até hoje se empenha para a manutenção do acervo), os expaços expositivos bagunçados e sem proposta alguma… o museu estava aos cacos! Quando da mudança da diretoria, chegaram também novas propostas para a renivação do museu. Essa renovação começou com a criação de atividades “diferentes”, ações que trouxeram as pessoas para dentro do museu, como cursos, “performances gastronômicas”, edital de curadoria. Algumas salas passaram a abrigar exposições de curta duração e a exposição de longa duração foi reformulada. A princípio, o educativo não existia e as exposições precisavam (na minha opinião e do grupo com o qual trabalhei no início) ser melhor comunicadas… eu e um grupo acreditávamos que propostas educativas, propostas de mediação cultural responderiam a essa necessidade. Foi construída toda uma proposta de estruturação do Setor Educativo e passamos a construir também propostas de mediação para as exposições que entravam e estavam em cartaz. Esse mesmo grupo (todo trabalhando voluntariamente), a partir das expeirências de cada um, montou uma metodologia para nossa atuação, desde a montagem da exposição até à recepção do público e o “pós-visita”, com vistas à fidelização desse público. Hoje o museu é bastante visitado (antes dessas mudanças, eram uns 30 visitante, quando muito, por mês), com várias atividades que lhe dão dinamicidade e fidelizam o público, com Setor Educativo estabelecido com equipe pedagógica (coordenação e estagiários)… isso significa que hoje há uma destinação do orçamento do museu para o pagamento desse pessoal e das atividades desenvolvidas por eles.
Com tudo isso quero lançar uma opinião e pedir que vocês também oPiNEM (rs): toda essa mudança, estruturação e consolidação (inclusive financeira) do museu e do setor educativo só aconteceu por houve planejamento e convencimento das “autoridades” (vamos chamar assim) com os resultados apresentados. Esses resultados só serão obtidos se tivermos muito claras nossas atribuições como educadores em museus e, a partir delas, traçarmos nosso planejamento muito detalhadamente, com o comprisso sério de cumpri-lo. Em outro tópico deste mesmo fórum (Promover a abrangência de profissionais) fiz essa pergunta: quais as nossas atribuições como educadores em museus? às vezes me parece que isso ainda está vago para o próprio campo… então para os que destinam as verbas e para as “autoridades” que mencionei, como se certificar de que aquela verba será realmente usada e “bem” usada. Acho que isso se resolve se mostrarmos para essas pessoas como queremos usar (planejamento) e nos reportarmos novamente a ele ao final de cada ano mostrando o que foi realizado com esse dinheiro, o que falta usar e como será usado, e os resultados já obtidos. É um trabalho de convencimento. É o que fazemos quando nos inscrevemos em editais. Acho que devemos nos colocar no lugar de quem financia, de quem paga. Proponho que cada um se imagine como um gestor público que deve decidir se dá ou não dinheiro para uma e outra instituição, sendo elas com os seguintes perfis:
Instituição 1: fez um planejamento/projeto no qual prevê as ações a serem realizadas justificando todas elas, apontando as formas como elas serão avaliadas e os resultados esperados, indicando inclusive que ao final do planejamento/projeto será apresentado relatório final.
Instituição 2: não fez um planejamento/projeto, mas acredita ser importante ter uma equipe educativa para recepção/acolhimento do público, mas esta ainda não tem âmbito de atuação definido, nem projeto estabelecido.Claro que coloquei alguns problemas e aspectos que deixam claros alguns problemas, mas hoje em dia temos esse tipo de situação. Sabemos que é obrigação do Estado financiar a cultura e não sucateá-la a ponto das instituições serem obrigadas a buscarem financiamento em outros lugares (como em editais); sabemos que os setores educativos são muitas vezes os responsáveis pela dinamização dos espaços culturais e só não fazem mais por falta de dinheiro. Mas também acredito que muito lugares se sustentam apenas no discurso da obrigatoriedade do Estado e não fazem sua parte – organização, planejamento e visão de futuro… acho que essa “parte” que cabe às instituições é justamente a sustentabilidade citada por Girlene, corroborada por Fernanda e virse-versa.
Ozias, o que você falou também é muito pertinente, pois no período inicial de estruturação do educativo desse museu em que trabalhei, além de trabalharmos voluntariamente (sem recebermos nada), ainda dávamos as maiores voltas para desenvolvermos atividades em que não precisássemos desembolsar… saíram várias ideias mirabolantes e fantásticas, mas esse não era e nem é o caminho, era e é (porque em muitos lugares essa situação ainda é atual) o “desvio”, posso chamar assim.
Mas aí vem a pergunta: Devemos continuar nos “desvios”, dando um jeito ou buscar os caminhos pelos quais seremos levados a sério e por onde receberemos o devido financiamento? E quais seriam esses caminhos?
Começo respondendo enfatizando que minha resposta é o planejamento. Com planejamento bem feito podemos fazer/consquistar muita coisa (além de respeito).
Girlene, se você quiser levar a questão da sustentabilidade financeira também para o fórum de “Sustentabilidade”, acho pertinente… não deixando de discutir isso aqui também, pois a relação dos assuntos não apenas cabe, mas também é clara.
Aguardo as respostas de vocês com ansiedade! 🙂 Boas conversar para nós!
Abraços para vocês!
Rafaela LimaMembroOlá, pessoal!
Sou Rafaela Gueiros, “moderadora” dos debates dentro do fórum Profissionais de Educação Museal. Muito bom ver que estamos engajados pela melhoria/reconhecimento/qualificação da área e, portanto, dos profissionais que colocam tudo isso em prática. Por isso, agradeço a participação de vocês e as contribuições trazidas até agora.
Lendo o que já foi colocado por vocês gostaria de destacar algumas questões:
Uma vez que nosso fórum é específico sobre Profissionais de Educação Museal, e pensando no tópico fortalecimento do educador de museus, precisamos saber com precisão as atribuições desse trabalhador. Então, quais são as atribuições de um educador de museus?
Assim como perguntei em outro tópico, pergunto também aqui: Qual o perfil profissional desses trabalhadores?
Qual o âmbito de atuação dele dentro da instituição?Inicialmente, devemos ter em mente, principalmente, o enunciado que o próprio PNEM propõe: “Assegurar o fortalecimento do papel do(a) educador(a) de museus no que tange ao cumprimento de suas atribuições no âmbito do Programa Educativo-Cultural“.
Agora pensando em outros pontos levantados, chamo a atenção para um dos assuntos mencionados: formação. É realmente algo que ainda não existe instituído, pelo menos não pelas academias (entenda-se: Universidades). Como falei em outro tópico, direcionei minha atuação profissional (desde a Universidade) para os museus e para a educação em museus. A formação que consegui, além do dia a dia, da prática diária, veio somente de alguns cursos de extensão promovidos por empresas que lidam e constróem propostas de “mediação cultural” como a Arteducação Produções (SP) e a Palavra Chave (DF), para citar algumas que existem hoje no mercado como exemplos. Ainda nesse campo, aqui em Brasília, aconteceu um seminário que foi o primeiro para e sobre a formação de educadores em musueus. Eles tinham 80 vagas disponíveis, ampliaram para 150 por conta da procura (pensamos que esse era um ótimo sinal) e não tivemos mais que 30 participantes efetivamente. É uma situação complicada, mas que precisa ser enfrentada. Mas como? Devemos pensar de maneira prática, pensar em propostas factíveis. Nesse sentido, a proposição de Luiza é pertinente e tem a praticidade que mencionei ser necessária. Digo isso porque minha busca pela atuação em museus surgiu por iniciativa própria e não porque meu curso apontou essa possibilidade de direcionamento, e isso é uma coisa fácil de ser estabelecida nos cursos… basta ser falado. Mas gostaria de convidá-los a continuarem o debate sobre esse assunto no fórum específico, o de “Formação, Capacitação e Qualificação”. Assim conseguiremos manter o foco no assunto desse tópico. Mas, por favor, continuem contribuindo com essa conversa sobre a formação porque ela é igualmente importante. 🙂
Sobre o que Jacqueline e Ana Maria disseram a respeito da diversidade da área e dos profissionais e a proposição de encontros para troca de experiências. Tendo em vista esses dois aspectos da profissão (encaro como profissão mesmo) de educador em museus, chamo a atenção para a existência das Redes de Educadores em Museus (REM). Essas redes nasceram no Rio de Janeiro com o intuito de integrar esses profissionais advindos de campos heterogêneos para a construção de uma prática coerente e comum de Educação Museal (hoje, se não me engano, já existem em 13 estados brasileiros), sem perder de vista as diferenças institucionais e de perfil dos estados (alguns com foco maior em Patrimônio, outros em Arte, outros em Cultura como um todo). As Redes se articularam em um Encontro Nacional em 2009, ocasião em que foi construída uma Carta de Diretrizes para atuação desses profissionais. Aqui no DF, essa Carta chegou a ser estudada e “adotada” no Centro Cultural da CAIXA, quando um dos integrantes da REMIC-DF estava na Coordenação do Setor Educativo. Mas há muito não ouço falar de mais nada a esse respeito. Talvez seja o caso pensarmos novamente em quais seriam os princípios que norteariam a profissão. Então aproveito para lançar mais essa pergunta: Quais seriam os princípios norteadores da atuação do aducador em museus?
Vamos nos debruçar sobre essas perguntas, as que cloquei no início e as que permeiam o post como um todo, e tentar pensar nas possibilidades de legitimação e reconhecimento tanto do campo quanto do próprio profissinal da Educação Museal como algo e alguém específicos, com requisitos também delineados e atuação definida. O que vocês acham e como vocês se colocam em relação às perguntas que fiz?
Abraços e boas conversas para nós!
Rafaela LimaMembroOlá, Mara e Ozias!
Sou Rafaela Gueiros, “moderadora” dos debates dentro do fórum Profissionais de Educação Museal. Primeiramente agradeço a participação de vocês e as contribuições trazidas ao fórum.
Em segundo lugar, gostaria de colocar algumas questões em relação ao profissional propriamente dito de Educação Museal:
Qual formação queremos?
Qual o perfil profissional desses trabalhadores?
Qual o âmbito de atuação dele?Em relação às discussões já levantadas, gostaria de falar dos profissionais de arte/educação. Sou dessa área e direcionei minha atuação, desde a faculdade, para a educação em museus. Pelo que vivi até hoje, os museus com os quais me relacionei eram muito mais abertos aos arte/educadores e historiadores. Mas será que são somente esses profissionais os mais “adequados” à Educação Museal?
E sobre o outro assunto levantado, visibilidade e comunicação da cultura indígena nos museus, acho profícuo o apontamento dessas questões no âmbito do blog do PNEM, mas, como o Diego colocou, tem um fórum específico sobre Museus e Comunidades, onde o debate pode tomar mais fôlego e ficar ainda mais contundente no sentido de produzir propostas para a elaboração final do PNEM. Portanto, Ozias e Mara, sintam-se convidados a colaborarem com o fórum coordenado por Diego, mas também “intimados” (rs) a continuarem debatendo as questões relativas aos profissionais da Educação Museal.
Vamos nos debruçar sobre essas perguntas e tentar pensar nas possibilidades de ampliação da atuação e do perfil dos profissionais dessa área. O que vocês acham e como vocês se colocam em relação às perguntas que fiz?
Abraços e boas conversas para nós!
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