Respostas no Fórum
-
AutorPosts
-
Rita CoitinhoMembro
Olá colegas do Museu da Infância e do Brinquedo, obrigada pela participação nesse tópico. Espero que esse relato de vocês incentive os outro museus a postar suas experiências.
Pessoalmente defendo que a produção de conhecimento não depende, necessariamente, da chancela acadêmica. Os museus podem e devem produzir conhecimento (sobre os objetos que expõe e sobre a maneira de comunicá-los) na prática e se tivermos o cuidado do registro e do debate podemos avançar na criação de novas práticas educativas.
Rita CoitinhoMembroOlás;
André, seria muito interessante para a nossa discussão aqui poder ver o que vocês já fizeram. Tem como publicar aqui um “extrato”?
Isabella, penso que já podemos começar a formular proposições para o PNEM a partir desse debate, não? Vamos tentar?
Rita CoitinhoMembroOlá Ozias;
Alguns museus fazem sim pesquisa no sentido que você coloca stricto sensu. Mas, de fato, não é a realidade na maioria das instituições. Porém algumas têm enorme potencial e não realizam pesquisas por inúmeras razões – falta de pessoal, de recursos ou até mesmo de interesse.
Seria interessante pensarmos em alguma ação – política pública – para incentivar essa produção nos museus. Editais específicos poderiam ser um caminho? Valorização das titulações e da produção científica nas carreiras? O que mais?
Rita CoitinhoMembroOi Isabella, essa é uma questão que precisa de definição, também não tenho resposta pra ela. Para mim, pessoalmente, há diferença sim entre o público que procura o museu para ver as exposições e o que vem atraido por outras atividades. ~Mas, ao mesmo tempo, os dois “grupos” são nosso público, embora sejam atraídos por motivos diferentes… Mas penso que a importância dessa diferença pode variar para cada tipo de museu, não acha?
Rita CoitinhoMembroIsso mesmo, Ozias. Serão os museus depósitos e vitrines de coisas? Ou são também produtores de conhecimento? Quando montamos exposições e selecionamos nosso acervo fazemos pesquisa? E no que ela é diferente da pesquisa acadêmica?
Rita CoitinhoMembroOlá Clarissa e Isabella,
Aqui no Museu Victor Meirelles, onde trabalho, estamos discutindo essas questões que vocês levantaram: de que maneira estruturamos nosso estudo de público (estatísticas de visitação, questionários qualificados) e como buscamos entender os porquês dos que simplesmente não vêm ao museu – nosso “não-público”.
Uma das questões que sempre surge é a da gratuidade ou não. O MVM é gratuito até agora, embora o IBRAM determine a cobrança de um valor mínimo (não temos ainda estrutura para cumprir essa norma). Há quem defenda que a cobrança “valoriza” a ida ao museu. E há quem opine que se passarmos a cobrar ingresso nosso público diminuirá expressivamente. Para saber, só mesmo com a experiência e o registro.
De fato o que temos observado é que as atrações para além da exposição – mostras de filme, de teatro, instalações na rua, cursos e oficinas – são responsáveis por atrair um grande número de pessoas que talvez não viessem ao museu para ver as exposições. O que nos falta é fundamentar essa “impressão”, pois ainda não temos feito o levantamento científico dos motivos pelos quais as pessoas procuram o museu.
Uma obra muito bacana e que indico é “O Amor pela Arte”, de Pierre Bourdieu. O livro é o resultado de uma intensa pesquisa nos museus da França, que levou Bourdieu a conclusões instigantes sobre o papel do “amor à arte” no processo educativo e na distinção dos grupos sociais.
Rita CoitinhoMembroOlá Rafael;
Todas as ações que envolvam a comunidade para discutir os museus são válidas e podem nos ajudar a trazer sua atenção para os museus. Mas de que maneira podemos transformar essas ações em dados ou ponto de partida para pesquisas?
Rita CoitinhoMembroA ideia desse tópico é discutirmos sobre parcerias com outras instituições e agências de fomento.
As parcerias, sempre muito bem vindas porque trazem profissionais, conhecimento e (em alguns casos) recursos, precisam, no entanto, basear-se em premissas objetivas. O que queremos, enquanto museus, quando procuramos a universidade ou instituições como o CNPq? Queremos produzir o tipo de conhecimento da academia? Queremos embasar exposições e ações educativas?
03/12/2012 às 18:18 em resposta a: Produção de conhecimento e pesquisa nos educativos dos museus #481Rita CoitinhoMembroIncentivos no plano de carreira, com reconhecimento (por meio da remuneração) da titulação dos servidores (Retribuição por Titulação) e de seu contínuo aperfeiçoamento (retribuição por qualificação) é uma demanda antiga dos servidores e servidoras do Ministério da Cultura.
Um dos principais argumentos do MPOG para não conceder esse tipo de retribuição financeira é que, para eles, “não se faz pesquisa” nas instituições culturais.
O que vocês acham disso? Não fazemos pesquisa?
O que é, afinal, “Pesquisa” nos museus?
Rita CoitinhoMembroOlá Fernanda, seja bem vinda!
A questão das pesquisas do público (e do não-público) dos museus parece ser daquelas em que todos reconhecemos ser importante mas que na maioria das instituições limita-se ao livro de visitas, não é?
Você tem alguma experiência diferente para compartilhar conosco? Pode ser do seu local de trabalho, ou alguma coisa que conheceu por aí. A provocação vale para todos os que passarem aqui pelo fórum de estudos e pesquisas!
-
AutorPosts