Nome da Instituição: Universidade de Goiás/Museu Antropológico
Responsáveis pelo projeto: Rosane Moreira Leitão
Objetivo: Promover um movimento de ocupação do Museu Antropológico da UFG por um público formado por pessoas que vivem, trabalham, estudam ou simplesmente circulam no seu entorno, mas que raramente (ou nunca) ou o visitam.
Período de realização: As atividades do projeto tiveram início em março de 2012 e a exposição Ocupe o Museu foi inaugurada em 17 de maio de 2012, permanecendo até outubro do mesmo ano.
Públicos atingidos: A prática proposta está voltada para um público que vive, trabalha ou circula nas imediações da praça universitária, onde está localizado o Museu Antropológico, e bairros do seu entorno.
Descrição da ação: A ação foi desenvolvida em várias etapas, conforme segue:
1) Reuniões do quadro técnico do Museu Antropológico e pesquisadores colaboradores, para a discussão das possíveis atividades a serem desenvolvidas em comemoração à 10ª. Semana de Museus. 2) Incursões ao entorno do Museu: foram realizadas incursões entre os moradores e frequentadores das proximidades do Museu, transeuntes da Praçam Universitária, feirantes e passantes da Feira da Praça que acontece aos domingos à noite. 3) Reuniões com as pessoas que atenderam ao convite e compareceram ao museu nos dias sugeridos. E muitos casos, os presentes regressavam trazendo outras pessoas da família e amigos.Os convidados, que nas primeiras reuniões se alternavam, a partir da terceira reunião passam a compor um grupo fixo dentro de uma faixa etária média de 75 anos de idade, sendo que a mais velha tem mais de 90 anos. O tema e enredo da exposição foram inspirados nos relatos desses moradores, que recorrentemente apontaram o córrego Botafogo como um importante lugar de memórias acerca da construção de Goiânia. 4) Definidos os participantes, foram realizadas entrevistas com os mesmos. Para além dessas contribuições, os relatos em questão, foram determinantes para a interpretação e contextualização do acervo (fotográfico e etnográfico) utilizado para a construção da narrativa expo gráfica. 5) Edição experimental de vídeo documentário denominado Memórias de Goiânia. Neste caso, como a proposta pretendia acolher as distintas contribuições dos participantes, além das entrevistas gravadas pela equipe d MA foram incorporadas gravações caseiras feitas com câmaras não profissionais, sobretudo em casos de pessoas mais idosas que só aceitaram gravar suas imagens e falas em ambientes domésticos e por membros de suas famílias, o que implicou em desníveis na qualidade das gravações. As diferenças de qualidade das gravações, somadas, às dificuldades técnicas e às restrições financeiras da instituição dificultaram a finalização do vídeo com a qualidade devida dentro do curto prazo de tempo estabelecido para a realização do projeto. Assim, por ora, foi possível apenas a elaboração de edição experimental que foi exibida e discutida pelos participantes e que no momento encontra-se em fase de revisão e finalização. 6) Inauguração da exposição Ocupe o Museu e roda de conversa com relatos dos envolvidos no processo de organização e de outros presentes no evento;