PNEM

Um Sarau Imperial

Nome da Instituição: Museu Imperial

Responsáveis pelo projeto:Regina Helena de Castro Resende

Objetivo: Este projeto, além de enfocar de uma forma bem viva e dinâmica aspectos do século XIX, pretende divulgar o potencial dos arquivos históricos como fonte de informação do contexto histórico-cultural de uma época. Ressalta-se que raramente os professores utilizam os acervos documentais, iconográficos e até mesmo os museológicos como fontes de pesquisa na sua prática educativa. Sendo assim, a atividade pretende promover a democratização da informação documental do Arquivo Histórico do Museu Imperial, vista comumente como acervo sacralizado.

O projeto visa, ainda, a sensibilização musical dos alunos para o canto lírico e para a poesia.

Período de realização: O projeto vem sendo oferecido ao público escolar desde 2000 e tem a duração de 45 minutos. A partir de 2009, o projeto estendeu-se ao público em geral.

Públicos atingidos: O projeto é destinado a alunos a partir do 5º ano do ensino fundamental de instituições públicas e privadas, incluindo alunos de EJA e de cursos profissionalizantes. O público de outras instituições, como ONGs, que promovam atividades de caráter educacional e/ou cultural também é atendido neste projeto.

Em 2013, o projeto recebeu 3.429 pessoas.

Descrição da ação: O projeto surge da necessidade de criar uma dinâmica mais interativa e afetiva com o público no processo de conhecimento de alguns aspectos da realidade brasileira do século XIX. Assim, o sarau apresenta como novidade a interatividade entre os personagens e o público como forma de suscitar comparações entre o passado e o presente, estimulando, ao mesmo tempo, a reflexão crítica sobre as mudanças ocorridas no país.

 “Um Sarau Imperial” proporciona ao público a vivência de uma atividade de lazer comum no século XIX, abordando aspectos políticos, sociais, econômicos e culturais daquele período.

A dramatização do sarau se passa no ano de 1878 e tem como personagens a princesa Isabel, suas amigas Amandinha Paranaguá, Condessa de Barral, Adelaide Taunay e o professor de música da princesa, Isidoro Bevilacqua, que recebem convidados especiais vindos do século XXI.  Os personagens são vividos por atrizes, por uma soprano e por um pianista, todos caracterizados com trajes e acessórios reproduzidos de modelos usados na corte de então. O texto da dramatização é entremeado pela apresentação de modinhas imperiais e pela declamação de poesias.

O projeto fundamenta-se em pesquisas realizadas no Arquivo Histórico do Museu Imperial, onde foram coletadas informações de correspondências dos membros da família imperial e amigos próximos para a criação dos diálogos das personagens do sarau. Coleções de figurinos de moda e partituras musicais de modinhas imperiais também foram utilizadas como fonte de pesquisa. Fundamenta-se, ainda, em pesquisas realizadas na seção de obras raras da Biblioteca do Museu, onde foram colhidas matérias jornalísticas que serviram de base para a elaboração de um jornal contendo uma coletânea de artigos de vários jornais do período, particularmente do ano de 1878, o qual é utilizado de forma interativa durante a dramatização.

Deixe um comentário