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Marcado: educador, profissionais da educação
- Este tópico contém 39 respostas, 20 vozes e foi atualizado pela última vez 11 anos, 7 meses atrás por Mailine Bahia.
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21/02/2013 às 15:37 #965Lucio BragaMembro
Vejo que as parcerias entre os setores educativos e as escolas na maioria dos casos não acontece de forma satisfatória. Existe uma centralidade de ações museais no tempo da visita, que quase sempre fica a cargo do educador de museus. Os professores sentem-se inibidos diante da exposição dos educadores no momento da visita e acreditam que esses “sabem mais sobre o museu”. Oa educadores rejeitam a intervenção dos professores no percurso pela exposição.
O ideal é realizar projetos em partilha.
o grande desafio que está posto nos museus para um diálogo profícuo com a escola no sentido de estimular experiências significativas para professores e estudantes, relacionando os tempos de pré-visita, visita e pós-visita e com articulações entre as demandas docentes e os projetos educativos dos museus. Muitos caem na lógica produtiva, ou seja, atender ao maior número de escolas em menos tempo, o que garante maior público e mais recursos. E muitas vezes não conseguem manter um quadro permanente de educadores, e a rotatividade da equipe acaba prejudicando os diálogos que podem ser estabelecidos com professores para além do tempo episódico da visita e também permite, evidentemente, consolidar quadros formativos no próprio museu, com amadurecimento de seu projeto educativo, evitando retrabalho de formação e retorno à estaca zero em termos de preparação para o trabalho de recepção de públicos escolares. Interrogamo-nos se o episódio da visita pode ser potencializado com ações articuladas e vislumbrando espaços de troca de experiência entre educadores no museu e na escola, afirmando a necessidade de adensamento desta relação com superação do modelo de primeira e única visita, sem vínculos e sem negociações para idealização do projeto de visitação.
26/02/2013 às 19:33 #1010Rafaela LimaMembroMuito obrigada, Lucio, mais uma vez, pelas suas contribuições. As falas de vocês todos têm sido preciosas ao debate… e você foi direto no ponto em que eu queria chegar: nessa reta final do blog (ele “fechará” para postagens dia 26 de março), devemos pensar em ações concretas para efetivação das propostas que fizemos até aqui.
Aproveito, então, para destacar as propostas trazidas pelo Lucio e aguardo outras propostas dos demais participantes, para além das que já postamos (clique aqui e veja a postagem com as propostas já sistematizadas):
– Estimular experiências significativas para professores e estudantes, relacionando os momentos antes, durante e depois das visitas;
– Articular interesses e demandas dos professores com os projetos educativos dos museus;
– Consolidar quadros de educadores com formação adequada no museu;
– Potencializar a visita com ações articuladas e espaços de troca de experiência entre educadores no museu e na escola;
– Criar vínculos entre o museu, a escola, os professores e os estudantes por meio de negociação/idealização conjunta (educadores em museus e docentes) do projeto pedagógico/educativo da visita.
Lucio, caso essa “transcrição” tenha trazido prejuízo ao sentido do que você colocou, por favor me corrija, combinado?
Abraço a todos! Aguardo as contribuições!
- Esta resposta foi modificada 11 anos, 9 meses atrás por Rafaela Lima.
08/03/2013 às 1:54 #1065Os profissionais existem. E de boa qualidade, com boa formação… mas a capacitação e a reciclagem desses profissionais é muito importante…
Pagar melhores salários a estes profissionais e a regulamentação desta profissão também!
19/03/2013 às 12:54 #1095Rafaela LimaMembroOi, Ana Margarida!
Realmente, o que precisamos é regulamentação, urgente! O campo em si carece de regulamentação, imagine o quanto os educadores em museus (que estão atuando nesse campo carente) também não devem precisar, né?
O PNEM se pretende como um dos caminhos para alcançarmos essa “padronização”, normatização da área. Esperamos que os resultados não sejam apenas discurso, mas que se traduzam em práticas e ações efetivas implementadas pelos e para os educadores em museus.
Abraços!
22/03/2013 às 16:47 #1107bpmonteiroMembroNão esqueçam que ainda não existe no Brasil, formação acadêmica ou técnica específica para os profissionais que atuam nos Museus, na parte de interação com o público. Atualmente, este papel vem sendo desempenhado por monitores, ou seja, estagiários/ universitários. Nós precisamos sinalizar nas discussões que estamos fazendo esta necessidade urgente. Precisamos formar profissionais capacitados para esta função.
25/03/2013 às 23:39 #1119Jair SobrinhoMembroAcredito que a capacitação destes profissionais, é o primeiro passo, o acesso à tais conhecimentos promoverão mudanças significativas nas áreas de atuação.
27/03/2013 às 21:00 #1138JosscunhaMembroQue os profissionais e Estudantes, realmente possam ver perspectiva de profissão e de crescimento dentro desta área
28/03/2013 às 20:27 #1156moinhosocialMembropenso que é importante que o acervo faça parte da vida dos/das educadores de museu, pois é comum encontrar em museus educadores alheios aos sentidos e significados dos objetos expostos, antes de fazer sentido para o público visitante é fundamental que o acervo faça sentido para os profissionais do museus, que façam parte de suas próprias vidas.
28/03/2013 às 21:12 #1159JosscunhaMembroLi as postagens anteriores, e com algumas concordo com outras nem tanto, no que diz em relação aos Estagiáros acho o meu serviço gratificante e adoro estar preparando essa moçada para o atendimento e para seus desafios futuros, e acho que dois anos é o suficiente com relação a pessoal especializado trabalhando dentro das instituições é uma vergonha como são tratadas estas questões.
Digo que se faz necessário um estudo aprofundado sobre quem são estes profissionais que hoje estão à frente principalmente das Ações Educativas e investir nestes para que tenham uma melhor preparação técnica.
07/04/2013 às 13:47 #1243Mailine BahiaMembroOlá Rafaela, como vai?
Ótima sua pergunta, vamos lá.
Pensar um museu sem pensar um Programa Educativo é inviável. Hoje educativos de museus ganham força política e econômica dentro das instituições. Não se aprova projetos na lei sem que nele haja ações educativas.
Portanto, educação em museus não é mais saber o conteúdo e fazer uma visita “guiada” com o público visitante (como acontecia comigo logo que comecei minha carreira nesse setor). O educativo está hoje num outro patamar de discussão e ação. Mas com a velha estrutura de antes: baixos salários, relação de estágios, pouco espaço físico para as ações, etc. Estão havendo mudanças, isso é claro (vejam esse blog), mas ainda sim vagarosas.
Hoje a área de educação não ocupa e não pode ocupar uma sala específica. Ocupa o museu inteiro. As ações são pensadas expandidas no espaço. Desde formação interna – com o próprio corpo de trabalho da instituição cultural (limpeza, segurança, recepção, administrativo, etc.), à ações com o entorno da instituições, à parcerias efetivas com escolas, universidades, professores, etc. Se pensarmos num centro cultural, o educativo caminha por entre as áreas artísticas.
Enfim, acredito que o Programa Educativo é, além de várias outras coisas, o cartão de visita da instituição.
Espero que tenha contribuído.
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