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  • #264
    Pnem
    Membro

    Estabelecer parcerias entre as diversas esferas do poder público e a iniciativa privada, de modo a promover ações educacionais de valorização e sustentabilidade do patrimônio cultural musealizado;

    #347
    Jorge Ramos
    Membro

    Acredito que estas parcerias são fundamentais, sobretudo para o fortalecimento e fomento da área educativa em museus e instituições afins tanto públicas quanto privadas e mistas. As parcerias do poder público com organizações da sociedade civil é muito salutar nomeadamente em, ao menos, duas vias: um maior e bem mais fundamentado conhecimento das demandas sociais na área, por parte do poder público, e assim melhor focar e estruturar suas ações; e incentivo à própria organização social setorial com vistas ao contributo para a amenização e/ou resolução de suas problemáticas de forma mais autônoma. Assim, é fundamental que o Programa pontue/sugira os parâmetros e níveis destas parcerias

    #434

    Olá, Jorge!

    Seja bem vindo e obrigada por participar do debate.

    Gostaria de apresentar algumas ideias e dados para seguirmos na discussão.

    O que estamos fazendo aqui é pensar um programa para a educação em museus.

    Podemos definir um programa como uma política que deve responder a situações imediatas e preparar o terreno para a resolução de situações a longo prazo.

    Além disso, é imprescindível que combinemos nossas propostas a uma análise profunda da realidade. Façamos isto.

    Vamos ver o que os documentos oficiais nos dizem sobre parcerias em museus?

    Lá vai:
    No ano de 2009, por exemplo, foram gastos no financiamento de ações museais cerca de 119 milhões de reais, dos quais 38% vindos do Estado e 62% provenientes da participação de empresas privadas através da Lei Rouanet, segundo os dados publicados no relatório da Política Nacional de Museus (2003-2010).

    Isso nos indica que as parcerias existem, mas é preciso pensar que tipo de ações e las promovem.
    É dever do Estado garantir a preservação, o acesso e promoção do patrimônio nacional. Porém vemos que é a iniciativa privada quem vem cumprindo o papel de fomentar isso.
    Além disso, se contextualizarmos as políticas culturais (e por conseguinte em Museus) na situação das políticas econômicas gerais, poderemos ver que é uma tendência cada vez maior a diminuição do Estado e participação de empresas na execução de políticas públicas.
    A sociedade civil é ampla, inclui tanto organizações autônomas populares como empresas (o que é também um debate teórico contemporâneo).
    Dito isso, vem a questão: qual é a parceria que queremos nos museus brasileiros?
    Qual é a sociedade civil que queremos definindo e executando as políticas públicas em museus?
    A curto prazo, portanto na duração deste programa, o que é prioridade em termos de parcerias em museus?
    Qual é o papel das redes de educadores organizadas neste processo?
     

     

    #435

    Quando pensamos em parcerias, o próprio nos faz logo pensar em relações de troca, que muitas vezes subentendem uma relação comercial.

    É desta forma que empresas vêm realizando parcerias com setores da cultura, em larga escala, o que pode levar-nos a pensar que as parcerias com empresas são, quase sempre, a única ou melhor forma de estabelecer parcerias.

    Porém, a partir das discussões da Carta de Santiago,  que incentivou a atuação de museus com comunidades (entre outras coisas é claro), cada vez mais vemos acontecendo ações em parcerias com instituições sem fins lucrativos (de vários tipos) e mesmo instituições públicas.

    Sendo assim, vemos também que a parceria entre museus e escolas públicas tem realizado importantes contribuições para o campo da educação em Museus.

    Sendo assim, como devemos pensar a parceria entre instituições públicas no campo?

    #796

    Acredito que devemos dar prioridade para parcerias entre instituições públicas, visando não somente a economia de recursos como uma melhor integração entre diferentes áreas dos erviço público voltada para formação dos profissionais e para a qualidade dos serviços oferecidos.

     

    Além disso, acredito que a discussão da sustentabilidade deve ser encarada a partir de uma obrigação do Estado em garantir recursos mínimos para a realização das atividades educativas em museus, garantindo, inclusive, sua autonomia administrativa.

    Desde modo ressalto que a sustentabilidade do patrimônio cultural musealizado aqui relatada deve dizer respeito ao respeito e preservação do meio ambiente, promovendo modos ecologicamente sustentáveis de uso de recursos, o que nos remete também a questões econômicas  como economia no uso de recursos naturais e nos materiais de consumo necessários às práticas educativas.

    Porém, em minha opinião, a sustentabilidade não pode ser encarada de modo que os museus, os seus setores educativos, tenham que correr atrás do próprio sustento, realizando ações somente mediante patrocínios, diretos ou indiretos, mediados ou não pela legislação vigente (leis de incentivo, que em minha opinião deveriam ser revistas e reelaboradas).

    #962
    REM BAHIA
    Membro

    A sociedade contemporânea tem como um dos seus principais sustentáculos as articulações em redes e/ou parcerias, sobretudo aquelas entre o Estado e a sociedade civil organizada. Estado e sociedade juntos para melhor gerir a dinâmica operacional de suas estruturas macros, sobretudo a partir das políticas públicas setorizadas e articuladas, para o “bem estar social” amplo e irrestrito. Logo, educação e cultura enquanto campos essenciais para um qualitativo desenvolvimento social, não poderiam ser preteridos.

    É nesse contexto que se apresenta a importância das parcerias entre o Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM/MINC) e alguns segmentos da sociedade civil organizada como as Redes de Educadores em Museus, sobretudo quando da construção de Programas e Políticas Públicas no âmbito da educação museal. Parcerias em momentos como este, e em muitos outros, são essenciais para que, por exemplo, o poder público tome ciência das demandas de cada setor e estas sejam atendidas em suas políticas e programas públicos. Além disso, futuras demandas poderão ser sinalizadas por atores que estão lidando cotidianamente com as questões do referido campo e que, por isso mesmo, poderão apontar caminhos para saná-las ou minimizá-las.

    Assim, no sentido de contribuirmos com mais uma frente de trabalho para o fortalecimento do Campo Museal Nacional, especificamente no âmbito socioeducacional, gostaríamos de sugerir para o PNEM formas efetivas da parceria entre o IBRAM e as Redes de Educadores em Museus (REM’s):

    · Eixo norteador: Apoio efetivo às ações socioeducativas das REM’s:

    1. Incentivo e colaboração para: seminários, oficinas, publicações acadêmicas pertinentes à área;

    2. Cessão de pessoal, inclusive arcando com os custos de passagens e hospedagens, para participarem de eventos socioeducativos de médio e grande porte;

    3. Divulgação das Redes de forma virtual e impressa;

    4. Incentivo ao surgimento de outras REM’s em locais onde ainda não existam;

    Como contrapartida a este aporte do IBRAM, as REM’s contribuem para a divulgação das ações setoriais do Governo, tanto no campo da educação quanto no da cultura – e suas interfaces -, como também colaboram na promoção das articulações entre as esferas governamentais, no que tange à prática de Programas e Projetos educativos e culturais e suas interlocuções. Além disso, essa parceria IBRAM/REM’s (e com outras formas de organização sociocultural) contribui para o fomento da participação da iniciativa privada nos processos socioeducativos museais, haja vista que muitas empresas esperam ver esse respaldo governamental nestas ações para contribuírem efetivamente em seus desenvolvimentos.

    Como se vê, é o trabalho em rede fomentando o seu próprio redimensionamento num círculo benéfico para a coletividade a partir do exercício da co-responsabilidade em que um setor não espera o outro, e sim faz sua parte.

    Grato,

    Rede de Educadores em Museus da Bahia

     

     

     

    #1258
    REM.SC
    Membro

    Prezados(as),

    A Rede de Educadores em Museus de Santa Catarina (REM/SC), desde a sua criação em 2010, tem realizado ações em parceria com instituições museológicas, espaços culturais e profissionais da Educação e dos Museus. Nossa mais recente atividade – a mesa-redonda “Museu e Educação: diálogos para a construção do Programa Nacional de Educação Museal – PNEM” (11/03) – foi realizada em parceria com o Sistema Estadual de Museus de Santa Catarina (SEM-SC) e apoio de instituições de ensino na divulgação.

    A REM/SC, nos encontros realizados desde o ano de 2010, tem refletido sobre a importância da aproximação e do diálogo entre os profissionais de museus e da educação, sendo que, durante o ano de 2012, realizou somente encontros de relatos de experiências de profissionais da educação formal e não formal e dos museus.

    Esses encontros foram muito profícuos, pois tivemos a participação de professores falando sobre suas experiências com estudantes,  de diferentes níveis de ensino, em visitas aos espaços museais, assim como  professores universitários  relatando  experiências  de disciplinas e/ou cursos ministrados por eles/as que abordam questões teóricas e práticas sobre a educação em museus, assim como  pesquisas  neste campo específico  e educadores de museus apresentando algumas ações educativas desenvolvidas nas instituições em que atuam. Assim, diante de tantas vozes nos encontros da REM/SC, percebemos a importância de os museus serem contemplados nos currículos dos cursos universitários, principalmente nos cursos de licenciatura, pois é o professor/a, na maioria das vezes, quem levará a criança, pela primeira vez, a este espaço cultural, podendo ainda futuramente atuar como educador em museu.

    Destacamos, ainda, que esta nossa percepção a partir dos encontros da REM/SC também é apontada por colegas de diferentes regiões do país neste blog do PNEM.  Diante do exposto, a REM/SC, ao navegar no blog, percebe que muitas de suas reflexões estão contempladas por meio de propostas dos  coordenadores do PNEM e de profissionais da educação e dos museus participantes desta consulta pública, assim  como das Redes de Educadores do Rio de Janeiro e da Bahia, no que se refere às questões que dizem respeito especificamente às REMs.

    Assim, a título de contribuição, seguem propostas da equipe gestora da REM/SC para o eixo Redes e Parcerias:

    -Incentivar, por meio da criação de editais, iniciativas de parcerias entre museus e instituições de ensino superior, principalmente com  cursos de licenciatura, que tenham como objetivo a formação e/ou atualização de profissionais  da educação formal e não formal  sobre as especificidades da educação em museus e destes espaços como lugares de fruição, de diálogo, de  troca de saberes sistematizados e não sistematizados e de apropriação e construção de conhecimento.

     -Fomentar redes de educadores em museus, por meio de editais que contemplem a realização de palestras, cursos, intercâmbios e publicações em parceria com  as instituições de ensino formal públicas e privadas – educação básica e superior –, assim como com instituições de educação não formal.

     -Incentivar a constituição de fóruns entre as pastas – áreas da educação e da cultura – para a aproximação, o diálogo, o reconhecimento e a promoção de políticas públicas de ações e parcerias entre os órgãos e instituições nas três esferas dos poderes públicos, a fim de promover a democratização, o acesso e a inclusão sociocultural das instituições educacionais aos museus e ao patrimônio cultural.

    Atenciosamente,

    Equipe Gestora da REM/SC

    http://www.remsc.blogspot.com

     

    #1270

    Obrigada à REM SC!!!

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