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Jorge RamosMembro
Caro Ozías,
Acredito que o maior ganho seja, exatamente, a diferença na acepção conceitual e está diretamente vinculada à concepção de educação adotada nos museus que norteia suas práticas socioeducativas. Visita “guiada”, “monitorada”, “orientada” dá uma ideia de que o visitante é um mero receptor de informações/orientações acerca do acervo e de como se comportar nos espaços expositivos. Mediação já amplia a visão educativa nessa atividade onde o visitante é ( ou deve ser) estimulado a participar ativamente da troca de conhecimentos inerente à atividade. O profissional do museu “apenas” media a visita sem ser o “único detentor” daqueles saberes, como vemos em muitos museus, infelizmente. Os acervos além das inquestionáveis simbologias impressas, tem significância diferenciada para cada visitante de acordo com seu arcabouço cultural e sua memória histórico-afetiva. A visita no “formato mediado” valoriza e amplia essa visão socioeducativa da visita que lhe é tão necessária.
Contudo, em alguns casos, acho pertinente o uso do termo “monitorado” ou “guiado”. Por exemplo em momentos de grande fluxo de visitação nos museus, quando a preocupação maior é o “ordenamento” organizacional momentâneo, sem a preocupação direta e efetiva com a produção de conhecimento naquele momento. É isso que penso.
Jorge RamosMembroNo que tange a acessibilidade social acredito ser importante que quando do planejamento das ações socioeducativas sejam contemplados – dentro da proposta aventada -, públicos com reconhecido “distanciamento” dos museus. Isto porque penso que seja fundamental o PNEM fomentar a importância de se pensar como favorecer aos diferentes públicos para que eles se identifiquem com os museus, os reconheçam e deles se apoderem. Afinal, do ponto de vista legal, estes equipamentos já são do público, resta-nos contribuir para que o seja de fato. É o museu praticando seu papel social por mais uma via, sua razão de ser: as ações socioeducativas.
Jorge RamosMembroConcordo com você Ozias. Quanto a sua pergunta, acredito que as práticas estão muito aquem das teorias e diretrizes das Políticas Públicas existentes e conhecidas pelos grupos gestores de museus e, muitas vezes, amplarmente discutidas pelo setor. Então, acho cabível uma inquietação: o PNEM poderá estabelecer ou indicar uma ferramenta legal – sobretudo a título de fiscalização -, que garanta a aplicabilidade das ações socioeducativas museais respeitando-se o que ele preconiza?
Asssim, as concepções educativas adotadas pelo Programa, acredito, devem estar amparadas nas Polítias Públicas setorias em vigor e, sempre, primando pelos princípios da democratização universal para o desenvolvimento humano. Creio que estes suportes prático-teóricos redimensionará a reverberação tanto das ações socioeducativas pautadas no PNEM quanto ele por si só.
Jorge RamosMembroAcredito que estas parcerias são fundamentais, sobretudo para o fortalecimento e fomento da área educativa em museus e instituições afins tanto públicas quanto privadas e mistas. As parcerias do poder público com organizações da sociedade civil é muito salutar nomeadamente em, ao menos, duas vias: um maior e bem mais fundamentado conhecimento das demandas sociais na área, por parte do poder público, e assim melhor focar e estruturar suas ações; e incentivo à própria organização social setorial com vistas ao contributo para a amenização e/ou resolução de suas problemáticas de forma mais autônoma. Assim, é fundamental que o Programa pontue/sugira os parâmetros e níveis destas parcerias
Jorge RamosMembroConforme foi ligeiramente colocado no GT “Ação Educativa” do V Forum, acredito ser importante o PNEM adotar/fomentar o conceito amplo de Acessibilidade Universal para que este Programa possa abarcar diferentes dimensões deste termo. Assim, estariam contempladas uma gama de realidades/situações para além dos aspectos físicos/arquitetônicos inerentes à acessibilidade, como, por exemplo, aqueles públicos que comumente são/estão mais “distantes” do consumo, produção e fruição dos bens e produtos sócio-culturais e educativos.
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