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MHCI

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    Olá, Diego!

    Obrigada pelo elogio! Esse trabalho realizado com o reisado é na zona rural da cidade de Inhuma- Piauí. As crianças entram em contato com alguns instrumentos, como por exemplo, os maracás, mas outros instrumentos mais difíceis de aprender, como a sanfona não, pois associar a prática do aprendizado das rimas e danças do reisado com os instrumentos tornaria ainda mais complexo o trabalho a ser desenvolvido, embora tornasse as aulas mais atrativas. Gostei da ideia, vou pensar na hipótese de separar dias para aulas apenas instrumentais.  As aulas são oferecidas aos sábados, no pátio da escola. Os oficineiros (mestres de cultura) recebem um incentivo em dinheiro pago pela prefeitura, mas eles repassam os conhecimentos mais pelo prazer de ensinar e preservar a tradição. Como a mestra de reisado e demais componentes do grupo moram na zona rural o trabalho é realizado na própria comunidade, visando assim, despertar o sentimento de pertencimento e o desejo de preservar a tradição. Com relação às benzedeiras o museu trabalha junto às escolas promovendo entrevistas no sentido de que  crianças e adolescentes possam entender o trabalho destas e também valorizá-las. Ainda realizamos oficinas de São Gonçalo, outra tradição cultural e religiosa de minha cidade. Esta oficina está sendo resgatada por um grupo de dança, que também é mantido pela prefeitura. Grupo de jovens moças aprendem a cantar rimas e dançar, os rapazes a tocar cuias, que são os chamados caqueiros. A sanfona entra na animação, mas ainda não são oferecidas aulas destinadas a aprendizagem desse instrumento.

    MHCI
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    Olá, Diego!

    Obrigada pelo elogio! Esse trabalho realizado com o reisado é na zona rural da cidade de Inhuma- Piauí. As crianças entram em contato com alguns instrumentos, como por exemplo, os maracás, mas outros instrumentos mais difíceis de aprender, como a sanfona não, pois associar a prática do aprendizado das rimas e danças do reisado com os instrumentos tornaria ainda mais complexo o trabalho a ser desenvolvido, embora tornasse as aulas mais atrativas. Gostei da ideia, vou pensar na hipótese de separar dias para aulas apenas instrumentais. As aulas são oferecidas aos sábados, no pátio da escola. Os oficineiros (mestres de cultura) recebem um incentivo em dinheiro pago pela prefeitura, mas eles repassam os conhecimentos mais pelo prazer de ensinar e preservar a tradição. Como a mestra de reisado e demais componentes do grupo moram na zona rural o trabalho é realizado na própria comunidade, visando assim, despertar o sentimento de pertencimento e o desejo de preservar a tradição. Com relação as benzedeiras o museu trabalha junto às escolas promovendo entrevistas no sentido de que  crianças e adolescentes possam entender o trabalho das benzedeiras e também valorizá-las. Ainda realizamos oficinas de São Gonçalo, outra tradição cultural e religiosa de minha cidade. Esta oficina está sendo resgatada por um  Grupo de dança, que também é mantido pela prefeitura. Grupos de jovens moças e rapazes aprendem a cantar rimas e dançar, os rapazes a tocar cuias, que são os chamados caqueiros. A sanfona entra na animação, mas ainda não  são oferecidas aulas destinadas a aprendizagem desse instrumento.

    MHCI
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    O museu em que estou gestora é um museu histórico e cultural e portanto procuramos  aliar a preservação da memória cultural, resgatando tradições culturais como danças de São Gonçalo e Reisado, religiosidade,como benzedeiras e etc, além da própria história da cidade que procuramos resgatar através da campanha de doação de peças antigas. É um trabalho delicado e gratificante, pois passamos a registrar modos de vida e costumes que sofreram modificações com o passar dos anos. O que pude observar é que ao oferecer oficinas de danças na localidade onde são encontradas as manifestações culturais as crianças são participativas, no entanto, estas tem dificuldade de permanecerem nas mesmas quando entram na fase da adolescência, creio eu, que este distanciamento provocado como resultado da globalização. Os interesses da própria fase aliados as novas tecnologias do mundo moderno tiram o foco da permanência na tradição. A questão também da valorização das tradições culturais pela sociedade sofre os efeitos da globalização, as pessoas mais velhas são ainda as que mais se mostram interessadas, sendo que nem todas mantem o interesse de preservar as manifestações culturais. Sendo uma questão de procurar reeducar a sociedade para o sentimento de valorização e pertencimento através de palestras, fóruns, visitas guiadas abertas ao público em geral. Acredito que esta seja a realidade de muitos museus brasileiros.

    MHCI
    Membro

    Concordo com a Alessandra, um meio de qualificar os profissionais que trabalham  principalmente na coordenação dos museus é a graduação pela Educação à Distância e como ideia complementar seria interessante também cursos de extensão online. Como coordenadora de um museu sinto falta de uma capacitação para desenvolver meu  trabalho, sendo que sempre procuro profissionais formados na área museológica para capacitar a mim e a minha equipe para que tenhamos condições de desenvolver certos trabalhos,como por exemplo, a catalogação e inventário das peças do museu, dentre outros.

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