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Rafaela LimaMembro
Bom dia, pessoal!
O que me preocupa é justamente isso, Camila: não temos profissionais (na verdadeira acepção da palavra) em educação museal e quando conseguimos formá-los, para onde os mandamos?
Na época em que trabalhei como educadora em museus lá em Recife, primeiro como estagiária e depois como coordenadora, via as mesmas pessoas circularem entre as instituições culturais. Até hoje, conheço as pessoas que estão nos museus de lá como estagiários e como coordenadores desses setores.
Pessoalmente, vi isso acontecer porque realmente não se sabia quem eram as pessoas com formação e perfil adequados para essa função e, uma vez que eram treinados e formados pelos cursos oferecidos nas instituições, passavem a trabalhar quase que em esquema “rotativo”: completavam o tempo (2 anos) em um museu e iam pra outro onde também conheciam essa pessoa; completados mais 2 anos, voltava àquela primeira instituição… E depois de formados, passavam pelo processo seletivo para as coordenações. Como eram “figurinhas” conhecidas, de trabalho reconhecidamente bom na área, eram selecionados. Eu mesma fui um desses casos: comecei como estagiária no IAC, fui como voluntária para o Murillo La Greca (atuando ao mesmo tempo como coordenadora e mediadora), depois fui pro MAMAM como coordenadora.
Saí de Recife há 5 anos e conheço praticamente todo mundo que está nas coordenações das instituições culturais de maior vulto de lá… e são justamente aqueles que eram estagiários na época em que eu era coordenadora. É quase um ciclo.
Se isso é ruim? Não sei… acho que é bom do ponto de vista da formaão e do aproveitamento dessa formação. Mas e os novos profissionais que chegam ao mercado? Quando terão oportunidade de terem também essa formação e esse “braço” do campo de trabalho para atuarem?
É uma faca de dois gumes e merece reflexão.
Rafaela LimaMembroOlá, Odinelha e Sonia!
Compartilho do mesmo sentimento e pensamento que vocês. Concordo que essas ferramentas têm mudado nossa visão de mundo e a forma como interagimos com ele e com os outros. É nesse sentido mesmo que os museus devem investir para incrementar seus canais de diálogo e troca com o público.
Mas, trazendo essa discussão para o nosso tema, qual a relação que vocês vêem entre o uso da internet e das ferramentas que ela nos dispõe com a formação do profissional de educação museal e a sua prática profissional? De que maneira isso pode impactar na prática e na formação desse profissional especificamente? Pensando nisso, imagino que uma das possibilidades seria que o educador em museus tivesse conhecimentos em desenvolvimento de softwares para que trabalhasse especificamente com o intuito de desenvolver ferramentas educativas para os sites dos museus/exposições em que trabalham. Entendi certo?
Mais uma vez agradeço a participação de vocês e ficaremos aguardando as respostas para continuarmos nossa conversa que está ótima!
Rafaela LimaMembroOlá, Odinelha e Sonia!
Compartilho do mesmo sentimento e pensamento que vocês. Concordo que deveria haver uma parceria muito mais estruturada e definida com as Prefeituras, via Secretarias de Educação. Se esse trabalho fosse mais coeso, com certeza teríamos não só mais visitação, mas estas seria muito mais articuladas com o currículo das escolas e interessantes do ponto de vista dos alunos: uma visita que dialoga com a vida deles, com o que estão estudando e que desperte a curiosidade é sempre mais profícua do que aquela feita sob insistência ou por “obrigação” (quando é colocado para uma escola a obrigatoriedade de pelo menos 1 visita por ano a um museu… já vi isso acontecer em alguns lugares).
Mas, trazendo essa discussão para o nosso tema principal (o assunto fórum: profissionais de educação museal), qual a relação que vocês vêem entre o envolvimento das escolas de 1º grau com a formação do profissional de educação museal e a sua prática profissional? De que maneira isso pode impactar na prática e na formação desse profissional?
Mais uma vez agradeço a participação de vocês e ficaremos aguardando as respostas para continuarmos nossa conversa que está ótima! 🙂
Rafaela LimaMembroOlá, Isaura, bom vinda ao debate!
Acho que o problema da formação dos educadores foi muito bem colocado pela sua experiência pessoal. Realmente hoje os estagiários não são estagiários na verdadeira acepção da palavra… eles não desempenham o papel de quem está aprendendo e crescendo profissionalmente enquanto não adquirem sua formação mínima (graduação).
Mas no seu caso e também no caso de tantos outros museus, a saída seria a realização de cursos de formação no próprio local. A vantagem é que esse tipo de oferta satisfaz muito mais as necessidades do espaço do que uma graduação com habilitação específica ou coisa do tipo. Se todos os seus estagiários ou funcionários ligados ao educativo fossem da Pedagogia, ainda assim o trabalho seria deficiente em outras áreas. A visão multidisciplinar do ponto de vista da formação desses profissionais é aessencial, mas o espaço e a sensibilidade de quem os gere e de quem trabalha com o público neles é que será o fiel da balança dos serviços educativos. Porque naquilo que a formação acadêmica “falhou”, o espaço suprirá com a prática (experiência in loco) e com cursos específicos sobre temas, dificuldades e particularidades da própria instituição.
Vocês concordam?
Rafaela LimaMembroOi, Fernanda! Que bom ter suas pontuações no nosso debate mais uma vez.
Em relação ao que você colocou no penúltimo post, gostaria de enfatizar que nossas propostas são direcionadas mais especificamente para o setor público de cultura mesmo. Nossa ideia é que isso reverbere nas instituições particulares, isso se nos entendermos (pensando esse “nós” como o PNEM) como parâmetro para o todo das instituições que ofereçam serviços educativos. Mas nosso foco são as instituições públicas mesmo.
Em relação ao segundo ponto desse mesmo post, gostaria de deixar claro que mais uma vez concordamos. Essas verbas “extras” (lojinhas, aluguel de espaços, etc) seriam direcionadas para os extras. Uma instituição pública, por princípio, deve ser mantida e gerida com verba pública. Seria contraditório querermos algo diferente. Mas, concordando com Girlene, esses extras no orçamento são um impulso a mais para desenvolvimento de algumas iniciativas. E por isso mesmo devemos ter cuidado para que o Estado, enquanto financiador das instituições públicas, não se sinta liberado de sua obrigação enquanto financiador. Nesse sentido, faço minhas as suas palavras: que tudo que diz respeito a garantia do seu funcionamento venha de fontes públicas.
Obrigada por mais essa ótima contribuição para nosso debate… vamos construindo esse documento juntos! Só assim será possível alcançarmos um denominador comum para o campo da educação em museus.
Abraço!
Rafaela LimaMembroOlá, Cláudia!
Obrigada pela sua contribuição no nosso blog. Realmente o uso adequado da internet e das ferramentas que ela nos possibilita é imprescindível para que não apenas os museus mas nós mesmos estejamos em sintonia e de acordo com o mundo contemporâneo.
Nós educadores temos que estar ligados nessas possibilidades e devemos procurar usá-las a nosso favor. Por isso agradeço a sua contribuição.
Tenho muitas outras questões a discutir sobre esse assunto, mas acho que ela seria melhor desenvolvida no fórum “Acessibilidade“, pois há dois tópicos aos quais liguei diretamente esse assunto, os tópicos acessibilidade social e física e democratização do acesso. Acho que o uso adequado da internet nas instituições culturais passam muito por esse aspecto da acessibilidade. Pois muito se fala no público com necessidades especiais (físicas), mas me preocupam também as necessidades cognitivas e sociais… Image: quando não nos é permitido pela condição financeira ir a algum museu, que o site nos possibilite experiências tão ricas quanto a visita física ao espaço do museu.
Enfim, é uma sugestão. 🙂 Mas óbvio que o bom é debatermos essas questões, por isso, sinta-se também convidada a contribuir nos tópicos que já temos por aqui, além do fórum Acessibilidade que falei.
Abraço!
Rafaela LimaMembroOlá, Danielle, bom vinda ao debate!
Concordo quando você fala da mudança nos currículos dos cursos universitários como uma coisa complicada. Também completo dizendo que isso seria uma ação um tanto desarticulada, vendo possibilidades para cada curso separadamente. Também concordando com você, acho que o caminho mais profícuo seria mesmo o da criação de cursos de extensão, especialização no tema.
Tanto as universidades quanto as próprias instituições culturais podem oferecer esses cursos, direcionando a aplicação para seu contexto específico quando fosse o caso. Realmente há uma linguagem comum aos diferentes ambientes e às diferentes propostas de cada museu, e é justamente essa linguagem que deveria estar presente na formação desses educadores que, de formações heterogêneas, dialogariam nesse ponto em comum.
Também vejo as REMs (Redes de Educadores em Museus) como uma saída para a oferta dessa qualificação direcionada aos diferentes ambientes, mas as Redes estão desinstrumentalizadas. Eu mesma faço parte do Conselho Gestor da REMIC-DF (Rede de Educadores em Museus e Instituições Culturais do DF) e, por não termos suporte orçamentário e/ou institucional, nossas atividades minguaram ao ponto de nas últimas reuniões – faz tempo que não realizamos outras – tivemos um público ínfimo, de 3 a 5 pessoas. E o detalhe é que não vemos as pessoas querendo continuar esse trabalho.
Talvez essas discussões nos ajudem a, articuladamente, propormos soluções capazes de agregar as pessoas e estimulá-las a participarem de maneira efetiva dessas empreitadas que surgiram e devem continuar surgindo, porque o campo não para (o que comprova a necessidade de iniciativas no setor).
Mais uma vez obrigada pela sua participação! Transmita aos seus pares nosso convite para que eles também venham participar conosco dessa construção coletiva.
Abraços!
Rafaela LimaMembroObrigada, Girlene, pela sua sugestão! Já vou incluir no arquivo.
Abraço!
Rafaela LimaMembroBom dia, pessoal!
Até agora, extraí algumas proposições do nosso tópico “Promoção da abrangência do campo profissional da Educação Museal” para composição do Programa Nacional de Educação Museal (PNEM) que seguem abaixo.
Peço que vocês não só avaliem o que listei, mas também pensem em outros aspectos e proposições ainda não mencionados, mas que têm relação com esse tópico.
Abraços!
Incentivar as universidades que disponham de cursos de Licenciatura, Museologia e Artes (Teatro, Música, Dança, Visuais) a apresentarem os museus como área de trabalho e espaço pedagógico – museu sob uma perspectiva educativa e educadora.
LEGITIMAÇÃO DO CAMPO NO ÂMBITO DAS UNIVERSIDADES: abertura de um campo específico de pesquisa; articulação com a extensão universitária e com a docência; comunicação científica na área; criação de pós-graduação em Educação Museal; museus e demais instituições culturais como possibilidade de espaços para cumprimento de estágio obrigatório (estágio supervisionado) – articulação institucional UNIVERSIDADES X INSTITUIÇÕES CULTURAIS.
Regulamentação da profissão dos educadores em museus, discutindo o campo de formação e atribuições dentro das instituições.
Conhecer o perfil dos educadores em museus e, a partir disso, propor uma formação específica que a atuação em Educação em Museus requer.
Instituir capacitações com encontros e troca de experiências entre as instituições para enriquecimento das práticas de Educação Museal (articulação com as REMs), promovendo a formação de equipes multi e interdisciplinares.
Rafaela LimaMembroBom dia, pessoal!
Até agora, extraí algumas proposições do nosso tópico “Financiamentomento do Educador de Museus” para composição do Programa Nacional de Educação Museal (PNEM) que seguem abaixo.
Peço que vocês não só avaliem o que listei, mas também pensem em outros aspectos e proposições ainda não mencionados, mas que têm relação com esse tópico.
Abraços!
Garantir a sustentabilidade econômica da instituição (AUTONOMIA FINANCEIRA) por meio da estruturação do planejamento estratégico orientado pelo Plano Museológico para consequente garantia da destinação de recursos necessários à estruturação e ao funcionamento do educativo.
Participação de coordenador dessa área nas reuniões de planejamento estratégico da instituição para inserção das demandas dos setores educativos nas demandas maiores dos museus – setor educativo deve ter voz e vez nas questões concernentes a esse planejamento.
Permissão para desenvolvimento e exploração comercial de produtos nos museus (inclusive públicos) e usufruto da renda por eles gerada.
Instituir pesquisa diagnóstica para levantamento da demanda orçamentária mínima para sustentação e efetivação das ações e atribuições do setor educativo.
Estabelecimento de um planejamento estratégico para o setor, construído com os educadores e gestores da instituição.
Criação de cargos no quadro fixo das instituições para o setor educativo (permanência e vinculação do educador como funcionário da instituição) – inclusão no organograma.
Elaboração de projetos por parte do setor educativo de maneira a legitimar esse setor dentro da instituição.
Investimento institucional na formação desses profissionais (custeio de cursos de extensão, participação em eventos científicos, criação de grupos de estudo de assuntos circunscritos ao âmbito de atuação e às experiências do setor dentro das instituições).
Rafaela LimaMembroConcordo plenamente com você, Moisés. Ter um educador no museu apenas significa que no quadro de funcionários a instituição conta com um educador… e só! Estamos juntos no entendimento de que esse profissional é a “cara” do museu, é ele quem comunica o que o museu é e o que ele tem. Por isso sua importância fundamental, da qual não podemos prescindir no dia a dia de uma instituição.
Para mim, ter um setor, coordenação, departamento, área educaional dentro do museu significa ter um aporte orçamentário, ter um espaço onde esse setor possa se instalar e desenvolver suas ações e atribuições, significa que o coordenador dessa área irá participar das reuniões de planejamento estratégico da instituição, significa que esse setor será devidamente ouvido (ter voz e vez) nas questões concernentes a esse planejamento. Significa, portanto, EXISTIR institucionalmente: compor o quadro fixo de funcionários (não apenas um, mas uma equipe) e desfrutar de todas as implicações advindas disso.
Complicado é, mas não é impossível. Acho que o principal caminho que podemos tomar é o do planejamento e proposição de projetos, fazendo com que esse planejamento/projeto ande e se desenvolva, não se deixando abater nem parar pela falta de financiamento ou de pessoal… não é fazer das tripas coração. Faz-se o que se pode com o que se tem, mas é imprescindível fazer alguma coisa. Digo isso porque muita gente fica estagnada, não faz absolutamente nada se justificando no fato de não ter dinheiro, espaço ou profissioanais para o setor. Sei que é possível fazer alguma coisa. O importante é mostrar o que foi feito e o que poderia ser melhorado caso essa coordenação tivesse tudo que lhe falta (dinheiro, espaço, pessoal). É como quem diz: “se fizemos tudo isso com nada, imagine o que faríamos se tivéssemos alguma coisa?”
Vamos que vamos que esse debate fica cada vez melhor com a participação de vocês! 🙂
Rafaela LimaMembroBom dia, pessoal!
Até agora, extraí algumas proposições para composição do Programa Nacional de Educação Museal (PNEM) do nosso tópico “Fortalecimento do Educador de Museus” que seguem abaixo.
Peço que vocês não só avaliem o que listei, mas também pensem em outros aspectos e proposições ainda não mencionados, mas que têm relação com esse tópico.
Abraços!
Incentivar as universidades que disponham de cursos de Licenciatura nas diversas áreas, cursos de Museologia e cursos de Artes (Teatro, Música, Dança, Visuais) a apresentarem os museus como área de trabalho e espaço pedagógico – museu sob uma perspectiva educativa e educadora.
LEGITIMAÇÃO DO CAMPO NO ÂMBITO DAS UNIVERSIDADES: abertura de um campo específico de pesquisa; articulação com a extensão universitária e com a docência; comunicação científica na área; criação de pós-graduação em Educação Museal; museus e demais instituições culturais como possibilidade de espaços para cumprimento de estágio obrigatório (estágio supervisionado) – articulação institucional UNIVERSIDADES X INSTITUIÇÕES CULTURAIS.
Regulamentação da profissão dos educadores em museus, discutindo o campo de formação e atribuições dentro das instituições.
Conhecer o perfil dos educadores em museus e, a partir disso, propor uma formação específica que a atuação em Educação Museal requer.
Instituir capacitações com encontros e troca de experiências entre as instituições para enriquecimento das práticas de Educação Museal (articulação com as REMs).
Investimento institucional na formação desses profissionais (custeio de cursos de extensão, participação em eventos científicos, criação de grupos de estudo de assuntos circunscritos ao âmbito de atuação e às experiências do setor dentro das instituições).
Criação de cargos no quadro fixo das instituições para o setor educativo (permanência e vinculação do educador como funcionário da instituição) – inclusão no organograma.
Garantir a presença de profissionais formados na equipe pedagógica da instituição, além dos estagiários.
- Esta resposta foi modificada 11 anos, 10 meses atrás por Rafaela Lima.
- Esta resposta foi modificada 11 anos, 10 meses atrás por Rafaela Lima.
Rafaela LimaMembroOi, pessoal!
Espero que o final do ano dos participantes deste tópico tenha sido empolgante e instigador, nos provocando a ousarmos mais em 2013 e, assim, realizarmos ainda mais coisas!
Para iniciar 2013, gostaria de relançar as perguntas feitas até agora. Elas estão todas em negrito e fácis de visualizar. Para saber de onde ou por que elas surgiram, é só dar uma lida despretenciosa nos posts que fiz, pois eles de certa forma resumem os comentários colocados até agora. Então, vamos a elas?
Quais os caminhos pelos quais seremos levados a sério e como faremos para receber o devido financiamento?
Começo dizendo que minha resposta é o planejamento. Com planejamento bem feito podemos fazer/consquistar muita coisa (além de respeito).
Acredito que toda mudança, estruturação e consolidação (inclusive financeira) de qualquer setor dentro de um museu e dos próprios museus só acontecem quando há um planejamento bem estruturado que convença e que traga confiança dos financiadores, confiança de que o setor/museu irá aplicar bem os recurso e apresentará resultados que redundem em outras boas e profícuas iniciativas. Esses resultados só serão obtidos se tivermos muito claras nossas atribuições como educadores em museus e, a partir delas, traçarmos nosso planejamento muito detalhadamente, com o comprisso sério de cumpri-lo (também não adiantaria planejar e dizer que “não deu certo”, vá até o fim, cumpra aquilo com o que você se comprometeu). Só assim os financiadores e gestores poderão se certificar de que aquela verba será realmente usada e “bem” usada. Se mostrarmos para essas pessoas como queremos usar o dinheiro (planejamento) e nos reportarmos novamente a elas ao final de cada ano mostrando o que foi realizado, o que falta usar e como será usado, bem como evidenciar os resultados já obtidos, estarmeos fazendo um sólido trabalho de convencimento. É o que fazemos quando nos inscrevemos em editais.
Lanço assim não uma pergunta, mas um pedido: gostaria que vocês listassem em forma de tópicos quais as atitudes ou caminhos que garantem financiamento/orçamento para seu setor educativo. Caso você não pertença a um setor educativo, se imagine fazendo parte de um ou sendo um financiador… o que você entende como atitude ou caminho que garanta financiamento para o seu setor ou lhe convença a financiar algum setor educativo?
Convido você a responderem a essas perguntas e os incentivo a chamarem outros amigos e colegas profissionais da área para participarem do debate. Quanto mais opiniões e pontos de vista melhor!
Inté!
Rafaela LimaMembroOi, pessoal!
Espero que o final do ano dos participantes deste tópico tenha sido empolgante e instigador, nos provocando a ousarmos mais em 2013 e, assim, realizarmos ainda mais coisas!
Para iniciar 2013, gostaria de relançar as perguntas feitas até agora. Elas estão todas em negrito e fácis de visualizar. Para saber de onde ou por que elas surgiram, é só dar uma lida despretenciosa nos posts que fiz, pois eles de certa forma resumem os comentários colocados até agora. Então, vamos a elas?
O enunciado deste tópico fala que devemos “Garantir a presença (…) na estrutura organizacional do museu” e não apenas no seu espaço físico. Mas se apenas ter esse educador no museu não caracteriza a existência de um setor educativo, então o que caracteriza?
Para mim, o que caracteriza a existência de um setor educativo é, como o próprio enunciado diz, fazer parte da estrutura organizacional da instituição à qual pertence (e, assim, ter orçamento, espaço e pessoal) e ter infraestrutura (física, financeira e de RH) para execução de seus projetos. Se assim ele existe, então o que um setor executivo deve fazer para não só existir, mas se fazer realmente presente?
Na minha opinião, ele deve desenvolver projetos, pensando que a Educação Museal não se restringe à elaboração de propostas de mediação para as exposições, mas são ações articuladas com as comunidades onde se inserem, são cursos, são o desenvolvimento de grupos de estudo, são atividades culturais as mais diversas… A partir dos projeto é possível pensar em quais são as atribuições dos educadores que estariam compondo esse setor e em qual estrutura física seria necessária (espaço, materiais e mobiliário) para efetivamente implementá-lo.
Seria interessante contar com a participação de educadores desde a criação da instituição para que tragam intervenções, aspectos, características e necessidades próprias da Educação Museal que se fazem presentes em toda a estrutura dos museus e instituições culturais. Como isso é muito raro, quais as saídas possíveis para garantir o funcionamento dos setores educativos?
Convido a todos para responderem a essas perguntas, assim como aos amigos e colegas profissionais da área para participarem do debate. Quanto mais opiniões e pontos de vista melhor!
Inté!
Rafaela LimaMembroOi, Camila!
Espero que o seu final do ano e dos outros participantes deste tópico tenha sido empolgante e instigador, nos provocando a ousarmos mais em 2013 e, assim, realizarmos ainda mais coisas!
Quanto ao nosso debate, muito obrigada pelo seu depoimento, ele foi muito pertinente e nos dará subsídio para continuarmos a conversa.
Como fiz questão de mencionar, o enunciado deste tópico fala precisamente da necessidade de assegurar ao educador museal seu lugar mediante seu fortalecimento, para que assim ele cumpra suas atribuições dentro do seu âmbito específico de atuação.
Acho que isso ainda não vem sendo cumprido na maioria do lugares porque esse profissinal, o educador museal, ainda não tem claro qual é seu papel, quais são suas atribuições e âmbito de atuação. Digo isso porque muitas atividades dentro dos museus podem ser consideradas educativas/educadoras, mas quais são realmente concernentes ao educativo e, portanto, ao educador museal?
No tempo em que trabalhei como educadora e coordenadora de educativos, esses limites foram dados não pelo campo ou pelas instituições, mas foram sendo construídos. Se hoje há algo já consolidado no mercado para o perfil e atuação desses profissionais, foi porque alguns perceberam que não bastava estar no museu e ter uma sala ou “título” de educativo.
Nesse sentido, para mim fica ainda mais clara a relaçlão entre as discussões dos 4 tópicos deste fórum, tanto que tomo a liberdade de trazer algo que disse em outro lugar, mas que se aplica ao nosso tópico aqui:
Trazendo uma situação (depoimento) pessoal, digo para vocês que para eu me tornado uma educadora museal, precisei entender o que é educação e o que é museu. Depois foi preciso entender a relação existente entre esses dois conceitos. E vejam que até agora eu só falei em conceitos e não em contextos (lugares/espaços). Uma vez que eu tenha isso entendido e internalizado enquanto profissional, posso direcionar minha atuação para o espaço em que quero trabalhar ou que eu já esteja trabalhando. Digo isso porque os museus têm várias tipologias, acervos, público alvo… Eles se diferenciam entre si por meio dessas características, assim como seus profissionais também devem se diferenciar tendo isso em vista. Este é o “contexto” ao qual me referi e é ele que deve ser usado para aplicação da relação museu-educação/educação-museu.
Pensando nisso tudo e no que faz parte da nossa discussão sobre âmbito de atuação e atribuições desses profissionais, vocês poderiam listar essas atribuições e dizer qual o âmbito de atuação do educador museal?
Para responder a essa pergunta, tentem partir das perguntas e comentários já feitos aqui neste tópico e naquilo que falei no parágrafo anterior: a base da Educação Museal são os conceitos de educação e de museu e a relação entre eles praticada dentro de um determinado contexto (espaço/lugar). Usem também as experiências pessoais de vocês… busquem identificar qual a prática que já está consolidada na área em relação aos aspectos básicos do nosso debate (âmbito de atuação e atribuições).
Aguardo as postagens!
Convidem os amigos e colegas profissionais da área para o debate. Quanto mais opiniões e pontos de vista melhor!
Abraços!
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