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Despedida

“Helena Quadros, uma pedagoga, uma pessoa que alegra muito onde chega, em qualquer lugar, ela dançando com a mão pra cima, inspirou.”

Esse é um excerto do depoimento do conselheiro José Maria, ao relatar sua motivação para a composição de uma música para o Ponto de Memória Terra Firme, no Pará. Reflete a percepção de muitos que conheceram pessoalmente a educadora.
Helena foi funcionária do Museu Paraense Emílio Goeldi – MPEG e coordenou o projeto “O Museu leva educação em ciência à comunidade”, criado em 1985, quando da instalação do Campus de Pesquisa do MPEG. Este projeto possibilitou que Helena conhecesse e se aproximasse de algumas lideranças comunitárias do bairro da Terra Firme. Em 2009, os técnicos do Ibram, viram na Terra Firme o potencial para fazer parte do programa Pontos de Memória. Com uma visão sistêmica, sempre enfatizou a relação que há entre o Museu, a Terra Firme e o Ponto de Memória.

Sempre ativa na construção das políticas, reflexões e ações empreendidas no setor museal, aportou contribuições preciosas para o processo de elaboração da Política Nacional de Educação Museal e para a sua implementação, em curso. Inspirou, em sua longa trajetória, museólogos, educadores, trabalhadores diversos do campo da cultura e estudantes que a veem como a referência luminosa para o campo museológico brasileiro que seguirá sendo.


Uma vez, me aproximando,
De um batuque, em Marajó,
Fui logo me apaixonando, 
Era dança, Carimbó.
Vi um bailado diferente,
E muita gente bonita,
Que abre os braços, ginga
E sorri quando se agita.
Ouvi a maraca indígena,
E o atabaque africano,
Vi um passo português,
Era o meu Pará dançando.
Eu jamais me sinto só,
Me velo lá, dançando, 
Na roda de Carimbó. 

Autor desconhecido

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