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Fernanda CastroMembro
Obrigada à REM SC!!!
Fernanda CastroMembroOlá, Fernanda!
O Ensino Médio está contemplado na proposta de parceria com a Educação Básica, que engloba a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio, de acordo com a LDB.
Ficou de fora deste topico o Ensino Profissionalizante, poderíamos pensar uma proposta de tópico específico, o que acham?
Acredito que sua ideia estaria contemplada!
Fernanda CastroMembroOlá!
Eu, particularmente, acredito que haja futuro para a cultura, mas não sem luta, não sem disputa. É preciso lutar pra garantir que a cultura continue sendo um direito e não uma mercadoria de consumo, que as atividades culturais não sejam confundidas, propositadamente, com atividades de entretenimento, exclusivamente.
Este programa, e mais que ele, uma política, é um passo importante para isso.
Aqui temos discussões que garantiriam, or exemplo, o que está colocado como preocupação neste tópico.
Temos hoje mais de 3 mil museus no Brasil e nenhuma obrigatoriedade de que neles haja setores educativos. Não há espaço para eles nos organogramas das instituições.
A profissão não é regulamentada.
A formação não é garantida.
Mas tudo isso está apontado na construção do PNEM. E as propostas estão surgindo.
Qual seria a sua?
Fernanda CastroMembroIsla, pra dialogar com você, gostaria de fazer uma reflexão sobre os focos trabalhados na educação patrimonial e na museal e suas especificidades. Concordo que há mais semelhanças do que diferenças, mas as diferenças são muito importantes. Na educação museal, por exemplo, boa parte das vezes o foco está no estudo, fruição e comunicação dos objetos, ou mesmo dos fazeres, saberes, mas sob uma perspectiva diferenciada da abordagem do patrimônio. E é um objeto, que está dentro de um museu (que é também patrimônio), de uma instituição que tem fins próprios e metodologias próprias de abordagem educativa. No Brasil a noção de patrimônio se desenvolveu por muito tempo levando em consideração prioritariamente o patrimônio arquitetônico. É recente a noção e valorização de outras formas de patrimônio. Por isso é necessária a diferenciação. Mas de forma geral, sim, as coisas são muito próximas.
02/04/2013 às 19:48 em resposta a: Ações Colaborativas entr Escolas e Museus no contexto da formação de professores #1169Fernanda CastroMembroOlá, Monteiro!
Obrigada por sua participação.
Lendo sua sugestão fiquei com algumas dúvidas.
Que tipo de ações você sugeriria como possíveis parcerias entre museus e escolas para a formação de professores?
No Museu da Chácara do Céu, onde trabalho, realizamos encontros com professores, palestras, temos material impresso específico para este grupo profissional, debatendo justamente as questões aqui levantadas.
Também temos vagas para estágios e recebemos alunos de cursos de licenciatura.
Temos convênios com universidades e escolas técnicas para estágios curriculares.
Também sei que estas ações, entre outras, como cursos, seminários, etc., também ocorrem em diversos museus.
Que outras ações poderiam ser sugeridas?
Seria essa mesmo a ideia deste tópico? Sugerir que ações deste tipo sejam investigadas?
Fernanda CastroMembroOlá, Diniz!
Obrigada pela participação!
Esse tópico é exclusivo para o debate sobre a educação básica, pois há outro que dita sobre as parcerias entre instituições de ensino e cultura, que trata das universidades.
Em breve lançaremos a proposta de tópico sobre parcerias com demais instituições.
Fernanda CastroMembroOlá, Gabriel!
Obrigada por trazer sua experiência.
Eu já tinha ouvido falar sim, inclusive me inspirei em São Paulo ao propor a ideia de que Museus, centros culturais e secretarias façam parcerias para que a escola tenha pelo menos um ônibus por turma para visitar estar instituições.
Você poderia explicar mais detalhadamente como é o programa? o que mais ele envolve?
Fernanda CastroMembroPerfeito, Valéria!
sendo assim,incluo para a sistematização:
Promover parcerias com secretarias de transporte, secretarias de educação e turismo, além de instituições públicas e privadas para oferecimento de transporte e lanche para turmas visitantes dos museus, com a finalidade de garantir a visitação de escolas públicas e grupos que têm dificuldades de acesso e permanência no museu.
e:
promoção de ações educativas planejadas em parceria com as instituições/ grupos demandantes, com a finalidade de diversificar as opções de visita/ atividades oferecidas, adaptando-as às necessidades e anseios dos diferentes grupos, com o fim de ressignificar o olhar destes visitantes sobre os museus e demais instituições culturais, mostrando-os como espaços dinâmicos e de múltiplas possibilidades.
o que vocês acham?
Fernanda CastroMembrorealizar parcerias com secretarias municipais de educação, estabelecendo programas de transporte para escolas visitarem museus, ampliando o número de visitas já existentes e garantindo que cada turma das escolas conheça pelo menos um museu durante o ano letivo!
Fernanda CastroMembroPrezados Articuladores,
Suas contribuições ao debate têm trazido experiências, preocupações e sugestões de prática muito importantes.
Estamos na reta final do PNEM, precisando agora colocar todo nosso debate em propostas de diretrizes, ações e metas.
Do debate entendi que devemos:
promover parcerias com instituições universitárias para incluir na formação profissional de educadores/ professores conhecimentos de teorias, conteúdos e práticas de educação em museus.
promover parcerias com instituições de pesquisa e cultura para realizar levantamentos de dados, análises de ações e projetos, inventários de memória, etc.
introduzir no currículo escolar, em diferentes disciplinas a experiência com o museu e seu diferentes acervos e espaços como parte fundamental da formação escolar. Neste caso, essas experiências deveriam também servir para articular a escola com movimentos, ou grupos que pretendessem criar museus e centros culturais? Poderiam as próprias escolas criarem museus escolares ou centros de memória? Esta formação/ parceria serviria também para isso? As cidades sem museus poderiam estabelecer parcerias com museus de cidades de fora?
realizar parcerias com secretarias de educação para inserir o museu na realidade da formação escolar.
O que mas essas parcerias podem produzir?
Sob quais conceitos principais deveriam ser pensadas?
Fernanda CastroMembroOlá, Cintya, Valéria e demais!
Acredito que devemos considerar as parcerias com Universidades, que são instituições de pesquisa, como uma importante ferramenta de divulgação da profissão de educação em museus, de suas práticas e metodologias próprias, das possibilidades profissionais e da função social que ocupa na atualidade.
Além disso, essas parcerias, assim como as parcerias com demais instituições de pesquisa e cultura, podem e devem ser espaços de formação profissional.
Concluímos então que a formação é uma das funções das parcerias com estas instituições.
Vimos com as contribuições do Flávio, Pedro que também a pesquisa em si é uma das funções destas parcerias, como por exemplo ocorreu no Observatório de Museus e Centros Culturais, uma parceria entre IPHAN, MAST, Fundação Oswaldo Cruz e Escola Nacional de Ciências Estatísticas.
Minha proposta agora é: vamos tentar sistematizar nosso debate em forma de ações e metas para o PNEM?
Além da formação profissional e da pesquisa, quais outras funções estas parcerias poderiam cumprir?
Sobre a função da formação, elas deveriam integrar-se à extensão universitária para levar seus frutos À população de forma mais direta?
Fernanda CastroMembroOlá, Gislaine.
Permita-me discordar de você.
Estou fazendo mestrado em educação com o tema de políticas públicas de educação em museus.
Em minha pesquisa fiz um levantamento de produções acadêmicas com o tema de educação em museus e achei algo perto de 200 teses e dissertações. Isso fazendo uma busca no banco de teses da CAPES.
Acho que o que falta são fóruns de divulgação desse trabalho, que sejam articulados com as instituições museais.
Fernanda CastroMembroExpandir as ações educativas para os espaços comunitários (bairros, comunidades e arredores), reconhecendo territórios e práticas cotidianas; explorando os bairros e suas histórias, inventariando objetos e práticas que ajudem a compreender e difundir a memória local;
Olá, Diego!
Faço essa proposta baseada na experiência de dois projetos desenvolvidos aqui no Rio, no Museu da Chácara do Céu, em Santa Teresa, um dos bairros mais favelizados do município.
Desenvolvemos no último ano o Projeto Letrarte, uma parceria com uma escola municipal, recebendo turmas de alunos que vivem nas comunidades do bairro uma vez por semana para visitas, oficinas, etc.
Com eles também fizemos uma visita do Projeto Circuitos de Santa, que realiza visitas mediadas ao bairro, em diferentes opções de circuitos, tratando de temas históricos, turísticos e culturais.
Foi uma experiência muito legal levar essas crianças ao conhecimento das histórias de seu bairro num contexto de apropriação do patrimônio local e sua integração com o museu.
O museus abriu suas portas para a comunidade e com ela ultrapassou seus muros, chegando às ruas, ao bairro.
temos relatos e imagens dessas experiências em nosso blog:
Fernanda CastroMembroAcredito que devemos dar prioridade para parcerias entre instituições públicas, visando não somente a economia de recursos como uma melhor integração entre diferentes áreas dos erviço público voltada para formação dos profissionais e para a qualidade dos serviços oferecidos.
Além disso, acredito que a discussão da sustentabilidade deve ser encarada a partir de uma obrigação do Estado em garantir recursos mínimos para a realização das atividades educativas em museus, garantindo, inclusive, sua autonomia administrativa.
Desde modo ressalto que a sustentabilidade do patrimônio cultural musealizado aqui relatada deve dizer respeito ao respeito e preservação do meio ambiente, promovendo modos ecologicamente sustentáveis de uso de recursos, o que nos remete também a questões econômicas como economia no uso de recursos naturais e nos materiais de consumo necessários às práticas educativas.
Porém, em minha opinião, a sustentabilidade não pode ser encarada de modo que os museus, os seus setores educativos, tenham que correr atrás do próprio sustento, realizando ações somente mediante patrocínios, diretos ou indiretos, mediados ou não pela legislação vigente (leis de incentivo, que em minha opinião deveriam ser revistas e reelaboradas).
Fernanda CastroMembroTe respondendo, Girlene, e a todos, depois de muito tempo, sobre os seus questionamentos a seguir, aí vai:
“1- Quando você diz que o Estado deve garantir o funcionamento das ações educativas dos museus, como se daria esta garantia no caso dos museus privados, para além dos já existentes, ainda que insuficientes, editais?”
Acredito que a cultura é um direito. Portanto o Estado deve garantir o acesso de todos a todas as formas de cultura. Isso significa que devem ser criado cada vez mais instituições públicas. Tenho um enorme pesar que exista a possibilidade de grandes instituições culturais, cheias de dinheiro, possam participar de editais e concorrer a gastar dinheiro público enquanto os nossos museus estão, muitas vezes, tombando.
Aquelas instituições culturais que não conseguem se sustentar, acho que deveriam ser então estatizadas. E que funcionem com planejamento e administração participativa, para não perderem o caráter popular ou identitário que porventura tenham.
2- Será que deveríamos encontrar outra terminologia para este GT de Sustentabilidade, uma vez que este controverso termo, além da dimensão “ambiental”, abarca outras dimensões, inclusive a “econômica”, que não devem ser desprezadas uma vez que uma está imbricada na outra (como garantir a sustentabilidade ambiental sem que haja uma sustentabilidade financeira?)?
Não acho que devamos mudar a terminologia, mas também devemos deixar bastante preciso o que queremos dela. Sustentabilidade financeira? Tudo bem, contanto que isso não seja confundido com um “virem-se para captar recursos”, que me parece é o que, de fato, acontece.
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